Akira e os demais recém-formados foram apresentados ao hospital por Hyuuga Matoi, um médico ninja mais experiente. Sendo um Hyuuga, Matoi possuía aqueles olhos tão lindos quanto assustadores, herdados do próprio irmão de Hagoromo Otsutsuki, o criador do ninshu. Ele ocupava uma alta posição no hospital, sendo o vice-diretor. Não era para menos, já que seus olhos, capazes de ver através da pele e dos ossos, faziam dele um médico excepcional. A posição de diretor do hospital recai sobre Tsunade Senju, uma lenda no ramo médico, na mesma época.
Matoi nos instruiu sobre nosso papel no hospital. Como recém-formados, seríamos designados para tratar principalmente civis com pequenos problemas. Se, sem experiência, fôssemos tratar shinobi e cometêssemos erros, as perdas seriam grandes, especialmente em tempos de guerra iminente.
---
**Saltar no tempo**
Meses se passaram desde que Akira começou a trabalhar no hospital. Graças a essas experiências, seus colegas de profissão não tinham em alta conta. Embora não chamesse atenção, Akira trabalhou de forma constante e sem erros. Dos outros quatro que entraram junto com Akira, três desistiram da profissão. Mesmo sem perigos aparentes, ser médico e lidar com pacientes que precisam de você para sobreviver não é algo que crianças de 12 anos são capazes de fazer. A única que persistiu foi Matsumoto Kori, com quem Akira se mudou.
Kori era uma civil que havia visto ninjas da Terra matando seus pais na sua frente, algo que ocorre principalmente com Akira. Eles se aproximaram, embora apenas como colegas, por suas experiências semelhantes e pelo fato de ambos serem civis (Akira não contou a ninguém sobre ser um Uzumaki). Kori tinha um desejo de aprender jutsus médicos por razões egoístas, não para salvar os outros, mas para poder curar a si mesma.
Akira compreende essa motivação. Ele próprio tinha razões egoístas para se tornar mais forte. A diferença era que ele escondia suas habilidades e o verdadeiro potencial de seu treinamento. Durante os meses no hospital, Akira continuou a praticar seus jutsus médicos e a fortalecer seu controle de chakra em segredo. Ele sabia que suas habilidades poderiam ser sua salvação no futuro.
A rotina no hospital era exaustiva, mas Akira continuava como um campo de treinamento. Cada paciente que tratava, cada diagnóstico que fazia, era uma oportunidade para melhorar suas habilidades e ganhar mais conhecimento. Ele observou Matoi atentamente, aprendendo o máximo possível sobre como os Hyuuga utilizavam o Byakugan em procedimentos médicos.
Akira também mantinha uma relação cautelosa com seus superiores. Ele sabia que figuras como Danzou e os conselheiros da vila poderiam se tornar uma ameaça se descobrissem sua verdadeira identidade. Por isso, ele pintava seu cabelo de preto e usava o nome falso Akira Hitoma, sempre atento para não levantar suspeitas.
Ao longo desses meses, Akira ouviu rumores preocupantes. O desaparecimento do Terceiro Kazekage foi um sinal claro de que a paz frágil entre as vilas estava prestes a ruir. A Terceira Guerra Mundial Shinobi se aproximava, e Akira sabia que precisava estar preparado. Cada dia no hospital era um passo a mais na direção a seu objetivo de se tornar forte o suficiente para sobreviver e proteger a si mesmo em um mundo cada vez mais perigoso.