Priscila sabia que essas empregadas iriam morrer hoje. Em seu país, desrespeito era punível com morte. Para a Coroa, a vida humana equivalia ao gado. Eram descartáveis.
"V-Vossa Alteza!" As empregadas gaguejaram, tremendo enquanto rapidamente se ajoelhavam em cumprimento.
As servas curvaram a cabeça sobre as mãos juntas, mostrando o maior respeito. A parte de trás de seus pescoços estava sempre à mostra, pois usavam os mesmos coques no cabelo. Mostrar a nuca era um sinal de obediência e lealdade. Significava que permitiriam que suas cabeças fossem cortadas a qualquer momento. Com o olhar assassino do Príncipe, esse momento era agora.
"Eu estava me perguntando quem se atreveria a ferir o que é meu," Kade disse calmamente, entrando no quarto sem se abalar.
Kade observava a situação de um só golpe. Ele viu os fios de cabelos longos no tapete, caídos como pétalas. Ele percebeu a água da banheira ensanguentada. Ele testemunhou a falta de vapor subindo acima da banheira.