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Tânia recolocou o copo na mesa e exalou profundamente. "Vou ter que me desculpar com ele!" Ela esfregou o pescoço enquanto desviava o olhar do bilhete sobre a mesa e olhou para cima, para a água na parede, perguntando-se se permaneceria presa naquele quarto até completar seu trabalho. Havia peixinhos que nadavam ao redor como se estivessem em um tobogã, seguindo sua rotina diária, enquanto a luz da manhã filtrada pela água caía no chão. Pelo canto do olho, ela viu algo grande nadando em sua direção. Era uma mulher.
Os olhos de Tânia se arregalaram e ela correu para onde a mulher estava. Seus cabelos castanho-avermelhados flutuavam atrás dela enquanto nadava. Um calafrio de surpresa percorreu sua espinha e sua pele se arrepiou ao perceber que a mulher era uma sereia. Ela usava um corpete de couro vermelho. Sua cauda azul cortava a água poderosamente atrás dela. A mulher era deslumbrante. A luz do sol filtrada espalhava-se por seu rosto pálido, realçando cada traço.