CAPÍTULO 28
NOME DO CAPÍTULO: O CORAÇÃO DA NOITE.
No obscuro coração da noite eterna,
O ódio se ergue como um espectro sombrio,
Tece sua teia de veneno e desespero,
Em cada sombra, em cada suspiro.
Nas entranhas da alma, ele se insinua,
Como uma serpente fria e silenciosa,
Devora a luz, sufoca a esperança,
Ergue muralhas onde havia harmonia.
É o eco de mágoas ancestrais,
Que atravessa séculos e eras,
Alimentado por orgulho ferido,
Por injustiças cravadas como espinhos.
Ódio, que corrompe a inocência da aurora,
Mancha o horizonte de vermelho sangue,
Transforma palavras em lanças afiadas,
Que dilaceram a paz num instante.
No olhar que antes brilhava com amor,
Agora se reflete a frieza do desdém,
Uma máscara de desprezo e rancor,
Que emudece canções e desfaz laços.
Em batalhas sem fim, de vidas ceifadas,
O ódio se inflama como fogo devorador,
Engole a razão, consome a empatia,
E planta sementes de dor e terror.
Mas há na essência humana uma luz,
Que pode dissipar essa escuridão,
O amor, que cura feridas profundas,
Eleva corações para além da paixão.
Que possamos, então, erguer bandeiras brancas,
Sobre os escombros do ódio e da discórdia,
Cultivar jardins onde floresça a compaixão,
E brindar à vida com a paz e a harmonia.