Meu peito arfava, os últimos vestígios da névoa escura se dissipando como fumaça sob um vento feroz. Eu mal conseguia processar a cena ao meu redor — os anciãos me observando com olhos cautelosos, o círculo sagrado borrado por minha mão trêmula pressionada contra a terra. O ritual estava encerrado, mas a escuridão dentro de mim ainda se agarrava com força, suas garras se retraindo devagar, como se relutasse em soltar sua presa totalmente.
O ar frio roía minha pele enquanto eu cambaleava para trás, uma enxurrada de memórias me atingindo enquanto sentia o olhar de Aimee firme e seguro, me ancorando àquele momento. Ela não tinha ido embora. Minha mão apertava a adaga que segurava, escorregadia com suor e terra. Uma parte de mim ainda sentia aquela vontade, a que a maldição havia alimentado por anos: uma inquietação, uma fome de libertar cada parte reprimida de mim, de deixar a escuridão finalmente se libertar. Mas eu não daria a ela essa satisfação.