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Yuurei Keiyaku - Contrato Fantasma

🇧🇷DohkoFic
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Synopsis
Envoltos em um mundo onde a linha entre vida e morte é vigiada por ceifeiros, um grupo seleto de detetives sobrenaturais faz contratos fantamas com shinigamis, seres sobrenaturais que governam o mundo dos mortos. Juntos, ceifeiros e shinigamis formam uma força formidável contra os Macabros, entidades malignas que emergem das sombras para semear o caos e tentar dominar o mundo dos vivos mas nem tudo se resume entre luz e trevas, mal ou bem, o equilíbrio está em perigo! Acompanhe Aki Sakamoto e seus aliados em combates eletrizantes contra entidades fantasmas.
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Chapter 1 - Arco 01 - Capitulo 01 – O contrato

Desde que me lembro... sou uma pessoa atormentada por...fantasmas!

-Tudo começou quando eu tinha 05 anos de idade, eu estava morando com meus avós em uma cidade do interior do Japão, A tranquilidade do lugar era notável, com montanhas verdes ao redor e um rio que cortava a vila, trazendo vida e frescor às pessoas. Meu avô, um homem robusto e habilidoso, trabalhava como marceneiro, enquanto minha avó, doceira, vendia suas guloseimas em uma pequena mercearia que tínhamos em casa. Vivíamos bem... até o dia que aquilo aconteceu...

Naquela noite, o cheiro de fumaça encheu o ar. As pessoas corriam desesperadas, gritando.

-Rápido, ajudem os Sakamotos! — gritava um dos vizinhos, a voz se misturando ao crepitar das chamas.

- Já é tarde demais — ofegante outro homem, suado e coberto de fuligem falou. — A casa já foi consumida pelo fogo.

O desespero tomou conta. Os olhares estavam cravados nas ruínas flamejantes da nossa casa. Ninguém acreditava que pudesse haver sobreviventes.

-Esperem! — gritou uma mulher, os olhos arregalados. — Estou ouvindo... um choro. -Vem do meio das cinzas!

-É o neto dos sakamotos? – encontrando um garoto em meio as cinzas, completamente intacto. -Isso não pode ser possível, como esse garoto esta sem ferimento algum mesmo dentro do fogo?

-Ao redor dele vejam! – uma espécie de aura cercava o corpo da criança.

-Isso só pode ser um mau presságio... — alguém murmurou com medo.

-Não falem isso, é apenas uma criança – uma senhora da vila chega.

Era a senhora Nana, a curandeira da vila. Ela se aproximou, seus olhos carregados de compaixão. Era uma mulher respeitada por todos, conhecida por suas habilidades de cura e por afastar espíritos malignos.

-É um milagre que ele esteja vivo, não digam besteiras. – Segurando a criança que após chorar, agora estava dormindo em seus braços.

-Velha Nana...

Nana uma velha baixa, com cabelos grisalhos, usando uma roupa de curandeira, vermelha com branco, olhos fundos, de cor azul.

-Irei cuidar dessa criança. – Olhando sorridente para a criança.

Apesar de tudo, o incêndio deixou marcas na vila, não só físicas, mas espirituais. Os boatos sobre minha sobrevivência se espalharam, e conforme eu crescia, o medo ao meu redor também aumentava. As pessoas começaram a se afastar.

-Esse é o menino que sobreviveu ao fogo — diziam, mas logo o título mudou.

Alguns anos depois um acidente aconteceu, a senhora Nana foi encontrada morta, seu corpo estava retorcido, a casa estava em ruinas, um vendaval tinha passado somente por aquele lugar...

-Mais uma vez um desastre acontece, e somente esse garoto sobrevive, sem nenhum arranham? – olhando para o corpo da velha.

-Vamos sair daqui, esse garoto tem parte com o coisa ruim! – saindo correndo da casa em ruinas.

Dessa vez eu tinha 10 anos de idade, minha cabeça não entendia o que tinha acontecido, era somente fragmentos de memória, a única coisa que lembrava era dos gritos.

-Que sensação é essa? Foi eu que fiz isso? -se perguntava o garoto que começa chorar.

-Claro que foi você... hahahaha! – uma voz arrepiante surge em seu ouvido.

-Não, Não! – correndo para o meio da floresta atrás da casa que agora estava destruída.

-É aqui que a velha ficou retorcida? – um homem vestindo vestes de xamã chega à vila.

-Não sei de nada! – com medo daquele homem com o rosto queimado.

-Parece que foi no alto do morro. – Um ajudante do xamã fala.

-Bem, vamos ver do que se trata. – subindo o morro.

Tinha se passado 3 dias desde o acontecido, vários corpos estavam espalhados pela vila, as pessoas estavam trancadas em casa, como se estivessem com medo de algo.

Xamã: -seja lá o que aconteceu aqui, essa velha curandeira não teve a menor chance.

Ajudante: -ela foi retorcida até o sangue dela sair completamente, esta seca igual uma uva passa. – tocando o corpo da velha Nana.

Xamã: - Essa sensação... – olhando para a floresta -Uma entidade tão poderosa como essa, aqui? – sentindo algo vindo de perto dali. -vamos, temos que encontra-lo.

10 dias se passam até que conseguem achar om garoto desmaiado de fome no chão em uma clareira no meio da floresta.

Ajudante: -é isso? – olhando para o garoto trêmulo no chão.

Xamã: -... – indo até o garoto. -ei moleque. -tocando na testa dele.

-não toque me mim! – olhando para aquele homem.

Xamã: -venha garoto, eu posso lhe ajudar. – Com um sorriso amarelo.

Ajudante: -senhor! – vendo a cabeça do xamã ser arrancada fora como se fosse por uma lâmina de corte limpo. -aaaa!

-Eu avisei...não cheguem perto de mim! – uma onda de choque arremessa o ajudante de volta ao morro onde ficava a casa da velha.

A cabeça do xamã rolou morro a baixo enquanto seu ajudante corria gritando por socorro enquanto o corpo do garoto estava erguido no ar sobre a casa da velha, ele havia retomado para vila novamente.

-Durante os próximos 5 anos, fiquei sendo visitado por diversas pessoas que tentavam dominar aquilo que estava em mim, mas sem conseguirem, todos tiveram um fim trágico, corpos mutilados, almas sendo arrecadas fora, espíritos estranhos atormentando as pessoas da vila, que estavam presas comigo naquele lugar.

A vila tinha se tornado um verdadeiro inferno, durante mais de 5 anos, gente de todo lugar tentou resgatar a vila ou controlar aquilo que estava em mim para seus próprios ideais, até que um dia uma seita conseguiu entrar na vila e após muitas tentativas eles obtiveram êxito em acalmar, seja lá o que tinha dentro de mim.

-Finalmente conseguimos — disse o líder da seita, sua máscara branca refletindo as velas azuis que queimavam ao redor. -Agora, vamos remover o que está dentro dele.

Já era noite na vila, dois estranhos apareceram na entrada da vila. O primeiro era De Rossi, um padre da Igreja Católica Oriental, vestido em sua batina azul-escura. Sua aparência impunha respeito: um homem alto, de pele clara, com olhos azuis penetrantes e cabelos curtos pretos. Ao seu lado, Aoi, um homem de meia-idade, trajava um terno preto e uma gravata amarela. Seu rosto era inexpressivo, como o de alguém que já viu muito.

-Hum, pensei que o intuito era salvar as pessoas dessa vila, De Rossi... – olhando para algo.

Rossi: -era o que os rumores diziam, mas seja lá o que tenha acontecido aqui. – Olhando os corpos de moradores da vila empilhados após serem esfaqueados por facas brancas. -Parece que não acabou bem para os moradores, Aoi.

Aoi: -Fique aqui, faça a passagem das almas dessas pessoas, irei ver o que está acontecendo aqui. – olhando para o morro.

Rossi: -Certo. – Pegando um rosário em mãos.

Aoi: -estão aqui ainda né... – focado no alto do morro de onde vinha uma luz fraca de velas.

-É chegada a hora! – um circulo de ritual foi formado por cerca de 10 pessoas vestindo branco, com mascaras brancas esconde seus rostos.

- "Obscurum tenebris, animarum captivator, Custodi aeterna, audite me! Ex hoc circulo, ego, imperator, Potestate ligare tibi praecipio!" – começam o ritual.

O corpo do garoto começa a rolar no chão como se sentisse muita dor naquele momento, sangue saia de seus olhos, narinas e ouvidos, gritos com uma voz estranha era ouvida.

-Finalmente esse sofrimento irá passar? – se perguntou o rapaz em pensamento.

-Nós somos um só! – uma entidade com asas e um corpo magro cheio de ossos aparentes surge na mente do rapaz.

-O que é você? – arrepiado até a alma.

-"Sanguine meo vinculo creato, Anima tua non evadet. In nomine luminis et umbrae, Ligare te iubeo in aeternum!"

Aoi: -Opa, boa noite, é por aqui que chega na vila? – entrando no meio do círculo de ritual.

-an? – todos ficam supressos com aquela pessoa que pareceu ali.

Aoi: -em? sabem dizer? – com uma voz tranquila.

-Quem é você? – preocupado com aquela pessoa.

Aoi: -eu acho que me perdi, sabe. – olhando para o garoto.

-só pode estar de brincadeira. – Todos se levantam e pegam suas facas.

Aoi: -mas vem cá o que está rolando aqui? – vendo que eles são as pessoas que mataram os moradores da vila.

-se afaste daqui, ou vai morrer... – apontando a faca para Aoi.

Aoi: -há perdão, atrapalhei algo? – coçando a cabeça. – não liguem para mim, já estou de saída. – pegando o corpo do garoto do chão.

-o que? – sem acreditar naquilo.

Aoi: -até mais, otários. – correndo na direção da floresta.

-Não deixe que ele saia daqui! – gritando.

Dois dos sacerdotes de branco tentam parar Aoi, usando suas facas, mas ele pula por cima de suas cabeças as usando como base.

-Atrás dele! – o que teve a cabeça usada como base para o pulo.

-Temos que pega-lo, o ritual, dever ser terminado antes da ultima vela apagar. – Olhando para as velas que antes eram 13 acessas agora são apenas 3.

-o que esta acontecendo? – o garoto acorda.

Aoi: -olha só a margarida acordou, fique aqui, logo venho pegar você. – Deixando o corpo do garoto apoiado em uma árvore. -Tenho que dá um jeito nessa gente. – olhando para trás e ver os da seita chegando perto.

-que? – sem entender nada.

Aoi? -a propósito, você tem nome? – seu corpo estava curvo.

-nome? – era a primeira vez em muito tempo que alguém perguntava isso a ele. -é..Aki...to

Aoi: -Aki né...fica de boinha ai, que jaja o pai vem te buscar. – com um joinha para ele e adentra na floresta.

Akito: -mas é Akito... – sem forças para falar direito.

-Ele veio por aqui! – procurando em meio a escuridão.

Aoi: -a minha procura? – surgindo atras de dois da seita.

-maldito! – tentando acerta Aoi, com a faca.

Aoi: -errou! – pulando por cima dele.

-seu... -tentando acertar por outro lado.

Aoi: -errou de novo. – pulando de volta

-esse maldito só está brincando com a gente.

Aoi: -hum. -dando um chute giratório no ar no meio da cara dos dois das seita enquanto ajeita a gravata que estava torta. -idiotas.

-Ele esta ali! – jogando as facas na direção de Aoi.

Aoi: -eita! – se esquivando.

-vamos ver se você desvia disso. – uma pressão de energia surge em volta do membro da seita. –arma macabra, faca de dois gumes! – indo na direção de Aoi.

Aoi: -agora as coisas ficaram interessantes. – sorrindo. -foice da lua, mascara da morte!

Aoi tem seu corpo envolto de uma aura macabra que se torna uma foice longa de cor dourada com preto em sua mão esquerda e uma mascara que cobre seu rosto, tal mascara possui um desenho de uma lua, assim como sua foice tem o formato de uma lua na base.

-não pode ser... – vendo que Aoi bloqueou sua faca com uma foice. -você é um ceifeiro...

-te achei, garoto... – sentindo a aura macabra de Akito.

De volta a batalha na floresta, Aoi derrota mais 3 da seita totalizando 5 do 10 que estavam no morro.

-Então era isso, você é um ceifeiro... – o chefe da seita está com as três ultimas velas ao redor de Akito.

Aoi: -largue o garoto agora. – apontando a foice para o chefe da seita. -ou será o fim dessa sua seitazinha.

Chefe: -você se meteu com gente errada, ceifeiro. – olhando para Aoi. -usem seus contratos, irei terminar o ritual! – unindo as mãos.

-sim senhor! – os remanescentes liberam seus contratos com entidades para ganharem poderes vindo deles.

Aoi? -Eu gosto é assim, amostradinhos! – segurando firme sua foice.

Chefe: -"Nunc, vinculum formatur,

Aoi usando sua foice começa a matar cada um da seita que o ataca, em meio a isso o chefe da seita continua o ritual.

Chefe: -Existentia tua conclusa,

Aoi: -mais rápido Aoi!

-não vai não! – se aproveitando da distração para impedir o avanço de Aoi.

Chefe: In hoc sigillo remaneas,

Aoi: -desgraçado, - ceifando a cabeça do que lhe atrapalhou. -Essa não.

Chefe: -Donec ultimum tempus veniat!"

Aoi: -Luna Arc!! – liberando uma enorme rajada de energia amarela de sua foice na direção do chefe da seita.

Chefe: -tarde demais! – sendo atingido pelo luna arc de Aoi.

Aoi: -Aki!

Akito sem consciência do exatamente estava acontecendo, tem seu corpo tomado por uma aura sinistra que toma a forma de um shinigami, com asas negras, rosto retorcido, corpo magro em retalhos.

Akito: -saiu de mim? – ficando feliz por terem tirando aquilo dele, era a primeira vez que se sentia completamente só desde o que aconteceu com seus avós.

Chefe: -se junta a mim shinigami! – rasgando as roupas e ficando apenas de roupa dede baixo.

Aoi: -não, não se junte a ele. – ficando a frente do shinigami.

Shinigami: -não posso viver nesse mundo sem um hospedeiro, você sabe muito bem disso, ceifeiro.

Aoi: -eu sei! Volte para o garoto. – com um olhar sério e irritado.

Shinigami: -o garoto tem que aceitar o contrato. – mostrando um pergaminho em branco.

Chefe: -não atrapalha, ceifeiro. – tenta atingir Aoi com uma rajada de energia macabra.

Aoi: -Fica na tua. – l\lançando mais um luna arc no chefe da seita. -Aki! Por favor aceite o contrato, faça isso antes que seja tarde demais! – olhando para Aki tendo confusão mental por conta de tudo aquilo.

Shinigami: -o contrato fantasma. - mostrando um contrato para Akito.

Akito: -contrato? Mas eu sempre quis ser livre... – sua memoria volta e ele se lembra do que aconteceu no dia que seus avós morreram.

Aki naquela noite viu pela primeira vez uma bruxa e acabou se desesperando, a bruxa ocasionou um incêndio na casa, o seu shinigami o protegeu do fogo, mas todo o resto foi queimado, inclusive seus avós.

Akito: -não foi eu? Não foi eu que matei meus avós... – se lembra da velha, foi a velha...Nana que invocou uma entidade, eu a matei por causa disso, tudo está claro agora.

Aoi: -você não é mal, Aki, você é uma pessoa boa!

Chefe: -você sempre quis ser normal, não é mesmo garoto, eu vi a sua mente, você um doente., um atormentado! Não tem lugar para você aqui, veja as pessoas dessa vila, você chamou todo tipo de entidade macabra para este lugar e acabou com a vida deles. – Sorrindo de forma maquiavélica.

Akito: -ele tem razão, eu não mereço viver....

Aoi: -Não escute ele, você é o que é por um motivo, faça com que todos que só veem o mal em você estejam errados, você pode fazer a diferença nesse mundo, Aki, pode ser alguém que salva vidas e não só a que tira.

Akito: -eu realmente posso? – chorando.

Aoi: -pode sim, eu confio em você. – sorrindo para Akito.

Shinigami: -deseja assinar o contrato imposto?

Aoi: -o contrato, assine o contrato fantasma! – com a foice no pescoço do chefe da seita..

Akito assina o contrato e logo o shinigami volta para dentro de seu corpo, uma forte onda de energia sinistra é exalada por todo o vale.

Chefe: -que besteirol do caralho, este mundo está tomado por gente ruim, só vai encontrar dor e sofrimento na sua vida, devia ter me dado esse shinigami, eu... – tendo sua cabeça arrancada fora.

Aoi: -finalmente ele calou a boca... – ofegante. -você está bem?

Akito: estou, agora estou... – olhando para onde ficava a casa de seus avós.

De Rossi: -Aoi tudo bem por aqui? – chegando no local.

Aoi: -agora que você aparece...

De Rossi: -esse é... – olhando para Akito chorado.

Aoi: -é, ele mesmo, finamente achamos. – Suspirando…

De Rossi: -você vai contar? – falando baixo.

Aoi. Por ora, vamos somente voltar para casa. – se espreguiçando.

Duas semanas se passam, Aoi e Akito estão em frente a um prédio na cidade de kwasaku, Akito está com veste semelhantes as de Aoi, um terno preto com uma gravata vermelha, está bem mais nutrido, com cabelos pretos com portas cinzas, pele branca e olhos vermelhos âmbar.

Aoi: - Bem-vindo à Sociedade Anomia S.A., Aki — disse Aoi, sorrindo, enquanto abria a porta.