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Chapter 68 - Capítulo 30.8 - O Crepúsculo do Limbo

Na vastidão do Limbo, onde o tempo e o espaço se distorcem, Pyndera e Gyndera sentiam a decepção pesar como sombras. O Modo Guardian, que antes simbolizava força implacável, provava-se incapaz de deter uma simples agulha. Era um fardo amargo de carregar.

De repente, um brilho dourado irrompeu na escuridão, vibrando entre a luz e a sombra do Limbo. A forma imponente de Zyndera, o Dragão do Equilíbrio, surgiu, sua presença um reflexo da união dos limbos. Ele pairava com a imponência de um deus perdido, sua aura dourada um clarão quase doloroso, ressoando através do próprio tecido da realidade.

Enquanto isso, o campo de batalha se movia para a Casa de Serpentário, onde um portão ancestral se abria lentamente, revelando o Templo de Hera. A deusa, imponente e serena, permanecia sentada em seu trono, a Joia cintilante nas mãos, aguardando a chegada de Lúcifer. Sua expressão era um misto de paciência e poder contido.

Orfeu atravessou o portão, seu andar era firme, decidido, até chegar ao centro da Casa de Serpentário. Diante dele, Throk e Elliot o observavam com semblantes ferozes. Ele esboçou um sorriso calculado.

Orfeu: "Agora que enfrentaram todos os meus Emissários do Zodíaco" - Disse Orfeu, com uma calma perturbadora. - "Não tenho escolha. Vou finalizá-los eu mesmo."

Com um movimento rápido, ele usou sua Manipulação Psíquica. As mentes de Throk e Elliot foram pressionadas por uma força invisível, uma presença esmagadora que os fez hesitar, cada pensamento reverberando como um eco entre suas almas.

Elliot estreitou os olhos, concentrando-se enquanto lutava para resistir. Em um movimento ágil, disparou uma Flecha Luminosa. Orfeu, com um sorriso sombrio, ergueu uma mão e invocou sua técnica Nemesis que criou uma contrapartida sombria, Flecha Luminosa Negra. A flecha de luz e sua versão sombria colidiram no ar, explodindo em um clarão que iluminou a Casa de Serpentário como um choque de estrelas.

Cada ataque era um reflexo do outro, uma dança intensa entre luz e sombra, em que a dualidade entre os dois guerreiros tornava a batalha quase artística. Mas Orfeu estava determinado a ir além. Ele ergueu a mão, e uma energia maligna começou a envolver Elliot. A técnica Degradação Celular tomava forma, um processo cruel de destruição que o fez sentir cada célula sendo corroída.

Throk, em contrapartida, sentiu o amanhecer próximo. A luz do dia começava a despontar, alimentando-o com a energia do Sunrise - Sonne Segen. Seu corpo pulsava com uma força nova, e ele gritou, liberando o poder do Rage. Em um instante, Throk avançou, cerrando o punho e canalizando sua energia na técnica Quebra-Queixo, que ele desferiu com uma precisão esmagadora contra Orfeu.

Orfeu, contudo, não era um inimigo qualquer. Com a Espada de Leão de Raiga em mãos, ele invocou as Chamas de Escuridão, envolveu-se em uma aura sombria e avançou, o fogo ardente dançando ao redor de seu corpo como serpentes famintas. Ele e Throk chocaram-se em uma troca de golpes tão intensa que o próprio chão da Casa de Serpentário rachava sob o peso de suas forças.

Quando a espada de Orfeu desceu com um corte de sombra flamejante, Throk parou o golpe com uma mão, seu corpo ainda mais fortalecido pela luz da manhã. Um brilho selvagem em seus olhos, ele absorveu o ataque com o poder do World Mystic Tree e respondeu com um contra-ataque devastador, obrigando Orfeu a recuar.

Elliot, agora envolto na Brisa - Windes Segen, se ergueu novamente, sentindo a regeneração em seu corpo. Suas feridas fechavam-se, e uma nova determinação preenchia seu coração. Ele se lançou sobre Orfeu, lançando uma Sequência de Flechas do Tornado que cortaram o ar, mas Orfeu, com uma destreza implacável, bloqueou cada uma delas com a Espada de Leão.

Orfeu: "Vocês são persistentes, mas tudo isso é inútil." - Zombou Orfeu, um brilho cruel nos olhos.

Enquanto a luta intensa continuava na Casa de Serpentário, outra batalha muito mais profunda ocorria no Limbo. Midoki, cuja alma vagava nesse plano distorcido, encarava Zyndera. O dragão imponente fitava Midoki com olhos que brilhavam como estrelas antigas.

Zyndera: "Não poderá retornar, Midoki. O Limbo o aprisionará para sempre." - Disse Zyndera, sua voz ecoando em uma gravidade cósmica que fazia o próprio ar vibrar.

Mas Midoki não se abalou. Sentindo seu espírito se expandir, ele encarou Zyndera com uma força silenciosa. Um vórtice de energia azul cobalto começou a emergir do dragão, uma manifestação de sua a essência. A energia lentamente consumia o próprio Limbo, rompendo suas barreiras.

Enquanto Zyndera desaparecia em um brilho cintilante, Midoki emergiu, a aura azul cobalto tomando forma em seu espírito e consumindo a vastidão ao seu redor.