No dia seguinte, Natália estava ansiosa para ir à escola. Então, foi dormir cedo para descansar. A noite caiu e Natália não conseguia dormir de tanta ansiedade. Já cedo, levantou-se, arrumou-se e foi correndo com sua avó para o ponto de ônibus esperar a van escolar. Ao chegar no portão da escola, ela entrou como fazia todos os dias. Mas, desta vez, ao invés de ir direto para a sala de aula, escondeu-se. Assim que todos estavam dentro da sala, ela saiu e pulou o muro da escola.
E lá estava Jorge a esperando. Os dois saíram correndo, muito contentes, brincaram e, no final da tarde, voltaram para a escola para que Natália pegasse a van de volta para casa. E assim se repetiu por cinco dias. Até que, na segunda-feira, a diretora da escola ligou para sua avó para saber se ela estava bem, pois não estava indo às aulas. Foi quando sua avó saiu desesperada à procura de sua neta, pois tinha mandado ela para a escola. Acionou a polícia.
No final da tarde, Natália e Jorge voltaram para a porta da escola e viram o movimento, mas nem imaginavam o motivo. Quando de longe sua avó a reconheceu, ela perguntou: "Onde você estava, menina?" E Natália respondeu com certo medo. Sua avó a repreendeu e proibiu de vê-lo. Com isso, Natália se revoltou e ficou muito triste. No dia seguinte, sua avó lhe disse: "Você vai à escola e eu irei ligar lá para saber se você estará lá. Se não estiver, você vai levar uma surra quando chegar em casa."
Assim, Natália foi à aula e compareceu à sala de aula. No intervalo, uma pessoa a puxou e disse: "Venha, vamos conversar." Ela olhou e viu que era Jorge, que tinha pulado o muro da escola para estar com ela.
Então, ele disse a ela: "Eu irei pedir para minha tia me transferir para cá de novo. Não quero ficar longe de você."