Chapter 30 - Roselia

"Então o perfume era para causar uma alergia," assenti com a cabeça.

"Você fez bem, Norma. Você também cuidou da torta?" perguntei novamente, pois se alguém provasse a torta as coisas poderiam complicar.

"Sim, vossa alteza. Eu joguei no lixo," respondeu Norma com um aceno de cabeça.

"Bom, isso é para você,'' respondi, entregando-lhe brincos de pérola.

Os olhos dela brilharam olhando para os brincos, enquanto ela se curvava para pegá-los.

"Agora você também pode ir, eu gostaria de descansar," eu disse me recostando no sofá.

Ela acenou com a cabeça, curvou-se e saiu do quarto.

'Então você intencionalmente me deu o perfume que causaria coceira por todo o meu corpo, muito bem. Já que você é tão atenciosa comigo, retribuirei o favor em breve.' Levantei-me e caminhei em direção à minha mesa de cabeceira, tirando de lá os pergaminhos de papéis.

Estes são os mesmos papéis que eu havia preparado no dia em que voltei à vida. Há passos escritos, sobre como melhorar minha vida desta vez.

Meu próximo objetivo era conseguir permissão de sua majestade para recuperar minha herança.

'Isabella é apenas o começo, Cassius, logo eu chegarei até você.'

Finalmente, depois de um dia muito cansativo, deitei-me na minha cama com um sorriso.

À medida que os raios da manhã se refletiam em cada canto e o cheiro fresco de rosas enchia o quarto. Abri meus olhos olhando para a mesma estrutura de teia de prata no teto.

Mas Deus sabe por que hoje parecia menos complicado. Assim como minha vida, que estava lentamente se ajeitando.

"Vossa alteza" ouvi Daisy, a nova empregada principal entrar e se dirigir a mim.

"Sim?" perguntei, ainda deitada ali num estado sonolento.

"Vossa alteza, a senhora Roselia está aqui. Ela pede uma audiência." ela me avisou, curvando a cabeça.

Toda a nebulosidade da minha mente desapareceu quando ouvi isso, sentei de repente.

"Penny, peça para ela sentar na sala de estar e sirva-a com o melhor chá e bolo de chocolate."

"Daisy, prepare meu banho, depressa"

"Sim, vossa alteza" ambas se curvaram e saíram rapidamente.

Levantando-me, caminhei até a janela. Olhando para o sol brilhante, sorri, 'Roselia, a única pessoa que esteve ao meu lado, mesmo quando eu estava errada. Eu me pergunto como as coisas serão nesta vida.'

Rapidamente tomando um banho e vestindo um simples vestido pêssego, caminhei apressadamente em direção à sala de estar.

Lá estava ela sentada em um uniforme de cavaleiro apropriado. Ela era invariavelmente bela em sua armadura, em vez dos vestidos que geralmente usava.

Ao ouvir os passos, Roselia virou-se e olhou para mim. Vi o brilho em seus olhos, mas em seguida seu rosto se tornou sereno ao lembrar-se da minha posição atual, e me saudou com os modos de um cavaleiro

"A serva de vossa alteza, Roselia Baringstone cumprimenta você."

"Sir Rosella, por favor, erga-se," falei seguindo o tom dela.

Ainda era estranho falar dessa forma com ela, pois só queria abraçá-la e pedir desculpas, mas não tínhamos escolha.

Havia muitos outros cavaleiros ali, e eu tinha que manter minha imagem de duquesa arrogante.

"Estes são os dois cavaleiros, senhor Blake e senhor Cian, que servirão a você neste ano, vossa alteza. Como desejou, incluímos o sir Roselia entre eles."

Assenti com a cabeça, "obrigada, senhor Simon, eu sei que posso confiar em você."

"É apenas meu dever, vossa alteza. Diga-me se eu puder servir em algo mais," ele disse com uma voz estoica de comandante.

"Não senhor Simon, isso é mais que suficiente. Espero que ambos me acompanhem, e ao senhor Killian, amanhã à festa do chá real.

Mas por agora, já que vou ficar no palácio, apenas o sir Roselia está ótimo." Declarei indiretamente, pedindo para que nos deixassem a sós.

Ele olhou para mim e depois para Roselia, relutante em me deixar com apenas um cavaleiro, mas ambos acenamos dando-lhe segurança. Por fim, ele consentiu e saiu da sala de estar com os dois outros cavaleiros seguindo-o.

Só então Roselia soltou um suspiro de alívio, olhou para mim e sorriu, "você se tornou uma dama perfeita agora, Marianne."

"Do que está falando, é você quem ficou ainda mais deslumbrante nessa armadura.'' Olhei para ela como se a tivesse visto depois de uma vida.

Ela desviou o olhar de mim e olhou ao redor, enquanto as empregadas estavam de pé em cada canto, ela sussurrou, "é muito constrangedor. Eu não sei como vou aprender a seguir todas as etiquetas do ducado"

Meus olhos se encheram de lágrimas ao ouvir as mesmas palavras que ela havia dito no passado. Naquela época, em vez de apoiá-la na adaptação, eu a repreendi por não conseguir lidar bem com o trabalho. Mesmo assim, como uma tola, ela me apoiou em tudo.

Seus olhos se arregalaram ao me olhar, "O que houve Marianne... quero dizer, vossa alteza." ela corrigiu suas palavras rapidamente, com medo de ser repreendida.

Sacudi a cabeça, piscando, "apenas senti falta de casa," enxugando meus olhos. Continuei "Claro que é estranho, porque é a primeira vez. Mas nos acostumaremos com o tempo. E quando estivermos sozinhas, por favor, me trate da mesma forma. Sinto sua falta e do Damien também. Este lugar não passa de uma linda gaiola."

Minhas últimas palavras a machucaram, eu podia ver a pena em seus olhos, a qual eu sempre usei no passado para meus próprios benefícios. Ela pigarreou e falou com uma voz animada, "Tudo bem, então não fique brava quando sentir que estou sendo descontrolada." com isso, ela me abraçou.