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Na residência dos Larsson.
Samantha jogou sua mochila para fora da varanda do seu quarto. Em seguida, prendeu equipamentos de escalada ao redor da cintura e seguiu pelo corrimão fixo, deslizando até o primeiro andar.
Assim que aterrisou, Samantha pegou sua mochila e saiu sem olhar para trás.
O último traço de afeto por sua família havia sido completamente esgotado por eles. Ela nunca mais faria nada por eles!
Samantha correu em direção ao aeroporto.
No caminho, Simon e Cynthia ligavam sem parar para ela. Samantha estava extremamente irritada, mas alguém ligou justamente quando ela estava prestes a desligar o celular.
Ela olhou para o identificador de chamadas e seus dedos pararam. Depois disso, ela atendeu a chamada. "Alô—"
Não se sabe o que a pessoa do outro lado disse, mas o rosto de Samantha subitamente empalideceu.
…
Quando Samantha chegou ao hospital, Corey Larsson já estava na sala de operação. Ela ficou atordoada pela porta, olhando para a luz vermelha acima, e inconscientemente esfregava as mãos.
Originalmente, ela pensou que Simon a tinha enganado dizendo que a condição de Corey era anormal, apenas para atraí-la de volta...
Ela sentia que o tempo passava lentamente e cada segundo era um tormento. Então, passando o que parecia um século, a porta da operação finalmente se abriu.
Quando Corey voltou para seu quarto, Simon e Cynthia demoraram para chegar. Assim que chegaram, apressaram-se para o lado da cama de Corey e choraram copiosamente, gritando o quanto se importavam com seu querido filho.
Samantha não lhes deu atenção. Em vez disso, olhou para o médico e perguntou, "Doutor, como está o meu irmão?"
O médico suspirou. "Senhorita Larsson, seu irmão tem ataques cardíacos frequentes. Além disso, seu corpo está enfraquecendo e ele precisa de cuidados adequados. Caso contrário, ele talvez não viva para ver seu décimo oitavo aniversário."
Ele talvez não viva para ver seu décimo oitavo aniversário…
O coração de Samantha doeu e ela olhou para Corey, que estava deitado na cama.
Como Corey estava doente o ano todo, ele parecia extremamente magro e fraco. Além disso, suas bochechas também estavam pálidas. Ele estava dormindo profundamente naquele momento. Se não fosse pelo movimento de seu peito, ninguém seria capaz de dizer se ele estava vivo.
Ao ouvir isso, Cynthia abruptamente se virou para Samantha, chorando e implorando, "Sammy, eu sei que você está brava com seu pai e eu, mas não temos escolha. A empresa vai à falência em breve e não temos mais dinheiro. Como vamos pagar pelo tratamento de Corey? Nós nem podemos pagar a conta do hospital, então mesmo que encontremos um doador compatível para o transplante de coração, não teremos como pagar pela cirurgia. Você vai deixá-lo morrer?"
Então, ela continuou, "Você e Corey têm uma boa relação desde que vocês eram crianças. Você não quer que ele morra, certo?" Cynthia começou a chorar mais alto. "Sammy, mesmo que você não faça isso pelo seu pai e por mim, você deve pensar no que é melhor para Corey. Ele ainda é tão jovem e nem viveu sua melhor vida ainda. Você precisa salvá-lo!"
Samantha abaixou o olhar. Ela queria rir, mas não conseguiu.
Afinal, ela acabou de descobrir que depois que foi para o exterior, seus pais deixaram Corey no hospital, sem mostrar nenhuma preocupação com ele. Nos últimos seis meses, eles nem mesmo pagaram sua conta médica e ficaram adiando.
Sua condição se deteriorou rapidamente, e certamente tinha algo a ver com as atitudes deles.
Nesse momento, eles estavam derramando lágrimas de crocodilo na frente de Samantha, dizendo o quanto se importavam com Corey. Que piada!
Entretanto, de fato, eles tinham atingido o ponto fraco de Samantha.
Ela poderia ignorá-los, mas ela nunca poderia negligenciar seu irmão.
Corey era a única pessoa que ela considerava como sua família nesse lar. Poderia ser dito que eles eram órfãos e as únicas pessoas com quem podiam contar eram um com o outro.
Os lábios de Samantha tremeram e ela perguntou indiferentemente, "O que vocês querem que eu faça?"
Percebendo que ela tinha amolecido, Simon imediatamente parou de chorar, e rapidamente disse, "Sammy, eu temo que Timothy não esteja disposto a casar com você, mas ainda temos outra escolha."
Samantha olhou para ele com zombaria flagrante em seus olhos.
Que escolha? Ele já havia planejado tudo desde o início. Se Timothy não desse certo, ele ainda tinha o Plano B. Enquanto pudesse conseguir algum dinheiro, Simon com certeza venderia Samantha para qualquer um!
Simon tossiu levemente. Então, ele explicou, "Há um homem rico que está procurando uma esposa. Se você estiver disposta a se casar com ele, ele nos dará uma quantia em dinheiro. Se for o caso, nossa empresa tem chance de reviver e podemos continuar pagando pelo tratamento de Corey!"
Se ele fosse um homem rico, então haveria mulheres fazendo fila para ser sua esposa. No entanto, ele estava disposto a gastar dinheiro para comprar uma noiva. Poderia ser…
Samantha perguntou diretamente, "Quem é ele?"
Simon e Cynthia se olharam. No entanto, estavam cientes de que não podiam esconder tal assunto de Samantha, então Cynthia admitiu, "Nunca o conhecemos, mas... ouvimos que ele sofreu um acidente antes, o que o deixou desfigurado. Além disso, seu humor é imprevisível... e talvez ele não possa ter relações sexuais!"
Depois de uma pausa, Cynthia apressadamente acrescentou, "No entanto, você não precisa se preocupar muito. Ele não é jovem, mas você ainda está em seus anos de ouro. Apenas suporte por mais alguns anos, e quando ele se for, você herdará sua propriedade. Não é ótimo?"
Que ótimos pais eles eram. As opções que forneciam eram igualmente horríveis.
Então, Samantha caminhou em direção à cama, segurando lentamente as mãos frias de Corey, que eram só pele e osso.
Ela fechou os olhos e os abriu, mostrando um vislumbre de determinação. "Tudo bem. Eu vou casar com ele!"
Contanto que não fosse Timothy, ela sentia que não fazia diferença quem fosse o marido.
…
Samantha sentou-se na cama vazia e espaçosa do quarto de núpcias, aguardando a chegada de seu recém-casado marido.
Dois dias depois de concordar com o casamento, alguém trouxe um contrato de casamento. No dia seguinte, um carro veio buscá-la e a levou para uma vila esplendorosa e majestosa em uma região remota.
À medida que o sol se punha, o céu lentamente escurecia, e a vila ficava mais silenciosa.
Samantha soube que seu marido não queria que ninguém visse seu rosto e o motorista até a lembrou várias vezes para não acender as luzes.
Portanto, Samantha não teve escolha senão esperar pacientemente por ele no escuro.
À medida que esperava por algum tempo, Samantha começou a sentir sono. Então, quando estava prestes a adormecer, ouviu passos se aproximando.
À medida que o som se aproximava, Samantha sentia como se os passos estivessem tocando seu coração.
Seu marido estava aqui.
Ela inconscientemente endireitou as costas, segurou a respiração e olhou na direção da porta.
A luz prateada do luar iluminava fracamente o quarto, mostrando a silhueta alta e esbelta de um homem. No entanto, o quarto estava mal iluminado, e Samantha não conseguia ver seus traços faciais.
Apesar disso, ela ainda podia sentir a aura inerentemente dominadora do homem, inexplicavelmente fazendo-a sentir-se sufocada pela sensação de opressão.
Além disso, ela achou que parecia familiar.
Samantha riu dos pensamentos que de repente surgiram em sua mente. Ela balançou a cabeça violentamente, forçando-se a parar de deixar sua imaginação correr solta. Então, ela se recompôs.
Samantha engoliu em seco, e assim que queria cumprimentar seu recém-casado marido, ele falou primeiro. Sua voz rouca era clara, fria e magnetizante. Então, como se fosse um rei dando uma ordem, ele disse, "Tire suas roupas e deite-se na cama."
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