Várias horas antes do incidente de beijar um estranho...
Lana sorriu amplamente enquanto relia o email que abriu na noite passada, apenas para ter certeza de que não era um sonho. O email era um aviso de aceitação para a sua candidatura, informando-a de que foi aceita para o estágio na Firma de Advocacia Sy.
Estudar na escola de direito mais reconhecida e uma das maiores do mundo definitivamente tinha suas vantagens. Ela estava muito animada porque a Firma de Advocacia Sy era uma das melhores firmas de advocacia do país, a firma dos seus sonhos, onde ela queria ingressar para aprender e ganhar experiência.
Um grito de emoção escapou de sua boca ao fechar o laptop com um sorriso de realização curvando seus lábios em formato de coração. Ela esticou os braços e olhou para o relógio. Eram quase cinco da manhã.
Ela se levantou de sua mesa de estudos e pegou sua roupa de corrida do closet. Trocou-se rapidamente e olhou no espelho para prender o cabelo na altura dos ombros num rabo-de-cavalo. Ela era uma beleza natural com pele de porcelana e traços marcantes. Ela era grata por não depender de toda aquela maquiagem para ter uma aparência impecável.
"Ahh... Isto é tão revigorante..." Ela suspirou ao sentir o ar frio lá fora roçar suas bochechas. Ainda estava escuro e o sol ainda estava bem abaixo do horizonte, prestes a nascer e espalhar seus raios matinais.
Lana havia se mudado para esse bairro há apenas uma semana e esta foi sua rotina desde então... Correr neste horário de madrugada e depois tomar uma xícara de café quente na sua cafeteria favorita do bairro.
Ela estava suando profusamente depois de um pouco de corrida, então se sentou em um banco e observou o nascer do sol. "Que cena linda, não é?" Lana ouviu a voz de um homem comentar. Ele também se sentou no mesmo banco e até lhe ofereceu uma garrafa de água.
"Não obrigada. Tenho a minha..." Lana comentou simplesmente. "Você corre aqui com frequência?" O homem perguntou e Lana apenas acenou com a cabeça, sem se dar ao trabalho de olhar para o homem que falava ao seu lado.
"Hmm, esta área é realmente linda. Acho que vou correr por aqui com mais frequência a partir de agora..." Ela ouviu o homem murmurar. Lana revirou os olhos, ouvindo mais uma cantada sem graça.
"Você se importa se eu pedir seu número?" Ela ouviu o homem falar novamente.
Lana virou a cabeça para olhá-lo. O homem não era nem um pouco ruim. Era bem-apessoado e parecia ter apenas alguns anos a mais que ela.
Com um olhar vazio, ela perguntou, "Por que você precisa do meu número, senhor?"
O homem sorriu, revelando um belo conjunto de dentes brancos e respondeu, "Estou interessado em você... e senhor? Hmm... Eu tenho apenas trinta anos, então, por favor, não me chame de senhor."
"Desculpe, mas não estou interessada em você S-E-N-H-O-R?" Lana perguntou em seguida, colocando uma ênfase pesada na palavra 'senhor'.
O homem sorriu e disse, "Hmm, talvez eu possa trabalhar nisso e fazer com que você se interesse..."
Lana moveu o pescoço de um lado para o outro e então se levantou para fazer alguns alongamentos rápidos. Com as sobrancelhas erguidas, ela virou-se para ele e disse, "Desculpa de novo, mas realmente não estou interessada.".
Lana, deixando o homem estupefato, correu para a cafeteria do bairro para tomar o café da manhã. Ela pegou o jornal mais recente e sentou-se em sua cadeira favorita, que estava usando nos últimos dias.
Ela estava bebendo seu café quando recebeu uma ligação de sua mãe pedindo que almoçasse com ela, pois estava com muitas saudades.
"Mãe, eu me mudei há apenas uma semana... Tudo bem... Eu vou e te levo para o almoço. Me mande uma mensagem com o local que você quer comer..." ela disse sorrindo, ouvindo o pedido de sua mãe tão cedo de manhã. A ligação terminou e ela pegou o jornal para continuar lendo.
Suas sobrancelhas se ergueram quando ela sentiu uma sombra se aproximando.
Ela pôs o jornal de lado e viu o mesmo homem de antes sentando à sua frente. Lana soltou um longo suspiro e olhou para ele com uma expressão severa.
"Hmm, nos encontramos novamente. Você se importa se eu ocupar este assento e me juntar a você?" O homem disse com um sorriso.
As sobrancelhas de Lana se ergueram enquanto ela o repreendia, "Por que se incomodar em perguntar quando você já está sentado? A propósito, eu me incomodo com sua presença aqui. Prefiro sentar sozinha Senhor." Era verdade. Ela odiava ter sua privacidade invadida por qualquer pessoa. Apenas seus amigos de confiança tinham o direito de invadir seu espaço a qualquer momento e, claro, sua mãe também era sempre bem-vinda.
O homem riu e se apresentou, em seguida estendeu a mão para um aperto de mãos. Lana encarou sua mão e retrucou, "Na verdade, sou casada Senhor. Então, por favor, vá para outra mesa se você não quiser que meu marido o veja rondando por mim..."
"Hmm, mas eu não vejo uma aliança no seu dedo." As sobrancelhas de Lana se contraíram enquanto um sorriso irônico se formava em seu rosto. Ela olhava para o homem que agora estava sorrindo, sentado à sua frente. Ela odiava homens arrogantes como ele que achavam que poderiam fazer o que bem entendessem com tudo e com todos que desejassem. Bem, não apenas homens arrogantes como ele, ela praticamente detestava todo homem na Terra!
"Que tal você guardar isto para você me contatar quando estiver livre...." O homem pôs seu cartão de visitas na mesa e insistiu.
Lana pegou o cartão e olhou para ele. Em seguida, colocou o cartão na sua mesa de café e disse, "Como eu disse, não estou interessada. Se eu te vir me seguindo novamente, não terei escolha senão denunciar você à polícia."
Ela se levantou e estava prestes a sair da cafeteria quando sentiu o homem segurar sua mão. "Lei da República 9262 seção 3. Perseguição é uma ofensa criminal. Solte... agora..." Lana sibilou com os olhos estreitados, dando ênfase a cada uma de suas últimas duas palavras.
"Você é louca. Você acha que é tão bonita assim, hein? Agindo como se fosse inteligente, hein?" o homem exclamou.
Lana puxou bruscamente seu braço e murmurou calmamente, "Sim, sou louca, então se eu estivesse no seu lugar, preferiria simplesmente me deixar em paz."
O homem a observou sair enquanto continuava a xingá-la pelas costas. O dono do café, que conhecia Lana muito bem, balançou a cabeça ao presenciar a cena. "Tsk, ainda bem que ele parou, senão teria experimentado levar um chute nas bolas a seguir." Clyde murmurou.
"Você a conhece, chefe?" Um dos seus garçons, que tinha visto Lana naquele dia pela primeira vez, perguntou.
"Claro... Ela foi minha colega de classe durante o ensino médio. A mulher acha que toda a espécie masculina é muito má... Ela é Lana Huang, vinte e três anos, e logo se tornará advogada assim que passar no exame e concluir a sua graduação. Ela era uma das meninas mais notórias da escola famosa por ser uma odiadora de homens e uma mulher fria e sem coração."
O garçom concordou e sussurrou, "Ah, ela é do tipo que vai morrer virgem. Hmm, ela é uma advogada sem coração."
Boogs*
"Ai!" gritou o garçom, coçando a cabeça que acabara de ser atingida pelo chefe.
"Vá trabalhar seu pervertido fofoqueiro..." Clyde murmurou com a boca torcida. Mas então ele sorriu com aquela ideia em sua mente de provocar Lana mais tarde com aquela descrição...
'Uma mulher que vai morrer virgem - Lana Huang, uma advogada sem coração.'