Chereads / O destino de Selth “Sombras da renascença” / Capítulo 1.5 “sem arrependimentos”

Capítulo 1.5 “sem arrependimentos”

A batalha entre as bruxas de Elowen e os soldados de Leontius começou com uma intensidade devastadora. O céu noturno estava iluminado pelas chamas que consumiam o vilarejo de Beryl, lançando sombras dançantes sobre o campo de batalha.

As Bruxas de Elowen, com seus mantos esvoaçantes e varinhas mágicas erguendo-se ao céu, estavam organizadas em um círculo de proteção. Seus rostos mostravam determinação e preocupação, enquanto seus olhos se fixavam no inimigo. Com um gesto sincronizado, elas conjuravam barreiras mágicas, criando escudos de energia brilhante que bloqueavam as investidas iniciais dos soldados.

Os Soldados de Leontius, bem equipados com armaduras reforçadas e armas de combate, avançavam em linha, liderados por capitães ferozes. Eles se moviam com precisão e disciplina, seguindo a estratégia de Leontius para neutralizar as bruxas. As ordens do rei eram claras: atacar os civis para enfraquecer as bruxas e garantir a Pedra de Mana.

Elowen, com uma aura de poder minguante, estava no centro da batalha, canalizando suas últimas forças. Sua magia era uma combinação de feitiçaria antiga e poder de destruição. Ela lançou esferas de energia e feixes de luz concentrada que colidiam com os soldados, desintegrando parte de suas fileiras. Sua presença era um farol de resistência, mesmo em sua condição enfraquecida.

As bruxas lutavam com ferocidade, conjurando tempestades de vento e raios que atingiam os soldados, criando uma tempestade mágica que dificultava o avanço das tropas de Leontius. Algumas bruxas usavam magia de cura para tratar ferimentos e proteger suas companheiras, enquanto outras invocavam criaturas mágicas para atacar os soldados e confundi-los.

Os soldados de Leontius tentavam brecar o avanço das bruxas com estratégias de cerco. Eles lançavam bombas mágicas e flechas encantadas que penetravam as defesas das bruxas, forçando-as a criar escudos adicionais e desviar o fogo. As estratégias de Leontius eram eficazes, fazendo com que algumas bruxas caíssem, mas sua determinação não vacilava.

Em um momento crítico, Leontius, do alto de sua posição estratégica, ordenou um ataque concentrado contra Elowen. Ele sabia que derrubá-la seria a chave para vencer a batalha. Seus soldados avançaram com ferocidade, lançando feitiços e ataques combinados que sobrecarregavam os escudos mágicos de Elowen.

Elowen, com sua energia minguante, conjurou um feitiço de proteção final, um poderoso campo de força que refletia os ataques dos soldados e criava uma barreira de energia. Mas, ao mesmo tempo, seu corpo estava se exaurindo rapidamente. Em um último esforço, ela canalizou suas últimas forças em uma explosão mágica que enviou uma onda de energia destrutiva, derrubando vários soldados e criando uma brecha temporária em suas linhas.

Enquanto a batalha continuava, as bruxas restantes lutavam bravamente, protegendo os civis e tentando conter o avanço dos soldados. A luta era feroz e caótica, com magia e aço se encontrando em um confronto épico. Apesar da bravura das bruxas e do sacrifício de Elowen, a maré da batalha estava mudando, e o destino do vilarejo de Beryl parecia cada vez mais incerto.

"Escutem bem," diz Elowen com uma voz firme, "quem quiser abandonar a batalha pode sair agora. Não quero que ninguém se sinta forçado a enfrentar a morte se não estiver disposto a deixar este mundo para trás."

Ao ouvir suas palavras, muitos bruxos e bruxas recuam em lágrimas, despedindo-se de sua mestra com pesar e tristeza. Apenas Elowen e seus aprendizes mais antigos permanecem: Jheniffer, a elfa; Clim, o mago de vento; Sairus, o Bruntamontes; e Suel e Marcson, os espadachins.

O grupo restante se posiciona ao lado de Elowen, determinado a enfrentar o desafio com coragem e lealdade, sabendo que a batalha será dura e que o destino do vilarejo depende de suas ações.

Leontius avança para a linha de frente e, com um olhar determinado e ameaçador, diz: "Se você quiser ver seu filho novamente, é melhor me entregar a Orbe das Bruxas. Não vou parar até descobrir o que há dentro dela e que segredos ela esconde."

Elowen, com uma expressão de firmeza e resignação, responde: "Infelizmente, Leontius, eu já destruí a Orbe. Não posso lhe dar o que já não existe mais."

Leontius, inconformado e furioso, explode em raiva: "Sua mentirosa! Como você se atreve a me enganar q destruir a orbe Não é possível! Só pode ser mentira. Como você destruiu a Orbe? Eu irei destruir todos vocês!"

O rei, consumido pela fúria, se prepara para intensificar seu ataque, enquanto Elowen e seus poucos aliados enfrentam o desafio iminente com uma determinação redobrada.

Durante o clímax da batalha, Leontius, consumido pela fúria e pela determinação de dominar, ativa sua habilidade Berserk. Seus olhos brilham com uma intensidade insana, e sua aura negra se torna opressiva e devastadora. Com um grito de raiva, ele desencadeia um ataque brutal que engole o campo de batalha em uma onda de energia destrutiva.

A força do ataque de Leontius é tão poderosa que todos ao seu redor são lançados pelo ar, caindo a grandes distâncias. Jheniffer, Clim, Sairus, Suel e Marcson são arremessados para longe, seus corpos colidindo com o chão e ficando inconscientes ou gravemente feridos. Apenas Elowen permanece em pé, enfrentando o furor de Leontius.

Mesmo em seu estado debilitado e com sua magia enfraquecida, Elowen tenta lançar feitiços de defesa e ataque contra Leontius. No entanto, a habilidade Berserk de Leontius o torna praticamente imune a qualquer forma de dor ou dano. Seus ataques são implacáveis e sua resistência é inabalável. A magia de Elowen, já enfraquecida pela recente batalha e pelo esforço extremo, nada pode fazer contra a fúria cega e a força avassaladora de Leontius.

Cada feitiço lançado por Elowen é absorvido ou desviado com facilidade. Ela luta com uma coragem desesperada, mas seus movimentos são lentos e suas energias estão se esgotando rapidamente. A atmosfera ao redor está carregada com a energia destrutiva de Leontius, e o vilarejo de Beryl se torna um cenário de devastação e desespero.

Finalmente, Leontius avança com um ataque devastador, uma explosão de energia negra que varre tudo em seu caminho. Elowen, exausta e sem forças, não consegue se defender e é atingida diretamente. O impacto é tão intenso que a própria terra parece tremer. Ela cai ao chão, derrotada e sem capacidade para continuar lutando.

O fim de Elowen é inevitável. Sua bravura e resistência foram insuficientes para enfrentar a fúria descontrolada de Leontius. A batalha termina com um silêncio sombrio, enquanto o vilarejo de Beryl é deixado em ruínas, e a sombra da derrota pesa sobre os poucos sobreviventes.

No seu último suspiro, Elowen murmura com uma voz fraca: "Sariel Azarak, proteja aqueles a quem eu também protejo com minha vida." Com essas palavras, ela fecha os olhos pela última vez.

Uma figura sombria emerge do campo de batalha, envolvendo a cena em uma aura de mistério e terror. Este ser, envolto em uma escuridão impenetrável, parece desafiar todas as leis da física e da magia. Os ataques dos soldados de Leontius passam sem efeito, como se essa entidade estivesse imune a qualquer forma de agressão.

A figura sombria começa a teletransportar os servos de Elowen para locais aleatórios, dispersando-os pelo campo de batalha e tornando impossível a tentativa de reorganização ou defesa. Enquanto isso, avança em direção a Elowen com uma calma perturbadora.

Leontius, desesperado e furioso, tenta tocar a entidade para impedi-la. No entanto, ao fazer isso, seu braço entra em contato com a figura sombria e imediatamente se transforma em poeira, desintegrando-se instantaneamente. O rei, em choque e horrorizado, observa impotente enquanto a entidade pega Elowen em seus braços.

Com um movimento suave, a figura sombria desaparece do campo de batalha, levando Elowen consigo. O repentino desaparecimento da entidade deixa os soldados e o próprio Leontius com um profundo sentimento de temor e desespero. A batalha se encerra em um silêncio absoluto, o vilarejo de Beryl em ruínas, e a sensação de perda e impotência paira no ar.

Os soldados, atônitos e aterrorizados, encaram o vazio deixado pela figura sombria, cientes de que enfrentaram algo além de sua compreensão e controle.