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Krystóllia

Wander_Siqueira
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Synopsis

Chapter 1 - A Grande Festa

Todos os anos, no Templo do Cristal, que fica no sul do Grande Continente, todos os povos da terra se reúnem para comemorar a paz, a prosperidade, e principalmente, a magia que emana do Grande Cristal, que é o ídolo de todos os povos da terra de Krystóllia.

Este ano foi um dos melhores se comparado aos últimos cinquenta, desta vez a colheita foi imensa, e descobertas científicas e mágicas tem se tornado numerosas. Por isso, a festa será a maior do século!

Além do mais, essa é a festa de número 400 desde que o mundo se uniu sob o Grande Cristal, na aliança global de Krystóllia. E por isso, será uma das maiores festas! Principalmente porque o templo está ampliado, com capacidade extra para mais convidados.

A festa começa a ser preparada pelos servos do Templo, e pelos sacerdotes. O Ancião, que é o sacerdote principal de toda Krystóllia, está a tomar conta e supervisionar, como lhe é atarefado.

Mas não só isso, ele é quem prepara toda a parte religiosa da festa, e organiza os ritos do Templo do Cristal.

Os principais governadores e reis de todos os cantos do mundo de Krystóllia se assentam em seus lugares especiais feitos de ferro e adornados em ouro, que ficam ao redor do grande cristal.

Lá também está Zafenáti Panéia, o governador da cidade vizinha, a Província Madeireira, uma cidade conhecida pela exportação de marcenaria, além da venda de artefatos mágicos e ferramentas simples.

Em um alto palanque de metais, sobe o antigo e sábio Ancião do Templo do Cristal, que inicia a festa dizendo:

- "Oh povos de todas as cidades, oh pessoas de todos os cantos, ouçam-me!"

Ele limpa a garganta, e olha ao redor. Eis que nunca viu antes tantos nesta comemoração, e quase se emocionou ao ver todos os elfos, anões e humanos no mesmo lugar, além de criaturas em minoria. Então, com orgulho de todos aquele fiéis ao Grande Cristal, diz em alta voz:

- "É com muito prazer, que eu vos anuncio a festa de 400 anos desde a paz entre os povos, e a união sob o poder do Grande Cristal do Templo do Cristal! E estou aqui para lhes contar e relembrar o porque desta celebração..."

Todos ouvem bem atentamente à história que ele começa a conta-los.

- "Há muito tempo, cristais mágicos que flutuavam sobre o vazio do espaço se uniram e formaram o núcleo, que atraiu rochas e poeira, formando a camada da crosta. Mais tarde, a água a partir de fragmentos estelares encheram os oceanos. E assim, se formou Krystóllia!

Após ser formado, o nosso planeta ficou cheio de fragmentos de cristais sobre a superfície, e esses fragmentos deram origem à vida. A vida se encheu sobre todos os cantos do globo, a partir dos animais, e das espécies inteligentes, como os humanos, orcs, elfos e anões.

Porém... Durante muitos incontáveis anos, guerras foram travadas entre as tribos, para terem o controle dos cristais, por causa do poder que eles continham. E principalmente, o poder do Grande Cristal, que é este atrás de mim.

A única forma do mundo ficar em paz, foi juntando todos os seres e nações na religião de adoração aos poderes do Grande Cristal, firmando para sempre uma aliança! Porém... Devemos sempre manter o Grande Cristal protegido, pois, caso ele for destruído, perderemos a proteção mágica e espiritual que ele nos fornece."

Após terminar de contar a história, todos começam a beber feito loucos, pois após o culto, a embriaguez era permitida. Todos bebendo vinho, cerveja, até mesmo cachaça e comendo o máximo de carne e pão. A comemoração estava em seu ápice, todos estão contentes e com o coraçãp alegre pelo álcool.

Entre a loucura e diversão da festa, lá estava um trio de amigos: Arlindo Cruz, o arqueiro, Maridafa, o ladino e Abdasor Abhold, o necromante. Os três eram amigos de infância que se consideravam irmãos. Enquanto Abdasor Abhold bebe em seu canto, em pouca quantidade para se manter sóbrio, prestando atenção às palavras do sábio Ancião, Maridafa e Arlindo bebem feito loucos...

Inclusive, Arlindo realmente é louco, mesmo que seja bem inteligente, principalmente por causa de seu curso de engenharia. Arlindo carrega consigo um arco feito de ferro e engrenagens, capaz de atingir quase 100km/h de pressão em uma flechada.

Por causa de sua loucura, Arlindo simplesmente joga para cima sua caneca de cerveja, agora vazia, que cai na cabeça de uma criança. A criança estava prestes a chorar, quando Arlindo, em sua loucura, chega nela e diz:

"Chora não... Toma essa moeda aqui, e chuta aquele soldado ali..."

A criança para de chorar, e dá um chute na canela de um soldado. Porém, ele usava armadura de ferro, e nem se abalou.

Maridafa simplesmente joga a caneca em sua mão no chão com toda a força, e começa a rir, pois é um dos mais bêbados da festa.

Mas... No geral... Tudo estava tranquilo e alegre. Porém, o maior problema é que... Arlindo realmente era louco... E ainda mais bêbado, não havia absolutamente nada que ele não faria. No meio da multidão de bêbados, quando ninguém observava, ele pega um saco de pólvora, amarra com um pedaço de pano de sua roupa ao redor de uma flecha de ferro fino, e engatilha em seu arco de pressão. Ele puxa a flecha até o final, e aponta para o Grande Cristal, e solta...

...E então... De repente... Um feixe de luz azul cega todos, e todos caem no chão... Um zumbido no ouvido das pessoas começa, e o templo chacoalha...

Somente depois de alguns minutos que a visão e audição das pessoas retorna ao normal, e eles vêem que a linda e mágica luz do Grande Cristal se apagou, o ídolo de todos os povos e nações havia perdido a sua magia. Tudo que sobrava era pânico, e embriaguez...