Sir Alden caminhava pelos corredores de pedra do imponente castelo do Reino de Lior, suas botas ressoando pelo chão como um eco sombrio. O Rei Canvos havia convocado sua presença urgentemente. Antes de atravessar os portões da sala do trono, Alden avistou as silhuetas distorcidas de dois cavaleiros. Sir Oswald e Sir Valen, figuras conhecidas, mas misteriosamente borradas como se não estivessem totalmente presentes naquele espaço.
O ar estava pesado, e assim que Alden adentrou a sala, o Rei Canvos quebrou o silêncio. Com um semblante sério, ele revelou que Aelion, que havia chegado ao reino uma semana antes, informara sobre o desaparecimento de Midoki. Canvos explicou que o reino precisava da ajuda de Alden, pois entre os Cavaleiros das Auras Divinas, Alden era o único que conhecia tanto a Cidadela Celeste quanto o Olimpo.
Mas o rei tinha outra questão a levantar. Canvos questionou os desaparecimentos constantes de Alden, lembrando como ele havia sumido após o Torneio de Dianmari e sido avistado pela última vez quando a barreira do reino foi desativada, marcando o desaparecimento de Durin e Gronnak.
- Rei Canvos: "O que você tem feito, Sir Alden?" - Canvos perguntou, a tensão crescendo no ar.
Alden deu um passo à frente, aproximando-se do trono com uma expressão sombria.
- Sir Alden: "É... porque..." - Começou ele, tocando no ombro direito de Canvos, mas antes que pudesse terminar, o rei gritou por Sir Valen. O cavaleiro, entretanto, não se moveu. O ar na sala pareceu congelar.
Canvos sentiu algo estranho, como se um selo espiritual tivesse sido ativado. Seus olhos arregalaram-se ao perceber que o selo já estava em todo o reino. A presença de Alden ali, naquele momento, era insignificante. Foi então que uma risada baixa ecoou pela sala. Mammon, o servo de Lúcifer, que se passara por Alden, sorriu com malícia.
- Mammon: "O Selo das Sombras, como eu o chamo." - Explicou sobre sua técnica. - "Eu o ativei assim que entrei no castelo. Agora que o seu poder não me ameaça mais, Canvos, vamos falar sobre o verdadeiro motivo da minha presença aqui."
O rei, ainda em estado de choque, conseguiu apenas perguntar:
- Rei Canvos: "O que você quer com meu reino?"
Mammon aproximou-se mais, seu olhar frio e cruel.
- Mammon: "Seu poder será útil para meu mestre, Lúcifer." - Respondeu ele calmamente. - "O poder de Destiny, a habilidade única que pode prever destinos, essa é habilidade que você usou em Alden para me encontrar e atrapalhar a quebra do selo do Submundo."
Canvos tremeu, seu olhar desesperado.
- Rei Canvos: "Mas essa habilidade... só pode ser usada em familiares próximos. E apenas uma vez por mês!"
Mammon sorriu de forma sinistra.
- Mammon: "Ah, mas tecnicamente, sou parte da família de meu mestre Lúcifer. Fui criado a partir de uma célula dele, e isso me torna... algo como um parente."
O rei sentiu o peso da revelação e caiu de joelhos. Seu reino estava condenado. Em um ato desesperado, ele implorou.
- Rei Canvos: "Por favor, se você vai destruir tudo... ao menos poupe Lancy e Cusadler. Eles são filhos de meu primo, Alden Voss. Eu suplico, deixe-os viver."
Mammon, por um momento, ficou em silêncio. Seu rosto inexpressivo mostrou um breve lampejo de consideração.
- Mammon: "Normalmente, eu não faria isso." - Começou ele, suspirando. - "Afinal, Alden me causou muitos problemas ao longo do tempo. Mas... desenvolvi uma certa curiosidade... talvez até um sentimento por aquelas criaturas patéticas. Lancy e Cusadler. Eles me interessam."
Com uma Lâmina Sombria, Mammon ergueu a mão e, num movimento rápido e preciso, cortou o pescoço do Rei Canvos. O sangue escorreu pelo trono enquanto os olhos do rei se apagavam lentamente. E então, em meio à escuridão, uma última lembrança veio à mente de Mammon, um sussurro de Lúcifer ecoando em sua memória.
*Flashback do Capítulo 15.1:*
- Lúcifer: "Porque demorou tanto?
- Mammon: "Um cavaleiro roubou o Fragmento do Caos que estava comigo, usando a habilidade de um rei que prevê destinos, meu senhor!"
- Lúcifer: "Eu quero esse poder... você sabe."
*Fim do Flashback*
O capítulo se encerra com o som do corpo do rei caindo ao chão, enquanto Mammon, ainda com um sorriso sarcástico no rosto, prepara-se para cumprir os desígnios de seu mestre, agora com o destino do Reino de Lior selado.