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Chapter 106 - Gente perigosa

Na selva

Todos olharam um para o outro e decidiram seguir, caminhamos em fila com cada um a seu modo, então passamos por uma planta carnívora do tipo espinho, muito venenosa, toquei no ombro de Isabelle ela olhou com o canto do olho.

 

João: Olha ali uma planta carnívora! Com agulhas desse tamanho ela pode paralisar um adulto com um arranhão.

 

Isabelle olhou para ela e suspirou.

João pediu: Me empreste um cartucho reserva da pistola.

 

Isabelle: Não.

 

João: Ei! Essa arma só é útil para pessoas, só vou te ajudar, te devolvo em breve.

 

Ela olhou desconfiada um pouco e pegou um pente reserva e me entregou, peguei ele e dei um toque na mão, as balas saíram de uma vez, me aproximei e chutei o caule, com isso a baba escorreu, coloquei no fundo do cartucho vazio e tombei para um lado, jogando as balas e encaixando rapidamente até a baba acabar.

 

João: Aqui, agora mesmo que não mate, você pode paralisar.

 

Ela olhou para o cartucho que não tinha nenhuma gota do lado de fora e olhando para as balas manchadas com a baba do lado de dentro. Ela pegou e guardou na bolsa de perna.

 

Isabelle: Obrigada, vamos!

 

Nikolai que vinha atrás queria mexer, mas parou depois de ouvir isso e então continuou a caminhar, Edwin tirou seu bisturi, molhou na seiva da planta e guardou.

 

Chegamos em uma pedreira, havia algumas poças de vários tamanhos nos buracos e entre as rochas, o pessoal começou a se mostrar cansado.

 

Royce estava insistindo na frente sem parar, Isabelle sabe que é perigoso agir assim nessa situação e tentou ajudar.

Isabelle: Ei temos que descansar.

 

Royce: Descanse.

 

Isabelle foi atrás: Parece que também está precisando. Qual o seu nome?

 

Ele perdeu a paciência com ela e falou diretamente.

Royce: Olha só! Se você quer dá uma de escoteira, beleza! Se quiser vir comigo, ótimo! Mas eu não vou fazer isso… Fico melhor sozinho.

 

Ele se virou e continuou a andar.

Isabela: Quer ver uma coisa preocupante?

 

Ele virou para ela, então a viu pegar uma folha e montar uma bússola de folha na água, ela começou a girar sem parar, ele olhou preocupado.

Royce: Então tem isso aqui e o sol. Eu diria que temos um problema.

 

Isabelle: O quê tem o sol?

 

Royce: Não se moveu desde que chegamos.

 

Isabelle: O quê acha que está acontecendo?

 

Royce: O quê eu acho?

… Nikolai. Spetsnaz. Grupo Alfa.

… Cuchillo. Los Zetas, trabalha para o cartel.

… Mombasa. Frente revolucionária. Um esquadrão da morte em Serra leoa.

… Hanzo. Yakuza. Do grupo Inagawa-kai.

… Stans. O mais procurado do FBI.

… São todos criminosos bem perigosos.

 

Ele olhou para Edwin.

Royce: Ele está fora.

 

Isabelle: Fora do quê?

 

Royce: Eu diria que fomos todos escolhidos.

 

Isabelle: E quanto a você?

 

Royce: O quê que tem eu?

 

Isabelle: Você conhece as selvas, conhece os outros, eu acho que é um ex-militar, operações secretas, provavelmente um mercenário.

 

Royce: Algum problema com isso?

 

Isabelle: No momento não.

 

Royce: Ótimo.

 

João: Sério mesmo?

 

Isabelle: O quê foi?

 

João: Não entendeu um obvio. Mesmo que eu nunca vim a esse lugar antes e não tenho o mesmo gosto que todos aqui, já descobri no momento em que pousei.

 

Royce: Ei, você já está me enchendo, fala logo!

 

João: Não completamente, mas algumas coisas posso afirmar com certeza.

 

Isabelle: O quê?

 

João: Primeiro! Todos vocês, são especialistas em matar, isso deveria ser obvio. Segundo! Ninguém aqui é inimigo um do outro, ou não deveria ser, mas sempre tem um idiota que fode tudo. E por último, de acordo com o terreno aqui é um campo de caça gigante.

 

Isabelle: Caçar o quê?

 

João: Em breve você terá sua resposta, estamos chegando, no final da área nublada.

 

Ela olhou para mim já sabendo a resposta, mas com medo de pensar e falar nisso, ainda agradecida por ele não mencionar.

 

Royce olhou para o médico que limpava os óculos.

Royce: Sua tese está errada, aquele cara não se encaixa.

 

João: Ele está em sua lista de trabalho Sr. mercenário, você só não ligou o crime a pessoa.

 

Royce: Como você?

 

João olhou para uma direção: Não ligue para isso, parece que não começou ainda ou quem sabe?!

 

Royce: Começou?

 

João: A caçada.

 

Depois disso ele começou a olhar para as poças d'água e as vezes olhava para o céu, como se procura-se algo, quando todos começaram a caminhar novamente, Isabelle foi chamar ele.

Isabelle: O quê tanto procura?

 

João: Estou analisando esse planeta e as luas, quero saber onde fica a casa dele, isso é… Se esse sistema solar é descartável para eles ou é importante.

 

Isabelle Sussurrou: Qual é a diferença?

 

João: Se for descartável, caso alguém consiga fugir ou causar um grande dano e não consigam conter a pessoa ou o grupo, eles podem destruir o sistema solar e matar a todos, mas se for importante, uma fuga só vai gerar uma perseguição a própria sorte.

 

Isabelle: Se aqui for só um dos campos, não podemos sair se eles não permitir, mas se for o campo principal eles não podem fazer nada grande.

 

João: Isso mesmo. Mais uma coisa, tome bastante cuidado e siga seus instintos pelo mais que pareça estranho, a tecnologia deles é muito diferente do que você conhece.

 

Isabelle: Como sabe disso?

 

João: Esqueceu do cinto do paraquedas, fora a escrita e padrão de cores, se não estivar em uma posição de salto, ele não abre.

 

Isabelle tentou se lembrar, do aviso do cinto e como estava quando abriu e como ele se soltou, como se fosse um comando, ela olhou em volta e notou que eles já foram.

 

Seguimos o caminho e logo os alcançamos, depois de um tempo chegamos em uma caixa ou gaiola com um paraquedas tampando seu conteúdo, olhei em volta e toquei no ombro de Isabelle que me olhou séria, então apontei para as outras gaiolas nas árvores.

 

Isabelle: O quê será que estava nisso?

 

Nesse momento Hanzo levantou o paraquedas e só tinha uma gaiola vazia, alguns pedaços de carne e insetos, olhando para trás ele viu Isabelle perdida olhando para cima e olhou também, do mesmo jeito os outros fizeram.

 

Continuamos nosso caminho até uma área onde a maioria das árvores possuem raízes altas, um lugar fácil de cair.

 

De repente Mombasa tropeçou em algo e caiu.

Stans: Se deu mal, chefe.

 

Mombasa notou a corda de cipó, um tronco foi erguido e outro passou como um pêndulo, todos se separaram e fugiram de várias armadilhas sendo a primeira, estacas caindo em todas as direções guiando as pessoas para outras armadilhas, Hanzo quase foi perfurado por uma cerca com estacas, e Isabelle quase caiu em um buraco cheio de estacas no fundo.

 

Isabelle: Socorro.

 

João: Ei! Estou aqui.

 

Segurando o braço dela, puxei para fora, ela olhou para todas as direções em busca do inimigo.

João: Ele está morto.

 

Isabelle: Encontrei.

 

Depois de um tempo, todos se recuperaram e caminhamos até o corpo, o homem está com um buraco que atravessou e explodido o peito do sujeito.

Mombasa: Caímos na armadilha de um homem-morto.

 

Edwin: Há duas semanas, a julgar pelo estado de decomposição.

 

Nikolai: Ele se posicionou aqui. Atirou em todas as direções. Essa foi a última tentativa.

 

Nikolai que estava perto do corpo, pegou um caderno em uma bolsa e buscou informações.

Nikolai: Forças Especiais Americanas. Estranho… Ele deveria está servindo no Afeganistão.

 

Stans: O quê ele fazia aqui? Estava colocando armadilhas para nós?

 

Royce: Só que não era para nós. Ele estava caçando outra coisa, uma coisa bem maior.

 

Edwin riu: Maior.

 

Royce: O tronco era a armadilha. O princípio de uma armadilha é ter o peso de 5 vezes o peso do animal em questão.

… Seja o que for, ele evitou os fios e fez isso.

 

Todos pararam um pouco e depois continuaram seu caminho, Isabelle notou que Mombasa estava assustado olhando para uma direção, ela deu uma olhada rápida, mas não viu nada.

Isabelle: O quê foi?

 

Ele olhou um pouco mais e se recuperou, ainda claramente assustado não confiou em seus sentidos.

Mombasa: Nada.

 

Depois que ele saiu, ela olhou para a mesma direção, mas não viu nada e voltou a caminhar, João estava agachado em frente o corpo coletando informações.

Isabelle: Vamos.

 

João: Sim.

 

Caminhando por uma área de árvores de eucalipto que após terminar, tinha uma área aberta, mas isso não chamava a atenção de ninguém, pois a visão do céu os assustava.

 

O que parecia ser luas, se mostrou ser vários planetas que davam a impressão de orbitar esse planeta ou algo parecido, muitos desses plantas possuíam a coloração comum da vida em Azul e verde, mas com grandes manchas ou nuvens marrons.

 

Isabelle encostou em meu ombro e se segurando para não se desesperar, mas evitei de me aproveitar de uma mulher armada.

João: Vai ficar tudo bem… Que tal uma viagem para conhecer aqueles planetas?

 

Isabelle: Saindo daqui, quero ir direto para casa!

 

João: Lá se vai minha ideia de fazer turismo! ~

 

Royce disse alguma frase de efeito para os outros, mas os dois estavam discutindo para aliviar o estresse.