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Chapter 36 - Capítulo 36: Por Que Me Ajudar?

Dylan parou ao lado dela, com a mão protetora repousando em suas costas. "Por que você ainda está chorando? Eu posso dar mais dinheiro a eles para se baterem se você quiser." Ele riu.

Ela se encolheu longe dele. Ele cortava uma figura solitária no mundo, ao mesmo tempo dentro e fora dele. Sua própria família já era torturada o bastante. Como ele poderia entender que ela chorava porque, naquele momento, a única família que tinha no mundo havia desaparecido?

E isso a fez pensar em seu pai e mãe, que ela sentia muita falta, fazendo-a chorar ainda mais.

Dylan abaixou-se ao nível dela e fixou seu olhar no dela. "Chega." Sua voz era baixa, não agradável - comandante, mas mais suave. Savannah olhou para ele com lágrimas, ainda sem conseguir se controlar.

Dylan franziu a testa, impaciente, inclinou-se e beijou seus lábios gentilmente, e então sugou o lábio inferior dela.

Ela congelou e fixou o olhar, e alguns segundos depois, ela acordou e o empurrou para longe, "Você... O que você está fazendo..."

"Ainda chorando?" Ele levantou a mão e esfregou a boca, limpando a saliva cristalina deixada por ela.

As lágrimas dela haviam sido espantadas por seus beijos, e ela não ousava chorar. "Você não precisa dar dinheiro a eles. Eu não tenho dinheiro para te pagar." Ela mordeu o lábio.

Dylan sorriu, "Cinquenta mil para mantê-los longe de você? Vale a pena." Ele deu de ombros.

"Por que você está me ajudando?" Ela murmurou.

Ele a encarou, sua voz quieta e séria, "Porque você é minha. Minha garota pode ser valentona mas não pode ser intimidada. Não me desonre."

Então ele pegou a mão dela, quer ela estivesse disposta ou não, e se encaminhou para a carruagem.

Ela tropeçou em direção a ele, quase o atingindo. O corpo dele exalava um cheiro forte e limpo, tão Dylan. Savannah sorriu e seguiu-o.

* **

Após seu terrível encontro com a tia e o tio, Savannah se trancou no quarto por dias, saindo apenas para comer. Dylan a deixou sozinha, então ela passou a maior parte do seu tempo olhando da varanda, vendo o céu se tornar um rosa pastel enquanto o sol se punha abaixo do contorno dentado dos prédios. Então, no terceiro dia, sua solidão foi interrompida quando Judy bateu na porta, "Senhorita Schultz, há uma ligação para você no telefone."

Surpresa, ela seguiu Judy até o corredor, onde um telefone descansava ao lado do receptor. Ela o pegou e uma voz familiar e rouca a cumprimentou, "Savannah." Ela arqueou a sobrancelha, incerta sobre o que dizer. Era o pai do Dylan, George 'Velho' Sterling. George Sterling continuou, sua voz suave, "Você está morando com Dylan, não está?"

Com medo de ser emboscada (Por que ele estava ligando?), ela murmurou sem jeito, não querendo revelar nada. Supostamente, ela deveria casar com o neto dele, mas de alguma forma acabou transando com o filho dele. Um erro fácil de cometer, dizia a si mesma. Não era.

Quando ela não respondeu, George soltou um longo suspiro. "Savannah, vamos ter uma festa de família neste fim de semana, você e o Dylan podem vir." Menos uma pergunta, mais uma afirmação.

Ela sabia que a família Sterling se reunia todo final de semana - Devin sempre ia. Era uma regra do George. Todos obedeciam George. Exceto Dylan. Ele estava ocupado demais pavoneando-se e sendo um arrogante para falar com sua família.

"Obrigada pelo convite, mas acho que não seria apropriado eu comparecer, dado meu histórico e situação atual."

"Foda-se o que é apropriado!" Ele desabafou. Ela podia ouvi-lo ofegar com esforço enquanto ajeitava o telefone de volta ao ouvido. "Vou garantir que você esteja confortável. Não se preocupe com isso."

"Senhor, Dylan está muito ocupado, e eu não sei se ele estará disponível. Deixe-me falar com ele primeiro."

"Bem, pergunte a ele." Ele disse secamente. "Estou esperando sua ligação. Este número." Ele disse, e então começou a tossir.

Savannah despediu-se e desligou o telefone e instantaneamente se arrependeu de não ter dito não. Então, naquele momento, a voz de Judy soou do topo da escada. "Senhor, você voltou!"

Ela se virou para ver Dylan parado logo dentro da porta, a gola e a gravata desfeitas e suor ensopando seu paletó.

Ele, por sua vez, ficou surpreso ao vê-la fora do quarto. Ela estava de mal desde que decidiu ver sua família. Ele tinha dito para ela não ir - advertido, mas ela não ouviu. E agora ela estava brava com ele? Ele gostava dela, realmente gostava, mas sua ingenuidade inocente o enfurecia tanto quanto o excitava.

Judy apressou-se em descer para saudá-lo e pegou seu paletó, pendurando-o em um gancho. "O Velho Sterling ligou para a Senhorita Schultz agora há pouco." Ela disse enquanto fazia isso.

Ele soprou as bochechas e desabotoou sua camisa. "Sério?" Sua sobrancelha esquerda levantou-se. "O que meu pai queria com você?"

"Ele nos convidou para ir ao jantar de família desta semana. Eu disse que você estava ocupado e que eu perguntaria, mas ele—"

"Diga-lhe que estaremos lá." Disse Dylan, jogando sua camisa encharcada no chão e esticando os braços para fora.

"Tem certeza?" Ela perguntou, surpresa que ele tivesse concordado.

"Claro que tenho certeza. Agora, seja uma boa garota e ligue para ele de volta." Ele disse enquanto subia as escadas.

Judy o seguiu. "O Velho Sterling ficará feliz em vê-lo de volta esta semana." Ela disse.

Savannah esperou até ouvir o chuveiro ligar antes de ligar de volta. George riu quando ela disse que eles iriam.

"Boa garota!" Ele murmurou. "Boa garota! Eu sabia que ele não poderia dizer não a você. Ainda posso fazer um esforço Sterling!" Ele comemorou, e ela sentiu seu estômago revirar.

***

Savannah acordou cedo na manhã seguinte. O céu estava azul bebê com nuvens de algodão bloqueando o sol. Lá fora, Garwood acabara de parar com o carro, pronto para levá-la embora. Dylan tinha dito que ela deveria ir ao shopping e comprar algumas roupas apropriadas - embora ela não soubesse o que havia de tão inapropriado nas roupas que tinha (bem, na maioria delas. Havia aquela; aquela em que ele havia insistido em transar com ela). Não é o meu dinheiro, ela pensou, então concordou com isso.

Garwood acelerou até o centro de LA a uma rua de compras movimentada. Ele estacionou do lado de fora do que ela sabia ser a loja mais cara e exclusiva de designers - HIMO- (obrigada, Valerie).

"Aqui?" Ela disse, olhando pela janela para um vestido de quinze mil dólares. "

"Aqui." Disse Garwood. "Afinal de contas, é de propriedade do Sr. Sterling."

Ela ficou de boca aberta.