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Chapter 3 - Capítulo 3: Estranhas presenças

Enquanto João travava uma batalha desesperada contra as sombras conjuradas pelo Necromante, uma figura encapuzada observava a cena com uma intensidade inquietante.

Envolto em vestes negras que escondiam seu rosto nas trevas, o ser murmurava para si mesmo: "Preciso informar a rainha."

Dotado de habilidades sobre-humanas de percepção e agilidade, a figura moveu-se com uma elegância mortal.

Em um movimento fluido e silencioso, eliminou um monstro que se aproximava pelas costas, sem esforço visível.

Com uma mão firmemente pressionada sobre a testa, estabeleceu uma conexão telepática: "Como previu, Majestade. Seres de outras dimensões foram realmente invocados. Qual é a sua ordem?"

A resposta da Rainha chegou com uma calma enigmática: "Não há necessidade de ação imediata. Apenas observe e veja se há algum herói ou santo entre eles."

Havia um mistério inquietante na voz da Rainha: "Não tome nenhuma medida por ora. Apenas observe e veja se surge algum herói ou santo entre eles."

"Majestade, e quanto aos Santos? Não foram eles exterminados na Guerra de Dez Mil Anos?" A figura perguntou, a inquietação perceptível em seu tom.

"Você está certo em se perguntar. Em dez mil anos, não houve sinal de Santos, nem mesmo entre os convocados. Mas há um véu de segredo envolvendo a Guerra de Dez Mil Anos," a Rainha começou, seu tom carregado de mistério. "Ninguém sabe exatamente o que ocorreu então, e os registros são vagos e contraditórios. O que se sabe é que, em um cataclismo que desafiou toda compreensão, os Santos desapareceram, seja por um sacrifício final ou um desaparecimento abrupto e inexplicável."

A voz continuou, impregnada de um enigma perturbador: "Dizem que uma força desconhecida, talvez uma entidade do Abismo ou algo ainda mais antigo, varreu os Santos da existência. Outros afirmam que os Santos foram aprisionados em dimensões esquecidas ou selos arcânos que agora estão se desintegrando. O fato é que desde então, a presença de um Santo nunca foi confirmada. No entanto, conforme previsto pela antiga rainha, um ser com a classe Santa está prestes a surgir e mudar o curso das coisas. O destino dos Santos e o motivo de seu desaparecimento permanecem um mistério profundo e inexplorado, envolto em segredos que poucos ousam desvendar."

Com essas palavras, a figura desapareceu nas sombras de um castelo antigo, caminhando por corredores escuros onde as tochas lançavam sombras dançantes sobre paredes cobertas de inscrições arcanas.

Enquanto isso, a Rainha, com um semblante sombrio e determinado, dirigiu-se a uma câmara secreta.

O ambiente estava repleto de artefatos antigos e pergaminhos empoeirados.

Ela retirou uma espada cerimonial, cujo brilho frio cortava a escuridão.

Com um gesto impiedoso, cortou o próprio pulso. O sangue escorreu lentamente, formando uma réplica grotesca e perturbadora da Rainha. "Sua desgraçada, já não bastou o que aconteceu no passado", murmurou com fúria palpável, mordendo as unhas até o sangue.

Enquanto isso, a batalha entre João e o Necromante continuava.

João lutava com toda sua força, mas as sombras pareciam infinitas. Miguel, observando a luta, viu uma oportunidade.

Tremendo de medo, ele se abaixou para pegar uma pedra do chão.

Com o coração disparado, aproximou-se furtivamente. No momento em que estava prestes a atacar, uma dor aguda o fez olhar para baixo, onde viu uma espada cravada em seu abdômen. Ele tossiu sangue e recuou instintivamente.

"Miguel!", gritou Isabella ao ver o amigo ferido. Sua voz estava carregada de desespero e preocupação. Ela correu até ele, invocando inconscientemente uma magia de fogo.

Miguel, ofegante, olhou para ela com olhos marejados. "Eu estava tão perto... Se eu tivesse acertado a pedra, tudo teria terminado", murmurou, batendo com uma mão no chão, frustrado consigo mesmo.

Isabella ajoelhou-se ao lado dele, suas mãos tremendo enquanto tentava estancar a ferida com um pano. " Aguenta firme, Miguel. Vamos sair dessa" disse ela, tentando manter a calma diante da gravidade da situação