Sophia parou em frente à grande porta da residência Kim, observando o impressionante casarão à sua frente. A propriedade exalava luxo e sofisticação, uma representação clara do homem com quem agora estava casada. Seu coração batia acelerado, e a sensação de nervosismo a envolvia como um manto. Respirando fundo, ela tocou a campainha e, em poucos segundos, a porta se abriu revelando uma mulher jovem, com cabelos escuros presos em um coque elegante e um sorriso caloroso no rosto.
— Seja bem-vinda, senhora Kim. – a recebeu com uma reverência respeitosa — Meu nome é Moon Ga Young, sou a governanta da casa. Estou à disposição para o que precisar.
— Obrigada, senhorita Moon. – Sophia respondeu, tentando controlar a ansiedade que pulsava em seu peito. As palavras "senhora Kim" ainda soavam estranhas, e ela mal conseguia acreditar que aquilo era sua nova realidade.
— Permita-me mostrar a casa e levá-la ao seu quarto. – Ga Young ofereceu, pegando as malas com uma facilidade que surpreendeu Sophia.
A governanta a guiou pelos amplos corredores da casa; cada canto refletindo o gosto impecável e refinado de Jae Hyun. Tudo parecia perfeito, como se nada ali fosse deixado ao acaso. E após alguns minutos de caminhada silenciosa, Ga Young parou diante de uma porta de madeira escura, decorada com detalhes dourados que contrastavam com a simplicidade dos corredores.
— Aqui é o seu quarto, senhora Kim. – disse a governanta, abrindo a porta.
Ao entrar, Sophia ficou maravilhada com o tamanho e a decoração do espaço. O quarto era amplo, com janelas que iam do chão ao teto, oferecendo uma vista deslumbrante. A cama, de tamanho colossal, estava perfeitamente arrumada com lençóis em tons escuros, e os móveis eram sofisticados, em tons neutros que traziam uma sensação de conforto e elegância.
No entanto, algo chamou sua atenção de imediato. Em um canto do quarto, havia alguns pertences que claramente pertenciam a Jae Hyun: um relógio de pulso sobre a mesa de cabeceira, um livro que ele provavelmente estava lendo, e uma jaqueta cuidadosamente dobrada sobre uma poltrona.
Confusa, Sophia se virou para a governanta.
— Senhorita Moon, me desculpe, mas acho que pode ter havido um engano. – disse Sophia, a voz hesitante — Esse é o quarto do presidente, não é? Eu pensei que... bem, que teríamos quartos separados.
Moon Ga Young sorriu gentilmente, como se já estivesse preparada para essa reação.
— Não houve engano, senhora Kim. Foram ordens do senhor Kim, que a senhora ficasse neste quarto com ele. – a governanta manteve o tom respeitoso, deixando claro que não havia margem para discussão.
Sophia sentiu um calafrio percorrer sua espinha. A ideia de dividir o quarto com Jae Hyun, aquele homem muitas vezes lhe tirava o ar com tanta facilidade, a deixava profundamente nervosa. Ela olhou ao redor novamente, como se buscasse algum sinal de que aquilo era um mal-entendido, mas a realidade estava bem diante dela.
— Eu entendo. – murmurou Sophia, sentindo o peso da situação cair sobre seus ombros. As mãos estavam um pouco trêmulas, e ela tentou disfarçar o desconforto com um sorriso educado.
— Se precisar de qualquer coisa, senhora Kim, estarei por perto. – Ga Young acrescentou, observando Sophia com cuidado, como se quisesse garantir que a nova "patroa" se sentisse o mais confortável possível.
— Obrigada, senhorita Moon. Eu realmente agradeço pela recepção. – Sophia respondeu com gratidão, mas seu estômago revirava de nervosismo.
A governanta fez uma reverência final antes de se retirar, deixando Sophia sozinha naquele quarto imenso, agora compartilhado com o homem que, até então, conhecia apenas seu lado profissional. O silêncio se instalou no ambiente, e Sophia soltou um longo suspiro.
Olhou para a cama, para os objetos pessoais de Jae Hyun, e a realidade de sua nova vida se intensificou. Ela estava oficialmente casada com um dos homens mais poderosos da Coreia.
"O que vai ser de mim agora?" se perguntou caminhando no quarto com a mala.
Não havia como voltar atrás agora, e, por mais que sua mente estivesse cheia de perguntas e incertezas, Sophia sabia que a única opção era seguir em frente.
Sophia parou na entrada do closet, sentindo-se minúscula diante da grandiosidade daquele espaço. Era mais do que um simples armário — era praticamente uma sala inteira, com prateleiras e gavetas imaculadas, cuidadosamente organizadas, exibindo uma vasta coleção de ternos, camisas de seda, e acessórios que Jae Hyun certamente usava no dia a dia. O cheiro inebriante do perfume dele impregnava o ar, uma fragrância marcante, que ela já havia notado antes, mas que ali, parecia ainda mais intensa e envolvente. Seu coração disparou de imediato, como se fosse um reflexo natural diante da presença invisível daquele homem.
Ela engoliu em seco, tentando se concentrar na tarefa que tinha pela frente: organizar suas próprias roupas naquele espaço. Sua mala estava aberta aos seus pés, e enquanto tirava as peças, cada movimento era feito de forma quase automática. Sophia colocou seus vestidos, blusas e casacos ao lado das roupas dele, sentindo-se desconcertada pela diferença entre as roupas simples e as peças de grife de Jae Hyun. Parecia que, a cada nova prateleira que explorava, o espaço era dominado pela presença marcante dele.
Ao pendurar um de seus vestidos, Sophia passou os dedos de leve por um dos ternos pendurados no armário. O tecido era de altíssima qualidade, e o cheiro do perfume, que parecia vir diretamente das roupas, a fez fechar os olhos por um instante, tomada por um arrepio inesperado. Sua mente, mais uma vez, viajou para lembranças que ela tentava afastar — os braços fortes dele ao redor de seu corpo, o calor da pele dele contra a dela, e o modo como aquele mesmo perfume havia se misturado ao dela naquela noite meses atrás.
Seu coração bateu ainda mais forte, e ela rapidamente se afastou do terno, como se tivesse sido pega em um momento de fraqueza. "Isso é loucura", pensou ela, reprimindo a lembrança, tentando se concentrar no presente. A situação já era complicada o suficiente. Eles mal tinham se falado desde o casamento, e agora ela estava ali, arrumando suas coisas no mesmo closet que ele usava diariamente.
Sophia pegou uma pilha de camisetas e se aproximou de outra parte do armário. Cada gaveta era aberta com o maior cuidado, como se o simples ato de mexer nas coisas dele fosse uma invasão de privacidade. Ao abrir uma das gavetas, viu uma fileira de gravatas, perfeitamente organizadas por cor e padrão. Outra gaveta continha relógios e abotoaduras, todos dispostos de forma impecável, o que não a surpreendia. Jae Hyun parecia era do tipo que controlava tudo ao seu redor, até mesmo os menores detalhes.
A cada peça que arrumava, o cheiro dele parecia se tornar mais forte, impregnando os sentidos de Sophia. Ela suspirou, se sentindo um tanto vulnerável naquela situação, como se estivesse pisando em território proibido.
"Como vou conseguir viver assim?" – pensou, parando por um momento e se apoiando em uma das prateleiras. O silêncio do closet, o cheiro, e a presença invisível de Jae Hyun faziam com que tudo parecesse surreal e aquele sentimento latejante em seu peito queimasse ainda mais.
Quando terminou de colocar suas últimas roupas no lugar, Sophia deu um passo para trás, observando o resultado. As peças dela pareciam pequenas e deslocadas no meio de tudo aquilo. Ela olhou mais uma vez ao redor, tentando imaginar como seria viver ali, dividindo o mesmo espaço com ele, dia após dia. Sentiu um misto de ansiedade e excitação ao pensar no futuro incerto que a esperava.
[...]
Sophia jantou sozinha em sua primeira noite na casa de Jae Hyun. Sentada àquela grande mesa, cercada por cadeiras vazias, ela não pôde evitar que uma sensação de solidão a envolvesse. Olhou ao redor, o silêncio quase sufocante, e se perguntou se seria assim todos os dias. Será que sempre faria suas refeições sozinha? Acordaria e dormiria sem sequer vê-lo? A ideia de uma rotina tão solitária a fez sentir um leve aperto no peito.
Era irônico, pensou. Antes de se mudar para a casa dele, Sophia raramente sentia essa solidão. Na sua antiga casa, ao menos ocasionalmente tinha a companhia vibrante de Eun Na, e os momentos sozinha eram algo que ela apreciava. Mas aqui, na casa de Jae Hyun, onde tudo parecia tão grandioso e frio, a ausência dele se tornava ainda mais evidente.
Talvez fosse melhor assim, ver Jae Hyun apenas no trabalho. Assim, não haveria a tensão constante de estar na presença dele, e ela poderia evitar o tumulto de emoções que ele sempre causava dentro dela. Era mais fácil conviver com a ideia de um casamento "profissional" do que lidar com o homem que, de algum modo, começava a ocupar mais espaço em seus pensamentos do que ela estava disposta a admitir.
Mais tarde, o toque repentino do celular quebrou o silêncio da casa, fazendo o coração de Sophia dar um pequeno salto. Ela se animou instantaneamente, sentindo uma onda de alívio passar por ela. Talvez alguém pudesse quebrar o ciclo de solidão daquela noite e lhe fazer companhia, ou ao menos distraí-la com alguma conversa leve e divertida. Quem sabe até uma tarefa para se ocupar, qualquer coisa que a livrasse daquela sensação sufocante de vazio.
Pegando o celular de forma ansiosa, seus lábios se curvaram ao ver o nome no visor: Eun Na. Era impossível não sorrir ao lembrar da amiga sempre tão enérgica e cheia de vida. Sophia sentiu um calor suave preencher o peito, como se, por um breve momento, a solidão que a cercava se dissipasse.
— Soph! – exclamou Eun Na, quase sem conseguir conter a excitação na voz — Você não vai acreditar no que aconteceu!
Sophia riu levemente, já se preparando mentalmente para outra das histórias impetuosas da amiga. Era típico de Eun Na viver em um turbilhão de eventos inesperados.
— E o que aconteceu? – perguntou Sophia, deixando escapar um sorriso de leve.
— Vou sair com Park Min Soo! – respondeu Eun Na, quase saltando de alegria do outro lado da linha — Sabe, o cara gostosão da empresa de mudanças!
Sophia ficou boquiaberta por um segundo, levando uma mão à boca em surpresa.
— Eu não acredito! – exclamou, incapaz de esconder sua incredulidade — Você realmente conseguiu? Eun Na, sua sem vergonha!
Ela riu, imaginando as cenas que testemunhou mais cedo — Eun Na persistente, com aquele brilho atrevido nos olhos, claramente determinada a flertar com o trabalhador bonitão. E agora, não era surpresa que Eun Na, com sua confiança desenfreada e zero vergonha na cara, tivesse fisgado o rapaz.
Por um momento, Sophia considerou se deveria aplaudir a amiga por sua audácia ou dar-lhe alguns cascudos por suas vontades impulsivas e descontroladas de dar em cima de todo homem bonito que cruzava seu caminho.
— E vou usar o vestido cor de rosa, tenha certeza disso. – garantiu Eun Na, sua voz transbordando confiança — Esse é o homem da minha vida, Soph. Vou casar com ele!
Sophia soltou uma risada leve, não conseguindo conter a incredulidade.
— Será mesmo? – questionou, com um sorriso travesso nos lábios — Conheço você muito bem para saber que na verdade, você só pretende... dormir com ele.
Ela quase sussurrou a última frase, uma mistura de divertimento e cumplicidade. Era uma dinâmica familiar entre as duas, onde Eun Na sempre seguia seu coração impulsivo, e Sophia, com seu olhar crítico, tentava trazer a amiga de volta à realidade.
— Farei isso também! – Eun Na riu maliciosamente, sua confiança transbordando sem pudor — Na verdade, será a primeira coisa que eu vou fazer.
Sophia não pôde conter a risada.
— Desse jeito, você vai assustá-lo. – a imagem de Eun Na atacando o pobre Min Soo a fez rir ainda mais — Se você chegar já tirando as calças dele, as chances de ser apenas uma única vez aumentam enormemente!
O silêncio do outro lado da linha fez Sophia perceber que a amiga estava refletindo sobre o que dissera. Então, depois de alguns momentos, Eun Na falou:
— Então, eu preciso enrolar para garantir mais de um encontro? — a confusão estava estampada na voz de Eun Na.
— Eu não sei... você deveria saber melhor como funciona por aqui. – Sophia respondeu, tentando segurar outra risada enquanto caminhava pelo quarto em direção ao banheiro — Lembra dos nossos amigos? Eles levaram séculos para finalmente dormirem juntos, e, sinceramente, nem me lembro do porquê.
Eun Na soltou um suspiro frustrado.
— Acho que me acostumei demais com a praticidade de outros lugares. – sua voz era um misto de desânimo e sinceridade — Eu não sou tão paciente, Soph. Essa história de vários encontros, uns beijinhos, andar de mãos dadas e nada de sexo... simplesmente não é para mim.
Sophia pegou sua escova de dentes, refletindo sobre as palavras da amiga.
— Então, basta você escolher. – ela falou com um tom sério, mas ainda brincalhão — Você pode ser paciente e ir devagar ou, se preferir, pode ir direto ao ponto e não se importar se for apenas uma vez.
O dilema de Eun Na era fascinante, e Sophia sabia que, independentemente da decisão, a amiga sempre escolheria o caminho que a deixasse mais verdadeira.
Houve um momento de silêncio, como se Eun Na estivesse realmente ponderando suas opções. Sophia sentia a ansiedade da amiga do outro lado da linha.
— Acho que vou tentar ser mais paciente... — disse Eun Na, sua voz soando meio desanimada, como se estivesse desistindo de uma pequena parte de sua essência. E Sophia continuava a escovar os dentes, ouvindo a insegurança na voz da amiga — Eu realmente gostei dele; ele é totalmente o meu tipo.
Sophia soltou uma risada suave, apreciando o esforço da amiga em refletir sobre seus sentimentos. O riso contagiou a atmosfera entre as duas, mas de repente, um som de campainha ecoou do outro lado da linha, cortando a leveza do momento.
— Você está esperando alguém? – perguntou Sophia, intrigada, não imaginando quem poderia ser.
— Não, também não pedi nada. – a confusão na voz de Eun Na era evidente — Espera aí, vou ver quem é.
Sophia esperou, a curiosidade crescendo enquanto terminava de escovar os dentes, o telefone ainda no viva-voz. Ela ouvia a movimentação de Eun Na, o barulho da porta sendo destrancada aumentava a expectativa. O suspense era quase insuportável, até que a voz de Eun Na voltou.
— Soph, mudei de ideia! Vou direto ao ponto! – declarou Eun Na com uma audácia renovada, e antes que Sophia pudesse responder, a chamada foi encerrada abruptamente.
Sophia ficou parada por um instante, encarando a tela do celular, ela piscou algumas vezes enquanto tentava processar o que acabara de acontecer.
— Ah, meu Deus! Era ele na porta! – exclamou, surpresa, antes de explodir em gargalhadas — Eun Na, sua sem vergonha.
O riso contagiante de Sophia ecoou pelo banheiro, um misto de alegria e incredulidade. A coragem da amiga a fazia sentir-se viva, e, apesar de sua própria solidão, ela mal podia esperar para ver o que aquele encontro ousado resultaria.
[...]
As horas se passaram devagar, e Sophia adormeceu, tentando não pensar muito na ausência Jae Hyun. No entanto, já de madrugada, ela foi despertada por um som distante, mas contínuo. Ainda grogue de sono, abriu os olhos e ouviu o barulho inconfundível do chuveiro ligado no banheiro. Ela se sentou na cama, o coração acelerando, tentando processar o que estava acontecendo. Ele havia voltado.
Por alguns minutos, Sophia ficou imóvel, a mente correndo em todas as direções. Então, a porta do banheiro se abriu, e Jae Hyun surgiu no quarto. Ele estava vestindo um roupão de banho, o cabelo ainda úmido caindo levemente sobre a testa. O perfume do sabonete se misturava ao cheiro dele, e Sophia sentiu o coração dar um salto no peito. Ele estava ali, a poucos metros de distância, e mais lindo do que ela lembrava. O corpo dele, ainda molhado, trazia à tona lembranças de uma noite que ela tentava esquecer.
— Desculpe, te acordei? – perguntou Jae Hyun, a voz rouca e baixa, quebrando o silêncio pesado do quarto.
Sophia, ainda atordoada pela presença dele, tentou não demonstrar o nervosismo que a dominava.
— Não... Eu só acordei para beber água. – mentiu ela, com um sorriso forçado.
Jae Hyun a observou por um instante, antes de assentir, como se aceitasse a resposta sem questionar.
— Hm. – ele passou por ela calmamente e foi em direção ao closet para se trocar.
Sentindo o coração bater forte demais no peito, Sophia aproveitou a oportunidade para sair rapidamente do quarto. Ela caminhou até a cozinha, tentando manter a calma. Cada passo parecia mais difícil, como se o peso de seus sentimentos a estivesse esmagando. Por mais que quisesse parecer tranquila, por dentro estava explodindo. Ele estava ali, tão próximo, e ela não podia deixar de notar o quanto o amava. Mais do que imaginava. Mais do que estava pronta para admitir.
Na cozinha, ela pegou um copo d'água e respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções que sentia. "Por que estou assim?" pensou, levando o copo aos lábios, mas quase incapaz de beber.
A imagem de Jae Hyun, vestido apenas com o roupão, tão sedutor e incrivelmente sexy, não saía da mente de Sophia. Ela sentia o calor subir pelo seu corpo enquanto revivia cada detalhe daquele momento. Era impossível não se imaginar deslizando os dedos pela abertura do tecido, sentindo o toque firme de sua pele sob suas mãos, explorando cada contorno do abdômen definido. Seu coração acelerava ao pensar em como desejava ser tomada por ele mais uma vez, do jeito intenso e avassalador que a fez perder o fôlego meses atrás. Ela queria sentir o corpo dele pressionando o seu, a força com que ele a dominava, e se entregar ao prazer sem limites, como naquela noite inesquecível, onde cada suspiro era um grito de êxtase.
"No que estou pensando?" Sophia se repreendeu mentalmente, o rosto levemente corado pela avalanche de pensamentos que a assolavam. Respirando fundo, tentando dissipar o calor que se espalhava por seu corpo, e começou a se abanar com as mãos, desesperada para afastar a imagem de Jae Hyun da mente. Ultimamente, controlar seus próprios desejos tinha se tornado uma tarefa cada vez mais difícil, e agora, morando com ele, tudo parecia mais complicado. Como poderia resistir, especialmente quando ele andava pelo quarto de maneira tão casual e tentadora?
— Para de pensar nisso! – murmurou para si mesma, nervosa, sentindo seu autocontrole escapar por entre os dedos.
Pegou um copo d'água e bebeu com pressa, na esperança de que a frieza do líquido apagasse o fogo que queimava dentro dela. Em seguida, voltou a se abanar, enrolando pela cozinha, fazendo qualquer coisa que a distraísse daqueles pensamentos inapropriados.
Depois de alguns minutos, Sophia voltou para o quarto. O ambiente parecia mais frio do que antes, Sophia se deitou novamente na cama, tentando fingir que tudo estava normal. Não demorou muito para Jae Hyun sair do closet, agora vestido com um pijama escuro e confortável. Ele parecia mais relaxado, mas ainda mantinha aquela aura séria que o cercava o tempo todo.
— Como você está? – ele perguntou, aproximando-se da cama — Conseguiu descansar nesses dias?
Sophia o observou, sentindo o coração acelerar novamente. Ela tentou manter a calma, mas sabia que era difícil esconder o nervosismo. Ele estava ali, olhando para ela, e tudo o que ela queria era gritar o quanto o amava.
— Estou bem. – respondeu ela, a voz mais baixa do que pretendia — Descansei, sim. E... a casa é... linda.
Jae Hyun assentiu, como se já esperasse essa resposta.
— Fico feliz. – ele a encarou por mais alguns segundos, o silêncio entre eles carregado de tensão — Se precisar de algo, é só me avisar.
Sophia assentiu, o olhar fixo no dele, mesmo sabendo que por dentro ela estava em pedaços. Sentia-se vulnerável, exposta de uma maneira que jamais imaginou. E, ao mesmo tempo, mais conectada a ele do que em qualquer outro momento.