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Chapter 2 - Um Jovem Traumatizado

Um rapaz de dezesseis na cidade de Crystal Bale, trabalhava fazendo bicos de pedreiro para se sustentar. Seu nome era Yudi.

Yudi é um rapaz amargurado e muito frustado com a vida, pois ele era procurado por um crime que não cometeu, apesar de ter feito o que tinha de ser feito para proteger seus amigos.

O jovem também era musculoso, porém de baixa estatura com cicatrizes por todo o seu corpo, a qual era escondida com uma blusa de manga comprida e calça preta.

Chefe de pedreiro - Chega pessoal! Bora comer!

Yudi então parou de levar sacos de cimento, deixando-os em um lugar específico e ficou num cantinho pra comer sua própria marmita.

O rapaz fazia sua própria comida, entretanto, as condições eram péssimas e a comida pior ainda.

O jovem comia sua comida devagar e muito reflexivo pela sua situação atual e o que tem feito até aqui.

Consigo, o rapaz pensava:

Yudi* - Do que me serviu a vida até aqui?

Yudi* - Eu tô aqui trabalhando como a droga de um condenado, tendo que conviver fugindo e me escondendo com medo agir.

Yudi* - Mas não dá pra agir com a emoção num momento desses. Senão vai acontecer o mesmo que em Lost Canyon.

Flashback

Yudi estava ofegante e um outro jovem, chamado Li, o encontrou, porém ficou com medo com a cena que viu

Isso acontecera a sete meses, quando Yudi, com as próprias mãos, matou um homem que causava caos na cidade.

Tudo por que Yudi agiu em legítima defesa, para se proteger e proteger seu amigo, que infelizmente acabou sendo morto por esse homem.

Li - Yudi... Você...

Yudi olha pra suas mãos cheias de sangue e na sua frente, o corpo do homem, que estava estilhaçado no chão por causa de Yudi.

Yudi porém, não queria ter feito aquilo, o que acabaram por entender que foi por legítima defesa e que foi por consequência de um comportamento agressivo vindo de ambos os lados.

Mas Yudi não poderia aceitar que matou uma pessoa, mesmo que por legítima defesa, ainda mais com atos brutais como os quais ele viu a sua frente, como se ele tivesse olhado pra si visto um demônio.

O jovem Yudi olhou pra suas mãos e se desesperou, e diante desse pensamento...

Fim do Flashback

Homero - Fala aí Yudi!!

Yudi então para de pensar naquilo por um tempo e presta atenção a seu amigo de trabalho.

Yudi - Ah, Homer.

Homero - Tá comendo lagosta estragada de novo? Você pode ter uma diarréia com isso rapaz.

Yudi - Não se preocupe com isso, eu não adoeço e nem sinto dor.

Homero - Tu é um super homem por acaso? Essa besteira de super homem não existe meu caro.

Yudi - Ah... (Se ele soubesse o que eu vi há sete anos atrás ele ficaria pirado).

Homero - Ué? Que cara é essa?

Yudi - Oi?

Homero - Eu tô falando que cara é essa meu rapaz?!

Yudi - É a única que eu tenho.

Homero ri da resposta do rapaz.

Homero - Amigo, eu quero mais é que tu seja feliz meu consagrado.

Homero - E aí? E as 'Muié'? Pegou alguma?

Yudi - É difícil achar um par perfeito hoje em dia, tanto que eu tô cagando e andando pra isso.

Homero faz uma carinha sapeca pra zoar o jovem rapaz.

Homero - Aham... Tô sabendo que você tá de olho nos esquemas.

Yudi - Eu sou de partido político pra ter esquema?

Homero - Tô dizendo que você tem que aproveitar a vida meu irmão! Oh o sol como tá gostoso! O ar fresco, muito melhor do que as cidades digitalizadas que nós caipiras não temos chances de ir.

Yudi - Oi?

Homero - Ah, esqueci que você foi de uma cidade grande.

Homero - Mas enfim, tem mina que é super afim de você meu rapaz, e uns pitel cara, só filé do filé.

Yudi - Eu não ligo pra mulher não irmão, se fosse o caso eu ia pra cabaré e pegava todas, mas eu não sou assim.

Homero - Bom você que sabe.

O sinal tocou, indicando que era hora de voltar a trabalhar.

Homero - É minha deixa.

Yudi - Depois eu como essa budega.

Homero - Comer? Joga no lixo!

Então, os dois foram para seus respectivos trabalhos, então Yudi voltou a refletir.

Yudi* - Estranho ele não ter perguntado sobre o que aconteceu pra eu vir pra essa ilha pacata.

Yudi* - Se ele perguntasse também eu ia dar a mesma resposta.

O rapaz volta ao trabalho, porém, ouve uma voz sussurrando em sua mente, a qual lhe dizia:

??? - Você não vai conseguir escapar pra sempre.

Yudi rapidamente olha em direção onde ele ouviu a voz e a impressão que tivera, quando então é surpreendido por uma mulher loira, avantajada e ligeiramente mais alta do que ele. A moça usava óculos vermelho, blusa social branca com uma saia preta, meia calça e sapato.

Seu nome é Diana Bale.

Yudi sem querer acaba assustando a moça, que rapidamente pede desculpas pra ela.

Yudi - Ah, desculpa, te assustei?

Diana - Ah, não, eu que devia olhar pra onde eu andava.

Diana - Esse óculos tá vencido, por isso que eu não enxerguei nada.

Yudi - Entendi. Então o que queria?

Diana - O que disse?

Yudi - Qualquer coisa eu te levo onde você quer ir.

Diana - Ah, sério?

Yudi - Claro, considere-se um favor.

Diana - Muito obrigada!

Diana sorriu pra ele, e Yudi segurou nas mãos dela para que ela não tropeçasse.

Os dois conversaram um pouco no meio do caminho e descobre que ela veio da cidade grande também, e que ela foi secretária da maior agência de armas bioquímicas do mundo.

Yudi - Sério? Você já trabalhou com meu pai?!

Diana - Se refere ao Edge? Ele era seu pai?!

Yudi - Sim, era um bom homem.

Diana percebe o peso em suas palavras e lhe questiona.

Diana - Como assim? Aconteceu algo com ele?

Yudi - Ele está morto.

Diana - Sinto muito, não sabia.

Yudi - Desculpa pelo que? Você não fez nada de errado.

Diana - Eu fiz você lembrar de algo que é dolorido pra você.

Yudi - Mas eu não te culpo por isso.

Eles chegaram na sala do escritório, onde Yudi deixa Diana a seus aposentos pra que ela pudesse preencher uma papelada sobre o progresso da obra.

Porém, quando Yudi iria se retirar, Diana o chama.

Diana - Ah, rapaz, eu quero te perguntar, você está disposto a sair comigo essa noite?

Yudi - Oi?

Diana - Essa noite! Você está livre?, eu queria te chamar pra gente beber alguma coisa.

Yudi - Menor de idade pode beber?

Diana - A gente pode tudo, mas se não te convém não faça, só isso.

Yudi - Não, tudo bem... Desde que tenha refrigerante e um Cup Nudles.

Diana - Então tá, as nove horas da noite.

Yudi simplesmente faz um sinal de três dedos, mostrando o dedo médio, o dedo indicador e o polegar e se despedindo dela.

Quando porém, ela diz o seu nome.

Diana - Diana.

Yudi - O que?

Diana - Meu nome é Diana Bale.

Yudi - Eu me chamo Shirahama Yudi.

Diana - Yudi... Gostei de você rapazinho.

Yudi dá um sorriso à moça, e segue em direção ao trabalho, porém, sem desconfiar de que estava sendo observado.

Depois que o horário do expediente termina, Yudi pega suas coisas e se prepara pra ir pra sua casa, quando então é chamado por Homero.

Homero - Fala aí meu rapaz!

Yudi - Ah, Homero!

Homero - Você parece animado, aconteceu alguma coisa?

Yudi fica envergonhado de falar que recebeu um convite de encontro com Diana mas disfarça com um sorriso alegre.

Homero - Ah, entendi, as novinha né?

Yudi - Uma tal de Diana Bale.

Homero - Ah, tá falando da... O QUÊ!!!!

Yudi - É...

Yudi fica confuso com a colocação de Homero e pergunta a ele sobre a Diana.

Yudi - O que foi?

Homero - A Diana é a chefia que supervisiona a papelada e nunca sai do seu escritório, como você trombou com ela?!

Yudi - Ah... É que ela acabou esbarrando em mim por que estava com um óculos vencido.

Homero - O óculos dela estava vencido?

Yudi - É... Por que?

Homero - Tem caroço nesse angu.

Yudi - Por que?

Homero - Ela é riquíssima! E tem dinheiro, mordomos que cuidam de tudo pra ela.

Yudi - É, parando pra pensar ela poderia tirar uma lente do bolso para substituir o óculos, ela fez isso só pra esbarrar em mim?

Homero - Só sei de uma coisa, se ela chama alguém pra conversar, sempre tem um motivo, embora nunca vi nada do tipo acontecer.

Yudi* - Ok... Isso é estranho.

Homero tenta tirar mais um sorriso dele, fazendo uma piada de casal para encoraja-lo a ir.

Homero - Será que aquele pitel descobriu que você gosta de mulheres com óculos?

Yudi - Não necessariamente, eu já tive uma paixão antiga.

Homero - Então você não devia aceitar.

Yudi - Não é tão simples como parece, ela parece uma secretária que se preocupa com outras pessoas e ela inspira confiança.

Yudi - Parece com alguém que eu conheço.

Flashback

A garota dos sonhos de Yudi, tinha cabelos pretos, tinha pele bronzeada com o sol, olhos castanhos e na época da escola, ela usava um uniforme preto e vermelho, com uma blusa social preta e gravata vermelha, com um certo decote, mostrando a barriguinha. E usava uma saia vermelha, meia calça preta e sapato.

Não tinha um corpo avantajado, mas atlético e bem cuidado, sendo ligeiramente menor do que Yudi, porém tendo fisgado o coração do mesmo.

Fim do Flashback

Homero - Yudi?

Yudi - O que eu tava querendo dizer é que ela deve estar querendo me dar um aumento.

Homero - Será? Ela até te chamou pra sair.

Yudi - Bom, vou descobri quando chegar lá.

Homero - Beleza então. Vá pra casa, descanse e se arrume então.

Os dois se separam e acabam por seguir rumos diferentes, Yudi caminha até sua casa, e quando chega, ele vai se arrumar para descansar um pouco.

Ele acaba por ligar a TV, se senta na sua poltrona e começa a procurar algo pra assistir.

Sua casa era um barraquinho de tijolo, onde ficava uma imensa comunidade pobre.

Yudi se senta em sua poltrona, procura algo para assistir, quando ele para num canal de notícias, e começa a assistir, bem desmotivado com a vida

Então, depois de um noticiário, a rádio volta a transmitir um alerta já antigo, sobre um rapaz de pequena estatura e avantajado, que mata pessoas nas noites escuras.

Noticiário - Os assassinatos em becos continuam e sabemos o responsável.

Noticiário - Desde sete meses atrás, que aconteceu um assassinato do assessor do ramo de armas biológicas e a morte brutal de um funcionário da EIAB (Empresa Internacional de Armas Biológicas), o foragido Yudi Shirahama, filho do ex-chefe e empresário da EIAB, continua desaparecido.

Noticiário - Qualquer informação desse rapaz, informe a polícia, ou a força tarefa binacional para prender e executar esse psicopata.

Yudi - Não fui eu que fiz isso, idiotas...

Yudi se entristeceu e seu sangue ferveu, porém ele estava muito cansado do trabalho, pois fizera hora extra e dormiu, dizendo as seguintes palavras.

Yudi - Não fui eu que fiz isso...

Yudi adormece, e na hora que ele adormece, ele se vê na pele da mesma pessoa que ele matou por acidente, onde ele claramente percebe e vê que era uma lembrança.

Na pele do homem, ele consegue ver que ele é um gigante, pois conseguia ver uma planície grande e ao redor, uma floresta, e ao nordeste, uma fazendinha com um gado e ovelhas.

Logicamente que o jovem Yudi não podia interferir nas escolhas do gigante, pois era apenas uma lembrança compartilhada.

Yudi estranha o fato de estar vivenciando a lembrança de uma outra pessoa, mas lembra de um pequeno vislumbre do passado do homem.

Quando então, vemos uma figura de apenas um metro e oitenta sete. Uma mulher chamada Kaguya Mirai, que chama o gigante pelo nome.

Kaguya - Eeeeiiii! Grandão!

O homem percebe que era sua esposa e então desfaz a gigantificação, voltando a ter dois metros de altura.

Haru - Oi amor, tudo bem?

Kaguya - A comida já tá pronta, cadê você e a Yuno?

Yudi percebe que era sua chefe do serviço, mas criança.

Haru - Eu tava brincando um pouco com ela meu amor, e acabou que eu a perdi de vista.

Kaguya - Ai amor...

Haru - Aí eu fiquei gigante pra achar minha filha e...

Diana - Papai!!!

Os dois olham em direção a maior árvore do pasto e vê uma garotinha de lindos cachinhos dourados, de olhos vermelhos carmesim e um vestido rosa correndo atrás de seus pais.

Haru - Yuno!

Diana cai no chão, ralando um pouco o joelho, e seu pai chegou para socorrê-la, e sua mãe logo depois.

Haru - Filha, você tá bem?

Diana - Eu tô bem papai, foi só um arranhão.

Kaguya - Ai meu Deus, filha você tem que tomar cuidado.

Diana - Vou tomar mamãe, prometo

Kaguya - Agora já passou, vamos comer?

Haru - Vamos.

Kaguya - Ótimo, tem peixe grelhado e um Yakisoba.

Diana - Oba!! Um Yakisoba!!

A lembrança começou boa, quando de repente, em um dia qualquer, Haru estava pescando até tarde, quando sentia um cheiro diferente, porém, saboroso.

No início ele estranha, pois não era o que a sua esposa costumava cozinhar e eles também não teriam dinheiro o suficiente para uma carne de sapo, mesmo assim, ele volta.

No momento que ele volta, ele começa a sentir um outro cheiro, dessa vez, mais fresco, como se alguém estivesse agonizando até a morte.

Desesperado, Haru começa a correr em direção a sua casa, quando ele entra, sua esposa estava morta e ensanguentada no chão, e sua filha desmaiada.

Foi então que o desespero ficou ainda maior, e ele segue até a cozinha e então vê que uma mulher, com o sorriso sombrio, mas usando máscara no rosto para não ser identificada e de traje verde escuro, estava cozinhando a carne de sapo na panela da sua esposa.

Quando Haru ia atacá-la, a mulher falou:

??? - Eu não faria isso.

Quando a mulher disse isso, ele olhou para os lados, onde viu que tinha uma pistola de prego, pronta para atravessar a cabeça dele e uma parede feita charge físico e projeções atômicas, pronta para esmagar sua filha.

Ainda com muito desespero no coração e ódio na alma e tristeza, Haru tenta se acalmar, quando então a mulher termina de cozinhar, pega uma colher de sopa e põe a comida para os dois.

??? - Eu tenho algumas regrinhas, para a nossa conversa.

??? - Faça tudo o que eu mandar, a não ser que queira que sua querida filha tenha o mesmo destino da mãe.

Haru - O que você quer?

??? - Sente-se na mesa, e coma.

??? - Eu quero conversar com você.

Haru o faz e ambos começam a conversar e a comer juntos, com a mulher colocando as cartas na mesa.

??? - Você me deu muito trabalho quando estava com o grupinho da minha irmã mais nova, tanto que se eu quisesse, eu te mataria agora.

Haru - Percebi que você não veio até aqui pra ficar de papo furado, então fale o que quer e vaza.

Haru - Dependendo da sua resposta, eu te mato sem nem pensar duas vezes.

??? - Eu respeito essa decisão, Gigante Toind. Mas o que acha de vir trabalhar pra mim?

??? - Você poderá ter tudo, ter condições melhores do que viver nesse lixão.

??? - Pensa bem. Você pode financiar a faculdade da sua querida filha e migrar para cidade grande.

??? - Os tempos são outros.

Haru - E algumas coisas nunca mudam.

??? - Você vai mesmo recusar essa oferta? Eu fui mais que generosa oferecendo riqueza e poder para você investir no talento da sua filha.

??? - E ela pode ter a oportunidade de trabalhar pra mim, e você receber um cargo de comandante das forças da EIBA. Sabe quanta gente inútil luta por esse cargo?

Haru - Eu recuso sua oferta, assassina.

Haru - Você achou mesmo que eu aceitaria sua oferta depois de tanto caos que você causou?!

Haru se levanta, tentando intimidar a mulher se esforça para fazer sua filha acordar.

Quando ele olha sua filha acordada no sofá e a menina vê sua mãe ensanguentada no chão, ela fica desesperada, e quando vê a mulher, fica ainda mais.

A mulher percebe então que a menina também era uma super humana que não despertou seu poder ainda.

A mulher se aproxima da criança, causando ainda mais medo nela e quando chega perto, ela faz um cafuné na Diana (que na época, seu nome era Yuno Mirai), porém, com segundas intenções.

??? - É uma criança saudável, não é?

Haru - Eu juro por Deus... Que se você encostar na minha filha...

??? - Me diz, o que você vai fazer? Você não carrega tanto poder quanto eu.

A jovem Yuno chorava olhando para o sorriso sombrio da mulher, que enquanto acariciava, falava algumas palavras para ela.

??? - Sinto muito você ter que assistir essa cena.

??? - Sabe? Você pode ser mais forte do que qualquer pessoa um dia.

??? - Seu amado paizinho é um super humano e já me atrapalhou muito no meu desejo.

??? - Eu sei que seu desejo é que todos tenham aquilo o que sempre quiseram

Haru insistia para que sua filha não ouvisse as mentiras da mulher.

Haru - Não ouça o que ela tem a dizer! Você não deve nada a ela!

??? - Quantas vidas ele destruiu, e quantas mais ele vai destruir... Você sabe disso...

??? - Por que você... Não conta a ele?

Haru - CONTAR O QUÊ?!!!!!

Sua pequena filha, então começa a contar a seu pai, com muitas lágrimas nos olhos

Diana - Papai... Eu vi o seu futuro...

Haru - Como assim filha?

Diana - Você sempre me mostrou que era uma boa pessoa e que usava seus poderes para ajudar as outras pessoas.

Diana - Mas eu vi o seu futuro.

Diana - Depois que você viu que a mamãe morreu... Você se encheu de tristeza e de ódio, o que possibilitou que ela te amaldiçoasse.

Então, Haru fica em estado de choque e quase não consegue se mexer.

??? - Agora você entende? Você já era minha presa desde que eu assassinei seus amigos.

??? - Eu sabia que você se culpava por não ter conseguido salvar seus amigos, e tem que se culpar mesmo!

??? - Sua inutilidade causou tudo isso, por que nem como guerreiro você era respeitado.

Haru - Para.

??? - Mas comigo? Comigo você vai ser respeitado e vai ser exaltado como um ser supremo! Como você sempre quis ser!

Haru - Para!

??? - E então? Você aceita a minha proposta generosa?

Haru - CALA A BOCA SUA MULHER IMUNDA!!!!!!!!!!!!!!!!

Haru não aguentou mais as palavras fincando como punhal na sua mente, e atacou de forma brutal a mulher.

Com sua força gigante, ele destruiu sua casa com a pressão de ar.

A poeira foi levantada e Yuno estava se segurando pra não ser atirada para longe, e ela viu que seu pai estava lutando contra ela e sua filha gritava pedindo para que seu pai não cedesse ao ódio e ao desespero.

Diana - Papai!! Para por favor!!!

Porém, seu pai não conseguia ouvir sua filha, pois estava assustado com a força da mulher, que segurando uma carne de rã, defendeu um soco capaz de destruir arranha-céus.

Haru foi dominado pelo desespero e com as seguintes palavras, a maldição ficou completa.

??? - Por causa da mágoa acumulada, do ódio que nutre e do desespero ao qual cedeu, você nunca mais vai deixar de ser gigante.

??? - Você ficará impossibilitado de rir, chorar, sentir dor, sentir amor, ou qualquer outro sentimnto a não ser agradar a vontade da sua dona

??? - Por fim, como última punição, você me tratará como uma deusa, desprezará sua filha e me servirá até o dia da sua vida findar.

??? - Você será meu cachorrinho de estimação.

Haru - Isso não vai acontecer!

Haru estava com lágrimas nos olhos

??? - Deixe-me mostrar um pouco da minha piedade e lhe dar o privilégio de sentir dor mais uma vez.

Então, a mulher sem esforço nenhum e com uma rapidez descomunal cortou o dedo de Haru, que sentiu uma dor insuportável fisicamente.

Enquanto ficava maior, e chorava, ele observa sua filha chorando ao longe (pois o mesmo ficara maior) e a mulher indo até ela.

Yuno deu um passo para trás enquanto a mulher lhe dava um sorriso lindo, mas sombrio. Quando ela parou, de forma instantânea, começou a cortar todo o corpo da menina, fazendo com que Haru ficasse mais desesperado e crescesse mais ainda e esquecesse o que é sentir outra vez.

Enquanto Yuno agonizava de dor e Haru sofria, a mulher ria de forma maquiavélica, assustando ainda mais a pequena Yuno e por fim, seu pai não aguentando o efeito da maldição e ceder.

Revoltado, Haru persegue sua filha e a pequena Yuno é obrigada a correr para longe e a se teleportar para o outro lado do mundo, coisa que ela nunca havia feito.

Quando ela percebeu, ela estava em um orfanato onde crianças e mais crianças estavam brincando, até que uma funcionária desse orfanato, decidiu que ela devia ficar lá, até ser adotada.

Então, o sonho terminou de forma meio que indefinida e ele acordou.

Quando ele acordou e viu no relógio, percebeu que já eram oito e meia da noite e que ele estava atrasado.

Desesperado por quase perder o encontro, ele começa a se arrumar e a pentear o cabelo.

Quando ele termina de se arrumar, ele se mostra um rapaz belo, de jaqueta vermelha, mas desbotada, usava uma calça preta e um all star vermelho, por dentro usava também uma camisa preta.

Seu cabelo que vivia bagunçado para os lados, foi arrumado para cima, onde mostrava seus cabelos espetados, porém ele se esqueceu que havia uma cicatriz em seu rosto, no lado da bochecha.

Yudi - Putz, esqueci dessa cicatriz.

Yudi - Será que eu volto a esconder?

Então, quando eram oito e cinquenta cinco da noite, ele deixa do jeito que está e segue correndo até a taverna do Jungle, um bar chique da redondeza que sua chefe havia feito duas reservas.

Quando ele chega, ele vê que a taverna estava lotada e tenta procurar sua chefe.

Ele caminha pela taverna e é esbarrado por muitas pessoas que dançavam ali na pista de dança.

Então, ele ouve a voz da Diana lhe chamar.

Diana - Ei!! Yudi! Aqui!

Yudi olha na direção da mesa quarenta e sete e vê Diana sentada alí, sozinha, esperando o rapaz.

O rapaz olhou para a moça e se encantou com ela, mas para não dar muito na cara (já que fazia tempo que não via uma mulher tão produzida), ele apenas a seguiu, sem deixar de elogiá-la.

Yudi - Desculpa o atraso chefe.

Diana - Quanta formalidade meu jovem, só me chame de Diana.

Yudi - Ah, desculpe...

Yudi porém não conseguia disfarçar sua timidez, o que faz a Diana gostar ainda mais do rapaz.

Diana - Não precisa ficar tão tímido, é só uma roupa comum que eu uso pra sair pra um lugar chique.

Yudi - É que faz tempo que eu não sei o que é ir pra um lugar desses.

Yudi - E a senhora também parece uma modelo, de tão linda que você está.

Diana ignora o fato de ser chamada de senhora, ri um pouco e aceita o elogio do jovem, que ainda estava tímido.

Diana - Obrigada... Você também é um belo rapaz, garanto que qualquer uma iria querer ficar com você.

Yudi ri de timidez.

Yudi - Olha... Não é bem assim...

Yudi - A última garota que eu namorei é... É complicado.

Diana - Tudo bem, eu enteno.

Yudi - Não, tudo bem, de um jeito ou de outro eu teria que contar.

Diana - Tudo bem, então...

Yudi - Eu quero te fazer uma pergunta.

Diana volta sua atenção para a pergunta do rapaz.

Yudi - Eu tive um sonho contigo, mas aquilo parecia mais uma memória compartilhada estilo cyberpunk e eu não sei de mais nada.

Yudi - Mas parecia que você estava me manipulando esse tempo todo para vir pra cá pra descobrir isso tudo.

Yudi - Então eu quero saber, o que uma super humana, super bonita que reservou uma taverna chique dessas quer comigo?

Yudi - Duvido que seja apenas para conversar, ou para me dar um aumento.

Diana - Eu não sei do que você está falando.

Diana tenta disfarçar com essa frase pronta, quando então Yudi passa a pressioná-la.

Yudi - Não se faça de desentendida, Yuno Mirai.

Diana percebe que seu plano deu certo e então revela tudo para o jovem rapaz.

Diana - Você me pegou, você é bem inteligente para sua idade.

Yudi - Você que foi previsível ao cubo.

Diana - Por que diz isso?

Yudi - O Homer disse que você não saía para lugar nenhum e que é estranho uma mulher gata chamar um idiota aleatório para sair, apenas.

Yudi - Fora o sonho que eu tive e a sensação de ser observado que tive quando ouvi aquela frase.

Yudi - Se quiser me enganar, faça uma pegadinha decente.

Os dois se encaram um pouco, até que para quebrar o gelo, dá risada da cara do jovem e de si mesmo, que fez esse jogo mesmo sabendo que Yudi não cairia tão fácil assim nessa história.

Yudi fica em dúvida, pois aquilo não era motivo pra rir, principalmente num lugar como aquele.

Yudi - Posso saber por que a graça?

Diana - Desculpa... Foi uma atuação tão ruim assim?

Yudi - Foi bem... Bem mal.

Yudi - Anda, desembucha. Por que me chamou aqui?

Diana - É que eu tenho uma proposta pra você.

Yudi - Que tipo de proposta? Dependendo do que for, pode ser que eu decida me demitir na hora.

Um garçom chega na mesa dos dois e pergunta os pedidos.

Garçom - O que querem senhores.

Yudi - Um refrigerante e um Cup Noodles.

Diana - Eu quero uma gelada e frango a passarinho.

Garçom - Entendido.

Quando o garçom se retira, Diana resolve falar a respeito da proposta.

Diana - É uma proposta de ouro.

Diana - O que você acha de lutar por uma causa ainda mais nobre?

Yudi - Como assim? Nobre?

Diana - Você deve saber da existência de super humanos pra saber que eu era uma também, estou certa?

Yudi - E se eu souber?

Diana - Que frieza da sua parte.

Yudi - Prossiga.

Diana - Estou aqui pra te buscar.

Yudi - Quem te mandou aqui?

Diana tira da sua bolsa, duas fotos, uma do seu melhor amigo e da sua namorada.

Yudi - O que você quer?

Diana - Eles me mandaram vir aqui para buscá-lo, na verdade, tem uma comunidade somente para super humanos.

Yudi - Não... Mente pra mim...

Yudi - Já foi confirmado há dois anos que existem apenas dez super humanos no mundo todo e que ninguém sabe onde estão.

Diana - Mas você sabe quem são, e, também sabe que sua namorada é uma super humana também.

Diana - Não posso dizer muita coisa do seu melhor amigo, pois até a origem dele é um mistério.

Diana - Fora que tem uma super humana super sexy na sua frente.

Yudi - Sim, e contando com o seu pai e com aquela mulher que matou sua mãe, são quatro, e um deles morreu, então agora existem apenas nove.

Diana - Não é verdade.

Diana - Essa comunidade está escondida num vale.

Diana - E tem um sensei que está disposto a te treinar.

Yudi - Treinar? Com que propósito?

Diana retira de sua bolsa um diário vermelho que pertencia a seu pai, e o mesmo reconheceu aquele diário.

Yudi - O diário do meu pai! Por que está com você?

Diana - Assim como você eu busco ela.

Yudi - Aquela mulher que matou sua mãe e amaldiçoou seu pai?

Diana - Sim.

Yudi - E o que eu tenho a ver com isso?

Diana - Eu tenho algumas provas do assassinato do seu pai e da destruição da sua casa.

Diana tirou um tablet de sua bolsa, mostrando imagens das câmeras de segurança, no momento exato da morte de seu pai e da casa pegando fogo.

Yudi vê aquelas imagens, sendo obrigado a se lembrar do infeliz incidente, porém ele consegue perceber pela câmera, uma mulher que parecia uma empregada entrou em sua casa.

Em seguida, ela viu aquela mulher, que usava uma roupa de empregada jogando gasolina em toda a casa, e usando da manipulação atômica para gerar e manipular as chamas.

Então ele vê o momento que seu pai acorda com o cheiro de fogo, quando ele ia fugir de casa, a mulher o capturou e o levou para longe.

As câmeras não puderam mais capturar imagens por causa das imagens ficarem muito claras graças às chamas.

Quando então, a casa explodiu.

Depois que Yudi viu que era a empregada de seu pai, ele ficou triste e muito furioso com o que viu.

Yudi - O que significa isso?

Diana - Eu sei que você está triste agora meu jovem. Mas eu tive que mostrar essas imagens pra você.

Diana - Está todo mundo buscando a cabeça dela, e eu não sou exceção, mas quando eu compartilhei minha lembrança, você viu, o que ela pode fazer.

Diana - Você não pode enfrentá-la sozinho.

Diana - E Você não é o único que sofreu perdas.

Yudi - Então você está querendo me ajudar. Por que?

Diana - Por irmandade. Sei que você quer vingança contra ela. Todos queremos.

Diana - E não adianta esconder, pois eu previ que você iria começar a caça por conta própria, enquanto era caçado por policiais e a força tarefa binacional.

Diana - Mas você não tem condições de enfrentá-la sozinha.

Diana - Vai precisar de outros iguais a você.

O garçom chega com o pedido dos dois.

Então o garçom se retira e pra mudar um pouco o assunto, Yudi pergunta o preço das coisas do estabelecimento.

Yudi - Quanto custou tudo isso?

Diana - Quatrocentos e trinta pesos.

Yudi - Meu Deus!!

Diana - Enfim, não muda o foco.

Yudi então com pesar na alma e muita amargura no coração, ele simplesmente dá um chega pra lá na Diana.

Yudi - Eu me recuso.

Diana - Posso saber por que?

Yudi - Eu me recuso, porque você é uma super humana que usou golpes baixos para me atrair pra cá.

Yudi - Mas eu sabia que a proposta ia ser interessante, até eu ouvir que vocês meteram a Lara e o Li no meio dessa palhaçada.

Yudi - Tem noção do que fez?!

Diana - Acontece que eu não os chamei.

Diana - Eles se ofereceram.

Yudi - Então faz o seguinte...

Yudi - Fala pra eles que Shirahama Yudi recusou a oferta.

Yudi - Quem vai achar aquela bruxa assassina sou eu, e quando eu achar ela... Eu vou fazer uma única pergunta antes de matá-la.

Yudi - Até lá, não se meta na minha vida

Diana fica triste com a resposta do rapaz e Yudi sem nem pensar no quanto magoou a moça, se levanta da cadeira e se prepara pra sair

Yudi - Obrigado pela comida e pela companhia.

Diana - Yudi espera!

Yudi simplesmente ignora e segue para fora da taverna do Jungle e volta para sua casa.

Já eram dez e vinte da noite e Yudi bebia seu refri enquanto voltava pra casa.

Então, enquanto voltava, começou a chover e ele foi obrigado a voltar correndo (obviamente correndo do jeito tradicional).

Quando ele voltou pra casa, ele começa a tirar a roupa e segue ao banheiro para tomar um banho.

Enquanto secava-se, ele começa a se olhar no espelho, onde ele vê cicatrizes por todo o seu corpo, onde, para ele, era a sina do que ele era.

Ele começa a se lembrar dos experimentos que fizeram nele e que ele tinha fugido.

Quando fugiu, ele foi encontrado e foi levado a um orfanato, onde conheceu algumas outras crianças, com as quais brincava.

Ele conheceu a alegria de ter amigos da mesma idade e o privilégio de ser adotado pelo seu pai.

Depois ele tem vagas lembranças de seus dois melhores amigos, Li e Lara, a qual foi o seu amor quando adolescente.

Depois dessas lembranças, ele põe uma roupa de dormir, colocou uma calça moletom e uma blusa regata preta, e se deita na sua cama, refletindo sobre sua vida.

Quando estava quase dormindo, seu sono foi impedido por um humano modificado que destrói o teto de sua casa e quase põe a comunidade toda ao chão.

Yudi acorda em estado de alerta, sai correndo em direção a porta e vê uma sequência de tremores causados por apenas um único homem.

Então, o rapaz reconhece o homem que causava tudo aquilo, quando em uma expressão assustada e incrédula, disse:

Yudi - Homer?!!