"O que há de errado?" Sheldon Rowland perguntou rapidamente.
"Essa sopa tem casca de papoula, e eu consigo sentir no recheio do ravióli também. Eu não sei se veio da sopa ou se eles adicionaram diretamente no recheio," disse Cindy Clarke com seriedade. "Cascas de papoula são viciantes. Mesmo que tenham adicionado apenas uma pequena quantidade, pode fazer com que os clientes sintam vontade de retornar pelo sabor."
"Não é à toa que sempre tem tantos clientes aqui," disse Morgan Clarke.
Cindy sentiu alívio ao perceber que Morgan nunca havia comido aquilo antes.
"Para adultos não é tão grave, mas crianças têm sistemas imunológicos mais fracos. Se uma criança comesse isto, ela sofreria ainda mais," continuou Cindy com seriedade. "Precisamos denunciar isso à polícia. Não podemos deixar que esse negócio ilegal continue."
"Tem certeza?" Sheldon sussurrou. "Você conseguiu distinguir só de provar?"
"Claro! Minha mãe é incrível!" Morgan exclamou imediatamente. "Não importa o prato, ela só precisa provar..."
Cindy rapidamente cobriu a boca de Morgan.
Apesar de essa habilidade ser útil, não deveria ser revelada casualmente a estranhos - quem sabe que tipo de problemas poderia atrair.
Sheldon ficou surpreso por um momento - ele não esperava que Cindy fosse mãe de Morgan.
Com base no endereço de Morgan e na idade de Cindy, ele havia assumido que Cindy era irmã dela.
Então, Sheldon concordou com a cabeça e pegou a sacola plástica cobrindo a tigela, que poderia guardar limpa tanto o ravióli quanto a sopa.
Essas pequenas barracas de rua colocam um saco plástico sobre a tigela para facilitar a limpeza antes de servir o ravióli.
"Vou levar estes para análise. Se eu encontrar alguma coisa, posso usar a evidência para denunciar à polícia," disse Sheldon. "Não se preocupe, eu não vou mencionar você. Ninguém virá lhe causar problemas."
Grata, Cindy acenou com a cabeça e disse, "Neste caso, não direi mais nada por agora. Não quero alertá-los e dar-lhes a chance de mudar o caldo da sopa, tornando os testes impossíveis mais tarde."
Mesmo que ela denunciasse, a polícia teria que testar na chegada.
"Obrigado," disse Sheldon imediatamente. "Você está voltando ao Berçário? Eu posso te dar uma carona."
"Você já se deu ao trabalho hoje e tem coisas importantes para fazer," disse Cindy, olhando para o ravióli na mão de Sheldon. "O Berçário não é longe daqui; vamos voltar por conta própria."
Morgan havia caminhado apenas uma curta distância do Berçário.
"Tudo bem então," Sheldon concordou, sem mais cerimônias. "Entrarei em contato quando tiver resultados."
"Ok."
Já que Adrian Zhekova havia levado o carro embora, Sheldon chamou outro.
Ao esperarem, Sheldon olhou para trás, para Cindy e Morgan, que se afastavam.
Pensando no rosto de Morgan, Sheldon sentiu que a criança parecia familiar, como se ele a tivesse visto em algum lugar antes.
Cindy levou Morgan até sua bicicleta elétrica.
Quando ela saía com Morgan, por questões de segurança, ela não a montava, mas empurrava a bicicleta.
"Cansado?" Cindy perguntou a Morgan.
Morgan balançou a cabeça com sensatez.
Cindy sorriu e colocou Morgan no assento da bicicleta. "Vou te empurrar."
Enquanto colocava Morgan para baixo, ela notou uma ligeira contorção em seu rosto.
"O que há de errado?" Cindy perguntou rapidamente.
"Não é nada," Morgan imediatamente balançou a cabeça.
Não acreditando nele, Cindy viu a tensão no rosto de Morgan e franzindo a testa, disse: "Morgan, você vai começar a esconder coisas de mim agora também?"