Charlotte deposita sua confiança em Zilda para continuar sua jornada neste mundo. Ainda existem muitas coisas para conhecer e muito mais o que entender das dinâmicas desta sociedade e suas habilidades. Alem do fato que ainda existe aquela curiosidade de desvendar o mistério daquela fatídica noite, quando cruzou com pessoas de capuz naquele atalho e logo em seguido catapultada para onde está neste momento. Muitos questionamentos rondam sua mente, seu coração também está confuso, seus desejos são misteriosos, até mesmo as suas vontades mundanas acabaram sendo afetadas neste processo. Não há muito o que fazer senão buscar através de Zilda uma forma de desbravar as inquietações que circundam sua cabeça.
"Vamos, vou leva-la até um conhecido que poderá nos ajudar. Ele é um Clérigo ancião, com toda certeza terá algumas respostas para suas perguntas. Pode não responder todas, mas certamente ajudará a esclarecer alguns de seus mistérios", Zilda comenta enquanto caminha ao lado de Charlotte.
"Mal posso esperar, até agora estou em um oceano obscuro, diante de uma gigantesca neblina que impossibilitada enxergar para qualquer um dos lados que apontar", Charlotte com semblante de exaustão reclama.
Após alguns minutos de caminhada pela cidade, passando por diversos comerciantes, uma diversidade cultural bastante acentuada, com culinárias peculiares, comerciantes dos mais diversos acessórios e ferramentas, bar, hotéis e etc., Charlotte percebe que até mesmo no meio de um mundo com magias, as cidades ainda podem ser organizadas nas suas maiores pluralidades. E antes que se desse conta, Zilda informa que chegaram até o destino.
Ambas chegam até uma Mansão com um terreno bastante grande e guardas no portão. O tal ancião era alguém que pertencia a elite daquela sociedade e ainda assim, a bruxa o conhecia.
"Por favor, vim ver o senhor Aravind Ilyich. Diga que Zilda está aqui com uma pessoa que ele gostaria de conhecer", Zilda se dirige até um dos guardas, tentando facilitar a entrada.na Mansão.
"Moleque! Leva a mensagem até o mordomo!", um dos guardas pede para um dos criados levar o recado.
Não demorou muito para o mordomo aparecer até o portão para recepxionar as convidadas. Zilda de fato era uma conhecida muito próxima deste Clérigo.
"Pois bem, senhoritas. Me acompanhem, vou leva-las até o mestre!", o mordomo então guia as duas até a Mansão.
Depois de uma breve caminhada e alguns lances de escadas, os três chegam até o segundo andar onde o ancião Aravind se encontra. Ele era um homem de 45 anos (pelo título de ancião, esperava-se mais), 1,77 de altura, 70kg, cabelos grisalhos, olhos esbranquiçados e em uma boa forma física.
"Veja se não é a minha cara amiga, Zilda. Fazem quantos meses que não nos vemos mesmo? A última vez em que esteve aqui, me trazia problemas. Espero que dessa vez as circunstâncias sejam diferentes. Me disseram que você tem uma pessoa para me apresentar?", Aravind se dirige com certa intimidade à Zilda.
"É isso mesmo. Essa que está ao meu lado, se chama Charlotte. Talvez já tenha percebido o potencial dela, mas posso afirmar que essa mulher é muito poderosa! Só que... tem um problema, a pobrezinha não consegue lembrar nada do passado, tampouco sobre os seus poderes ou até como chegou aqui. É como se alguém tivesse arrancado tudo da cabeça dela e descartado à deriva. Achei que você pudesse nos ajudar com isso, a desvendar o que pode ter acontecido ou pelo menos ter uma ideia das capacidades mágicas dela", Zilda não poupa palavra para convencer Aravind de que Charlotte é uma pessoa importante e que merece sua atenção.
"Você está certa. Mesmo antes dessa mulher chegar na Mansão, eu pude sentir a áurea dela. De fato me parece ser alguém muito poderosa! E não estou dizendo isso de forma leviana, Charlotte o seu potencial é extremamente incrível. A julgar pela quantidade de mana que estou sentindo, você seria capaz de enfrentar um exército de globins com muita facilidade. Mas pelo jeito não tem qualquer consciência desse poder. Bom... o que posso dizer? Somente o treinamento pode fazer com que você desenvolva esse potencial que existe dentro do seu corpo. Faz tempo que não tenho um aprendiz, mas posso te ajudar com isso", Aravind deixa em evidência a importância de Charlotte e o futuro promissor que a espera.
"Isso é muito gentil da sua parte. Eu agradeço muito! Mas você consegue me ajudar com outras coisas também, como teletransportes? Você entende disso? Antes de acordar aqui, eu sinto que tinha uma vida completamente diferente. Nada disso faz muito sentido para mim. Na verdade, sinto que vivo como apenas observando, de fora daqui mas sem verdadeiramente pertencer neste local", Charlotte vem refletindo muito sobre todos os recentes acontecimentos e achou melhor externato seus pensamentos com Aravind e Zilda, na expectativa de conseguir algumas respostas.
"Teletransportes? Isso é uma lenda. Existem seitas que acreditam em rituais para ser teletrandportado para outras linhas da vida, mas não passa de pura especulação. Até hoje nunca encontrei alguém que pertencesse a este grupo. Acredito que você tenha que ir até a capital para conseguir maiores informações, lá vocês poderão encontrar respostas melhores do que aqui. Mas claro, antes de ir para capital, deveria passar uns dias aqui em Elfidia para treinar a sua magia. Estou disposto à ajudá-la com essa situação", Aravind faz uma proposta irrecusável à Charlotte.
"Tudo bem. Acho justo! Preciso mesmo entender todo esse caos. Podemos passar os dias de treinamentos aqui na sua Mansão? Sinceramente, não tenho nenhuma forma de recursos financeiros. Ajudaria muito.", Charlotte não perde tempo em garantir teto e comida de graça.
"Então acompanharei Charlotte neste período também, ela se tornará minha mestre", Zilda está convencida de que deve servir Charlotte.
"Sem problemas quanto as suas estadias aqui na Mansão, não tenho problemas algum com a proposta. É até melhor ter mais pessoas circulando por aqui, geralmente é tão calmo. Então... amanhã as 6h da manhã iniciamos os treinamentos! Eliot, nosso mordomo, irá acompanha-las até o quarto de visitantes. Não se preocupem, tem mais de uma cama no quarto", Aravind faz o comentário com um sorrisinho bastante pervertido.
Continua...