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Chapter 3 - One drink, one fuck

BAR SNAKE TOOTH.

Angustiado. ━━ Era assim que eu me sentia, quando saí de casa, para beber em um bar no fim do mundo. Meus amigos me levaram para lá para comemorar os dois anos de serviço militar. Lembro que minha melhor amiga falou que não seria uma boa ideia sair, principalmente porque o bar ficava perto de blue snake, que era a entrada da cidade estranha que não aparecia no mapa. Scorpio City era considerada uma cidade deserta e assombrada, já que quem ia nunca mais voltava, mas sei que não passava de lendas urbanas.

━ Relaxa, cara, aqui é um lugar tranquilo. ━ Isso foi o que o Sargento Morales falou após eu beber cinco copos de Soju e Uísque. Fui deixado à minha mercê, bêbado e sem dinheiro para voltar. Me pergunto, se era um trote ou se eles me odiavam por me destacar nas patrulhas. Nunca entendi como os policiais podiam odiar tanto alguém que dava multas de trânsito e ajudava a prender automóveis irregulares. Havia entrado para a patrulha canina, como minha irmã mais nova chamava, já tinha dois anos e, querendo ou não, minha pessoa era o mais novo de todos. Entrei quando tinha completado dois meses depois do meu aniversário, foi uma surpresa para todos, até para mim.

[...]

AYLLA AYDIN

Cansada ━━ Era assim que eu me sentia, após sair da casa da minha mãe. Mesmo com quase trezentos e três anos, minha mãe ainda insistia que eu devia ver ela todos os sábados e domingos, e nisso sempre tinha algo na minha comida para induzir o cio. O cio para uma loba era importante, mas para nós meros shifters, era raro acontecer e a gente ansiava mais pelo imprinting, não é sempre que você encontra o seu companheiro de alma. Mas muitos gostam de marcar seus companheiros, anulando quaisquer chances de um possível imprinting. A história do meu pai foi assim, ele marcou a minha madrasta com magia, já que minha mãe não o aceitava como seu companheiro, logo ela se uniu como cara de pau do meu querido padrasto.

Nunca suportei a ideia de que vou ter que dormir com algum conhecido da minha mãe, não é porque eu não tive cio, que ainda sou virgem, pelo amor, eu tenho duzentos e oitenta e dois anos, precisava ver o que era sexo, no modo geral e não só em livros, com a minha mãe ensinava. Por isso, vim beber no bar do meu híbrido favorito, Matheus Kim, era híbrido de cobra e humano. E convenhamos, era uma bela cobra. Joon tinha a anatomia de um humano até certa parte. Claro que eu só ia para lá afogar as mágoas e dar para meu amigo, não é todo dia que você encontra um híbrido com dois paus hoje em dia. Mas sinto que hoje teria um cardápio novo, a cidade pode ser "pequena", mas a fofoca corria a dez mil vezes por hora. Quando entrei no bar, um cheiro novo não passou despercebido por mim.

━ Oiê, Joon. ━ Olho para ele, que limpava um copo e resmungava dos humanos que vinham de fora. Seus olhos ficaram em mim e quase, quase desisto de procurar uma presa nova.

━ Sua mãe fez aquilo de novo? ━ Concordo com a cabeça, eu poderia denunciar ela, mas é minha mãe e ela só quer que eu tenha filhotes logo. Mal sabe ela, que eu já tenho um filho, ela acha que o Jaehyun é filho do meu pai e logo meu irmão. Tive Hyun após dois meses que perdi a virgindade, quando estava em período de férias fora da cidade, tive a sorte de que normalmente as gravides da minha espécie duram dois meses e quatro dias. Hyun se desenvolveu rápido demais até os quatorze anos, ele começou a envelhecer devagar depois que se transformou pela primeira vez. Meu pai e eu cuidamos dele, além de ter meus amigos. Tento manter ele o mais longe possível de qualquer coisa que envolva adolescentes na puberdade. Não quero ele engravidando ninguém com apenas vinte anos. Não ter uma figura paterna não prejudicou a criança do meu filho, meu pai me ajudou em tudo. Ainda sinto falta do capeta do Jeon, mas sei que ele deve estar cuidando do filho lá do paraíso. ━ Você vai acabar morrendo desse jeito.

━ Acho difícil, porém... acho que ela usou algo no meu banho. ━ Não olho para ele e olho para as minhas unhas, falar sobre o cio era um assunto muito delicado e íntimo, mesmo que eu já tenha dado para ele várias vezes. Com o tempo, os induzidores de cio eram mais difíceis de detectar.

━ Você quer dizer... ━ Concordo com a cabeça e olhei para o copo que ele colocou na minha frente horas atrás. Nos estudos da minha mãe, lobas puras têm o cio entre 17 a 19 anos, já as shifter o cio é irregular, pode demorar tanto que há relatos de senhoras de quarenta anos tendo o primeiro cio. Hoje, no dia vinte e quatro de novembro, era meu aniversário de trinta e dois anos humanos, mas ainda aparento ser jovem. As shifters são como lobas puras com dois metros de altura e mais facilidade de acasalar com outros seres. Minha mãe só engravidou depois de três décadas de relacionamento. Nos shifters, podemos engravidar sem ter que esperar o cio. Graças a isso, os preservativos são vendidos em massa pela cidade que tem mais humanos do que seres sobrenaturais, não queremos híbridos no meio de uma caçada.

[...]

ETHAN JUN

Não sei quando apaguei, mas quando acordei ainda estava no bar, ele estava quase vazio. Suspiro me arrastando para pegar meu celular que estava do outro lado da mesa e eram exatamente dez da noite. Como eu iria voltar para casa bêbado, e sem saber por onde ir. Olho para os lados notando duas pessoas que conversavam alegremente no balcão, a mulher que estava tomando uma caneca do que ser cerveja, tinha os cabelos castanhos escuros e um sorriso lindo. Mesmo que não conhecesse ela, não deixaria de achá-la bonita, porém o que mais chamou minha atenção foi a tatuagem de dragão no seu ombro que estava exposta por causa da camisa de manga longa que ela usava e o rapaz que estava atrás do balcão tinha uma mesma no pescoço. Mas a dela era diferente, tinha a ponta da cauda vermelha e a dele azul, pisco algumas vezes quando seus olhos viram em minha direção, sua expressão era de curiosidade. Vejo ela apontar para mim discretamente enquanto perguntava alguma coisa para a pessoa na sua frente, ele ergueu os ombros, fazendo uma expressão de negação e balançou a cabeça.

Pergunto em que momento eu desliguei completamente, uma hora antes estava só olhando tudo e no outro estava conversando alegremente com uma estranha, ela parecia tão bêbada como eu, suas bochechas vermelhas a entregavam. Me assusto quando um cara da minha idade, com um corte de cabelo militar, colocou a mão no meu ombro.

━ Vamos, estranho, minha irmã não vai sair daqui se você não vier junto. ━ Fico confuso com sua declaração e olho para a pessoa que estava segurando meu braço, estava tão bêbado que não senti ela se mexendo para se agarrar a mim.

━ Ethan .

━ O quê?

━ Meu nome... é Ethan . ━ Digo entre os soluços, ele falou alguma coisa baixinho, mas não dei importância. Ando meio tonto para sair do bar, enquanto ele arrastava a sua irmã. Ele me levou até um carro estacionado na rua, abriu a porta de trás e me empurrou para dentro. Sua irmã riu e se jogou no banco ao meu lado, rindo sem parar. Ele entrou no lado do motorista e ligou o motor. Ela estava com a cabeça apoiada nas minhas coxas, era estranho sentir aquela queimação na barriga por causa dela.

━ Certo, eu sou Dae-jung e essa é minha irmã Aylla. ━ Ele colocou a mão no volante e olhou para trás, fazendo uma careta para a irmã. ━ O que você bebeu, Ay?

━ Cerveja artesanal da tia Kimy.

━ Tá explicado, ━ Vejo ele revirar os olhos e olhar para mim. ━ Você se lembra onde mora?

━ Eu... eu não me lembro... ━ Eu balbuciei, tentando lembrar do meu endereço. O carro começou a se movimentar em direção a entrada da cidade, sinto um frio passar por todo meu corpo. Mesmo que o letreiro fosse um tanto fofo, mas a sensação estranha não ia embora.

━ Como assim, você não sabe? ━ Ele franziu a testa.

━ Ele está bêbado, maninho. ━ Sua irmã interveio, com uma voz melosa. ━ Ele é tão fofo, eu quero brincar com ele. ━ Ela se inclinou para cima e passou a mão pelo meu cabelo.

━ Não seja doida, Ay. ━ Dae-jung bate na mão da irmã, sem se virar para trás. ━ Desculpa, cara, mas você é um total estranho. ━ Concordo com a cabeça e fecho os olhos, cansado, sinto todo o sono vindo, e minha mente parando para meu corpo entrar em um sono profundo. Meu sonho foi um tanto estranho, estava correndo por uma floresta e ao meu lado havia um lobo enorme, mas não sentia medo e sim, estava calmo e relaxado. Olhava para o chão com medo de sujar minhas botas, mas o que encontrei foram patas enormes e de pêlos manchados como carvão queimado. Não sabia para onde íamos, mas pelo barulho que aumentava ao decorrer que nos aproximávamos, percebia que era uma cachoeira. O lobo grande com pelo castanho avermelhado apontava com o focinho para o logo que se integrava à cachoeira. Mesmo com a minha mente gritando um belo de um não, eu caminhei até o lago, refletia o reflexo de quem olhava para ele. Ali, com toda certeza do mundo, não era eu. O reflexo de um lobo de pelo chamuscado e de olhos de jabuticaba, o lobo que estava bem atrás de mim, olhou-me pelo reflexo do lado, ele ou ela era maior que a "minha" forma pequena de lobo.

[...]

Não sei que horas minha mente acordou, mas sinto que meu corpo acordou muito antes, piscava os olhos devagar, sentindo um calor nas minhas mãos, uma pele macia. Aperto os dedos para sentir o que estava segurando, escuto um gemido baixo perto do meu ouvido e um cheiro doce que era muito gostoso. Era uma mistura estranha de melão com manga, mesmo assim estava me sentindo muito bem. Até sentir uma fisgada no pescoço, e logo após a dor de algo perfurando meu pescoço, aos poucos a dor foi se esvaindo e meu corpo esquentou. Não sei o que estava acontecendo, mas meu corpo estava agindo sozinho. Respiro fundo inalando aquele perfume, minha visão, que decidiu voltar, me mostrou a dona do perfume e do gemido gostoso, era a mesma garota do bar. Seus olhos castanhos, que estavam dilatados, pareciam vermelhos e seus lábios manchados de sangue.

Meu sangue, mas isso parece estranhamente excitante. Quando ela passou a língua nos lábios, provando meu sangue, percebi que ela tinha duas presas. Isso deveria me assustar, mas só me excitava mais.

━ Vamos, você agora é meu e deve me tomar como sua. ━ Algo ou algum bicho rugiu dentro de mim, fazendo meu corpo entrar em combustão. Virei nossos corpos na cama que até agora não se fez presente na minha mente, era angustiante não perceber nada que havia nesse quarto. Meu foco estava só nela e na vontade estranha de montar nela, fazê-la gemer meu nome até que ela fique sem voz.

Tudo passava de um borrão, até que um gemido agudo escapou de seus lábios enquanto um néctar delicioso fluía em minha boca. Era uma experiência singular, um sabor que desafiava definições. Semelhante ao mel, mas com nuances únicas, transcendendo qualquer comparação. Me perdi no abismo daquele desejo, devorando cada nuance de seu sabor, cada tremor de seu corpo. O tempo se dissolveu, restando apenas a urgência primal. O calor que envolvia meu pau era surreal, ela me apertava com tanta força que sentia que poderia gozar a qualquer momento. A necessidade de foder com ela aumentou quando o cheiro que ela exalava aumentou. A única coisa que passava pela minha mente era o som dos gemidos enquanto eu a fodia com força. Todas as garotas que um dia passaram por minha cama diziam que era soca fofo, após isso passei a quase iniciar o celibato. E para uma pessoa tão jovem como eu, era horrível, principalmente com as "crianças" da sede onde eu atuava. Eles tinham o prazer de falar sobre suas noites de pura foda. E logo após uma bebedeira em um bar de beira de estrada, estava aqui fodendo uma estranha com tanta força que eu nem imaginava que eu tinha. Em meio ao turbilhão de pensamentos, foquei no seu rosto, mesmo que estivesse um breu, conseguia ver pequenas partes do seu rosto que eram iluminadas por pequenos pontos de luz da lua que entrava talvez pelas janelas do quarto. Sentindo que estava a encarar, seus olhos se abriram, ali havia um mar vermelho me fitando com tanta intensidade que incendiou ainda mais meu desejo. Seus dedos se enrolaram nos meus cabelos, me puxando para mais perto, em um convite silencioso. Eu a fodia com fervor, cada estocada abrindo caminho para um novo universo de sensações. Seus gemidos eram música para meus ouvidos, o ritmo frenético que nos guiava, fazia um barulho maravilhoso. E então, o ápice chegou com força. Nunca havia gozado tanto como estava agora, mesmo com o corpo tremendo pelo squirting que me molhou todo, a garota ainda mexia o quadril contra o meu até que algo de dentro do meu pau e nos prende. Eu não sentia nada além de prazer ao estar preso àquela mulher.

A garota me encarava enquanto um rosnado parecia sair da sua garganta, a única coisa que eu fiz foi rir, até sentir uma pontada no pescoço. Parecia uma agulha, mas era dez mil vezes mais dolorido. Meu corpo foi empurrado para o lado enquanto minha mente se desligava.

━ Qual é, sai por meia hora, porra! ━ A escuridão me envolveu rapidamente, e a sensação de flutuar tomou conta de mim.

━ Desculpe por isso. ━ Um sussurro passou pelos meus ouvidos enquanto estava deitado nu e desacordado na cama.