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"Huh? Um pouco surpreso, Valerio levantou a sobrancelha para ela. "Por quê? Eu posso fazer isso sozinho, sabia?" Ele respondeu.
"Eu sei que você pode fazer sozinho, mas eu quero. Quer dizer, eu sou a sua cuidadora, afinal, então não seria um problema, seria?" Ela perguntou.
"Não... apenas um pouco estranho. Mas faça o que você quiser." Valerio deu de ombros, e um sorriso surgiu no rosto dela.
Ela o guiou até a cadeira de lavar e o fez sentar.
Valerio recostou a cabeça e ela pegou a mangueira de spray.
Ela molhou seu cabelo e aplicou o shampoo de marca cara que ele usava.
"Sir Avalanzo." Ela o chamou.
"Hmm?" Valerio respondeu.
"Você tem superpoderes ou algo assim? Sabe, tipo Superman e Homem-Aranha?" Ela perguntou.
Valerio rapidamente piscou os olhos, e uma expressão de choque e incredulidade tomou seu rosto.
"O quê? Everly, quantos anos você tem mesmo?" Ele perguntou, incapaz de acreditar que uma mulher adulta como ela realmente acreditasse que essas coisas são reais.
"Sir Avalanzo, eu sei que não são reais. É só um exemplo." Ela revirou os olhos para ele.
"Então, o que te faz achar que eu tenho superpoderes? Isso é tão infantil da sua parte." Ele comentou irritado, e Everly mordeu o lábio inferior.
"Sinceramente, agora que penso sobre isso, foi mesmo muito infantil da minha parte. Mas! Eu li muitos livros de romance. Exemplos são vampiros, lobisomens e Lycans, o que me faz perguntar se eles são reais."
"Você, por exemplo, consegue ler meus pensamentos, e... às vezes você anda tão rápido que tenho que correr para te alcançar. Então me diga! Você é um deles?"
Ela perguntou, toda seriedade aparente em seu rosto.
"Everly—" Valerio a chamou. "—Você pode se inclinar um pouco mais perto?" Ele perguntou.
Everly relutantemente acenou com a cabeça e se inclinou, apenas para ele estalar a testa dela tão forte que ela se afastou esfregando o local dolorido.
"Sua cabeça pequena! Você acredita nessas coisas?" Ele perguntou.
Everly o encarou e balançou a cabeça lentamente.
"Não..." Ela murmurou.
"Então por que você está se perguntando se eu sou um?" Ele continuou.
"Bem, eu realmente não sei." Ela deu de ombros.
"Tsk! Menina tola." Ele clicou a língua para ela. "Embora, que tipo você acha que eu seria se eu fosse um?" Ele perguntou com um olhar curioso no rosto.
"Definitivamente um vampiro!" Everly respondeu rapidamente, assustando-o já que ela havia adivinhado isso tão corretamente.
"Hum... o que te faz dizer isso?" Valerio perguntou.
"Bem, você é realmente bonito! Em segundo lugar, isso!" Ela segurou a mão dele e olhou para suas unhas realmente compridas. "Por que suas unhas são tão anormalmente longas?" Ela se perguntou.
"Porque eu gosto!" Ele franziu a testa para ela.
"Mas por quê? É muito longo. Às vezes tenho medo que você possa realmente me machucar com elas." Ela murmurou.
Valerio franziu a testa e soltou um suspiro suave. "Everly," ele a chamou.
"Sim," Everly respondeu.
"Parece sujo?"
"Não! Surpreendentemente parece realmente limpo, nossa!"
"Você odeia?"
"Na verdade, não. Até que parece sexy." Ela respondeu.
"Então qual é o seu problema com elas?" Valerio franzia a sobrancelha para ela.
"Bem, eu não tenho problema com elas. Só tenho medo que você possa me cortar com elas. Sabe, você tem problemas de raiva." Ela respondeu.
"Você não precisa ficar me lembrando disso! Eu estou... trabalhando nos meus sentimentos." Ele pigarreou, causando um sorriso no rosto de Everly.
"De qualquer modo, eu não posso cortá-las mesmo que eu queira." Ele de repente falou.
"Huh? Por quê? São feitas de cimento ou o quê?" Ela perguntou.
"Oh meu Deus, não! É só que se eu cortar, elas simplesmente crescem de volta em vinte e quatro horas, então não vejo necessidade de cortar. Além do mais, nunca crescem além deste comprimento. Então está tudo bem." Ele deu de ombros.
"Vê do que eu estou falando. Você é tão suspeito! De qualquer forma, elas ficarão realmente boas se eu pintá-las." Everly riu.
Valerio, que já estava tão irritado nesse ponto, fez uma careta. "Eu vou esfolar você viva se você tentar isso." Ele a encarou, e Everly balançou a cabeça com um suspiro baixo escapando pelo nariz.
"Era uma piada-"
"Eu não me importo!"
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Sentada na varanda de sua casa, Chloe olhava para o céu escuro e as milhares de estrelas que o embelezavam.
Seus olhos fixaram-se na meia-lua, e ela rapidamente virou a cabeça quando sentiu a presença de alguém atrás dela.
"Ramon." Ela pronunciou o nome que pertencia ao seu irmão mais novo.
Ramon caminhou até se sentar ao lado dela e soltou um suspiro suave.
"Você está bem?" Ele perguntou com seus olhos cor de avelã fixos nela.
"Sim...eu estou bem." Chloe assentiu.
"Está pensando nele de novo?" Ele perguntou, e Chloe virou a cabeça para olhá-lo.
"O que você quer dizer?" Ela questionou.
"Bem, você tem estado assim desde o que aconteceu entre vocês dois. Você se recusou a falar e está na maioria das vezes em um transe, obviamente pensando nele. Eu não entendo! O que exatamente você vê naquele cara? Ele é uma pessoa terrível e não merece você nem um pouco."
Ramon reclamou com uma careta visível em seu rosto.
"Ramon, você não conhece Valerio, e é por isso que está dizendo isso. Eu sentia o mesmo quando o conheci pela primeira vez, mas... quando eu o conheci melhor, eu vi algo especial nele. algo bonito, e me apaixonei por ele. É difícil, e eu não acho que conseguiria parar de amá-lo, não importa o quanto ele me afaste."
"Eu realmente pensei que iria depois do que ele me disse, mas... é impossível." Ela balançou a cabeça para ele enquanto explicava.
Ramon, que já estava irritado nesse ponto, fez uma careta e se levantou.
"Quanto mais você o ama, mais você acabará sofrendo." Ele falou em um tom irritado antes de se afastar.
Um suspiro profundo saiu pelo nariz de Chloe, e ela voltou o olhar para o céu.
"Eu definitivamente vou te fazer meu, Valerio. Com certeza!"
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