O que lhe dava o direito de se importar?
Lina estava chocada com sua audácia. Ela não conseguia dizer nada. Ela nem conseguia olhar para ele. Seu coração ardia de angústia quanto mais ele se preocupava com ela. Ela não gostava do jeito que ele a olhava como se ela ainda pertencesse a ele. Quem ele pensava que era para se preocupar com ela?
Lina o empurrou. Antes que ele pudesse agarrá-la, ela pegou um item do corredor. Ela percebeu que ainda estava na frente, onde estavam os produtos de padaria. Pegando aleatoriamente um pão de sanduíche fofinho, ela o jogou no carrinho.
Pomba.
Lina o ignorou. Ela empurrou o carrinho pelo corredor, pegando tudo e qualquer coisa que um menino em crescimento precisaria.
Lina lembrava que as gavetas de Milo só tinham temperos e molho. Ela teria que comprar produtos não perecíveis como macarrão, grãos como arroz, feijão fácil de cozinhar e outras coisas. Ela se lembrou de que ele amava espaguete, seja de tomate ou de creme.
