Jiang An realmente gostava do papel de Gan Lan. Ela havia atuado daquela maneira no início por si mesma, querendo sobreviver em um ambiente desconhecido.
É claro que essa escolha não era errada. Todos queriam sobreviver. Afinal, somente sobrevivendo poderia haver outras possibilidades.
No entanto, ela não era nativa nos tempos antigos. O ambiente em que fora educada desde jovem era contrário a esse lugar. Forçar-se a integrar estava destruindo sua personalidade e dignidade.
Essa era a visão de mundo que ela havia moldado em seus mais de vinte anos de vida. Não havia como abalar isso, a menos que estivesse disposta a destruir tudo o que conhecia por uma chance de viver.
No final, Gan Lan escolheu se rebelar. Ela não poderia passar o resto de sua vida sob tal opressão entorpecida. Ser forçada a transmigrar já era, por si só, uma coisa trágica. Se ela realmente aceitasse seu destino assim, nunca seria feliz pelo resto da vida.