Priscila sabia que as emoções de Kade estavam descontroladas. Ela aplaudia a forma como ele escondia isso por trás de uma expressão distante. Ela via a verdade. Testemunhava a dor em seus olhos escuros. Via o ódio persistente em seu olhar.
Ele a odiava. Ela amava o poder. Assim, ela o amava.
"Vossa Alteza," Priscila se dirigiu a ele, apresentando-lhe seu melhor sorriso, mas isso mal provocou uma reação dele.
Kade franziu a testa profundamente com a presença dela. Seus olhos estavam injetados e ele parecia não ter dormido por dias. Havia uma aparência rústica nele que apenas o tornava mais atraente aos olhos dela.
"Uhm..." Priscila começou, sem saber por onde começar.
Seja o que fosse necessário para Priscila receber o tratamento de Lina como sua esposa, Priscila estava disposta a fazer. Ela não aguentava mais ser uma criada. Ela já foi a servida. Não a servente.
"O que é isso?" Kade exigiu, pegando o pedaço de papel vazio na bandeja.