A quietude da noite foi interrompida por um som ensurdecedor: o eco das chamas crepitantes, o vento rasgando através das árvores devastadas e a pesada respiração de guerreiros em alerta. Após um jantar que deveria marcar um momento de reconexão e descanso, o destino impunha um novo teste aos Templários.
Aelion apagava as últimas fogueiras quando sentiu uma vibração diferente no ar. Algo poderoso estava se aproximando, algo que sua barreira, o Protective Shell, deveria impedir. Sua intuição não o enganava. Ele observou os obeliscos, pilares de energia que sustentavam a proteção da vila, começarem a ruir, um a um, como peças de dominó.
- Aelion: "Isso não é obra do acaso." - Murmurou Aelion, apertando os punhos.
Neptune, que ainda estava desperto, notou o comportamento do companheiro e se aproximou, as sobrancelhas franzidas em preocupação.
- Neptune: "Aelion, o que está acontecendo?"
- Aelion: "Algo... ou alguém, está destruindo a minha barreira." - Respondeu, mantendo os olhos fixos no horizonte. - "E não é qualquer um. Prepare-se."
Com passos calculados, ambos seguiram até a origem da força misteriosa. A escuridão ao redor parecia mais densa, quase sufocante, enquanto a tensão aumentava. Então, entre as sombras, uma figura encapuzada emergiu.
- Neptune: "Quem é você?" - Perguntou Neptune, sua voz firme, mas cautelosa.
O estranho não respondeu de imediato. Lentamente, retirou o capuz, revelando um rosto pálido muito belo e um olhar gélido que exalava poder.
- Asmodeus: "Sou Asmodeus do Axioma" - Anunciou com um tom grave. - "Um dos Dez Decretos do Abismo. E vim aqui para um propósito, entreguem-me a localização dos portadores das segens dos Quatro Seraphins." - Seus olhares se fixaram em Neptune, ao sentir sua presença...
Neptune deu um passo à frente, o coração disparado. Ele sabia que Asmodeus falava da Meeres Segen que ele próprio carregava, mas manteve a compostura.
- Neptune: "Não há portadores aqui além de mim." - Respondeu Neptune com firmeza.
- Asmodeus (pensando): "Então o Decreto não fucionou nele, isso significa..."
- Asmodeus: "Ah, mas eu posso sentir a presença deles." - Retrucou Asmodeus, um sorriso cruel surgindo em seus lábios. - "Escondê-los será inútil."
Aelion, porém, não estava disposto a ceder.
- Aelion: "Estas terras não são compatíveis com demônios, Asmodeus. Saia, ou eu mesmo o farei."
O Geulim riu, um som que reverberou no ar como um trovão.
- Asmodeus: "Então tente a sorte."
Aelion imediatamente ativou sua perk Proteção Gandhāra, sua aura dourada iluminando a área enquanto ele invocava as Lâminas de Gandhāra. Com um movimento fluido, dezenas de espadas de energia cortaram o ar em direção a Asmodeus.
O ataque foi veloz e devastador. As espadas perfuraram a armadura de Asmodeus, provocando queimaduras que pareciam ecoar o poder do Sonne Segen de Throk. Mesmo assim, o Decreto do Abismo não recuou.
- Asmodeus: "Interessante..." - Disse Asmodeus, limpando o sangue que escorria de sua boca. - "Mas isso não será suficiente."
Com um rugido, ele ativou sua habilidade espiritual Cratera do Demônio, desferindo uma sequência de socos (cerca de '437 socos') que fizeram o solo tremer e abrir crateras gigantescas ao redor. Aelion, no entanto, manteve-se firme, protegido por seu Escudo de Gandhāra, que resistia a cada impacto.
Ainda assim, a situação piorou quando Asmodeus revelou seu trunfo, a última célula de Baphomet que havia recuado. A fusão entre eles transformou Asmodeus em uma força ainda mais temível.
- Asmodeus: "Agora, me diga..." - Exigiu Asmodeus enquanto seu lado direito assumia uma forma grotesca. - "Onde estão os outros portadores?"
Um soldado da vila, em um ato desesperado, gritou:
- Soldado: "Eles não estão aqui! Só há Neptune!"
No mesmo instante, o Decreto do Axioma entrou em ação. O soldado foi transformado em uma estátua de pedra, congelado para sempre em sua mentira.
Aelion cerrou os dentes, furioso e impotente. Neptune precisou intervir, matar Asmodeus seria impossível para Aelion, devido ao Decreto da Desproteção, que punia quem tentasse assassiná-lo.
- Asmodeus: "Parece que estamos em um impasse." - Disse Asmodeus, divertido. - "Mas proponho algo... diferente."
Ele sorriu, gesticulando para Aelion.
- Asmodeus: "Um jogo. Uma colisão de ataques. Dispararemos golpes consecutivos até que um de nós fique sem energia espiritual. E, em troca, eu desativarei temporariamente o Decreto da Desproteção."
Aelion hesitou, mas sabia que essa era a única forma de proteger sua vila sem sacrificar vidas.
- Aelion: "Eu aceito."
A batalha começou, e cada golpe era um espetáculo de força e resistência. O chão tremia, as chamas das Rajadas de Chamas Infernais de Asmodeus colidiam contra o Escudo de Gandhāra, enquanto a vila começava a sofrer os efeitos colaterais.
Midoki, acordado pelos guardas, chegou ao campo de batalha e ficou chocado ao ver a cena. Ele ouviu sobre as condições impostas por Asmodeus e entendeu que qualquer interferência violaria o acordo.
Mesmo assim, ele observava, o coração apertado, enquanto Aelion resistia com tudo o que tinha. O embate se intensificava, e o destino de todos parecia pender por um fio.