Em uma manhã franzina, com o sol forte banhando Sunwort. Aldem, um jovem aventureiro e com uma determinação inabalável, acorda em seu quarto meio bagunçado, coisas jogadas pela cama, e algumas roupas nos móveis. Ele sente um pouco de dor de cabeça e se pergunta.
"Quanto tempo eu dormi?"
Ele se levanta devagar e fica alguns instantes sentado. Ao levantar ele pega e veste uma blusa branca que estava jogada em uma escrivaninha ao canto de seu quarto. Ele abre a porta, anda pelo corredor e desce as escadas -sua casa é uma típica da região, nem tão grande não tão pequena. Com alguns objetos de luxo, janelas retrátil e dois andares, com 7 cômodos ao total- e vai em direção à cozinha, onde encontra seu pai comendo alguns pães, ele rapidamente alcança uma fruta e começa a comê-la. Seu pai o olha e com um leve sorisso de canto diz:
"Você tá atrasado para o trabalho."
Aldem fica com uma expressão de surpreso e tenso, por se lembrar de seu compromisso, e corre atrás de seu jarro de água. E ainda se arrumando diz
"Porque você não me avisou?"
Seu pai não responde, apenas da uma risada. Aldem fica meio irritado, porém não tem tempo para discutir. Ele pega sua bolsa -que contém itens básicos para passar o dia, como comida, água e dinheiro- e abre a porta de casa, o sol forte faz as suas pálpebras contraírem. Ele sem perder muito tempo fecha a porta e começa a correr em direção à seu trabalho. Pela pressa acaba tropeçando algumas vezes no chão de cascalho. Ao passar 10 minutos ele finalmente chega em seu trabalho, ninguém estava lá, apenas um recado:
"Hoje eu não estarei presente, apenas protega a plantação."
Aldem lê e respira fundo, pensando:
"Ainda bem.... tô muito ofegante.... tomara que ninguém tenha invadido no tempo que eu fiquei fora."
Ele para um pouco e se apoia na cerca respirando melhor. Depois vai caminhando para seu ponto de vigia -uma pequena cadeira elevada, parecida com a de um salva-vidas- e observa toda a plantação cuidadosamente. Por sua sorte nada havia acontecido enquanto ele estava fora. Ele apenas observa a vasta plantação com um semblante relaxado, está tão calmo que até mesmo os pássaros podem ser ouvidos, até que algo interrompe esse clima. Aldem escuta um estrondo vindo da cerca, juntamente de uma cortina de poeira. Ele sem perder tempo pega o seu jarro e corre em direção do barulho, ele não demora muito, apenas alguns segundos. Ao chegar vê um homem que parece meio desajeitado, sujo e preocupado. Aldem já sem paciência grita:
"CACETE, PARA DE VIR AQUI!!"
Enquanto ele dizia isso seu companheiro de trabalho chega, mas antes de ele poder falar qualquer coisa, Aldem arranca a cabeça do homem que havia batido na cerca de forma muito rápida -o poder de Aldem consiste em controlar água, podendo transformar ela em qualquer forma, tanto líquida, quanto sólida, e, até mesmo em vapor- e depois sai andando com raiva. Seu colega pergunta:
"O que você acabou de fazer!? Você matou ele!"
Aldem apenas vira, e, apontando para o corpo no chão diz:
"Olha, o corpo não era real, já já ele se transforma em lama."
Ele ainda meio confuso e com a voz ainda exaltada pergunta:
"Como você pode ter certeza!? E se não vosse um clone de alguém?!"
Aldem já sem muita paciência se vira e diz:
"Cara, já é a terceira vez que esse mesmo cara aparece na plantação, nos dois sabemos o que ele quer, seja lá quem for. E ele já tentou me matar, e adivinha? Eu quase morri, sorte que eu estava atento. Essas cópias baratas não conseguem fazer quase nada, mas ele em específico tem facas, o que é suficiente para mandar nos dois pro túmulo, então vê se fica esperto, não larga sua enxada por nada!"
Seu colega acena a cabeça em concordância, e o agradece com um simples gesto com a mão e volta para seu trabalho. Aldem fica irritado com o incomodo mas rapidamente volta ao seu posto. E nada de mais acontece durante o resto do dia, e quando está a tarde, seu turno acaba. Ele desce da cadeira, estica as costas e vai em direção de sua casa. Passando pela estrada de barro ele avista alguns cartazes de procurado da região, e decide ver alguns deles. Ele passa a mão por alguns até que percebe um rosto familiar, e pensa:
"Então esse cara tá atacando várias plantações, ele está até com recompensa pela sua cabeça, hum, tem uma nota da polícia "se vir este homem em sua plantação, não confie, é apenas uma copia feita por uma magia barata, o mate sem hesitar." Eu ainda vou atrás dele, olha essa recompensa, 1000 dracmas! Eu ainda vou achar o original."
Ele arranca esse cartaz e volta para casa cansado porém com um objetivo em mente, encontrar o mago que aterrorizava seu bairro. Ele chega na rua de sua casa, cumprimenta sua vizinha que estava varrendo a calçada, e entra para dentro de casa. Ao chegar ele diz ao seu pai:
"Por que você não me acordou?"
Seu pai que estava relaxando no sofá diz:
"Entenda meu filho, a vida é dura, você tem que se virar sozinho, se não nunca vai sair daqui."
Aldem revira os olhos que e com um tom meio desafiador fala:
"Poxa cara, não custava nada.... mas tudo bem, não quero discutir isso. Eu queria te falar um negócio, eu vou atrás daquele bandido que eu tinha comentado."
Seu pai apresenta uma aparente surpresa, e ele até se senta no sofá com uma postura diferente, e fala:
"Que bandido? Eu não me lembro de você ter me contado nada, bom minha memória pode estar ruim, mas nem tanto."
Aldem então da o cartaz de procurado para seu pai e fala:
"A idade bateu ein. Eu falei desse cara durante a semana toda, mas enfim é esse cara aí, pelo o que eu sei ele é um mago meio fajuto e covarde."
Seu pai analisa bem a folha de procurado e após alguns segundos em silêncio ele diz:
"Fajuto e covarde.... bom não é muito isso que os seus 7 HOMICÍDIOS dizem!"
Aldem quase que arranca o cartaz da mão de seu pai para ler, enquanto lia seus olhos remexiam rapidamente pela folha, e, ao ler a parte sobre as mortes causadas pelo bandido, ele fala:
"Não tinha reparado nisso.... esse vai ser um pequeno risco que eu vou tomar."
Seu pai meio desacreditado diz:
"Pequeno? Você só pode estar de sacangem comigo.... quer saber, só não morre. Não vou te prender aqui, esse pelo menos é o primeiro passo de você arrumar um dinheiro decente."
Aldem quase explode de felicidade, mas tenta não esboçar isso com seu pai, pois quer bancar de durão. Ele rapidamente sobe as escadas, e vai para seu quarto. Ele pega um papel uma pena com tinta e começa a escrever um plano de ação. Aldem pensa:
"Como eu posso chegar nele? Eu não tenho habilidade com magia o suficiente para isso.... pensa cara, pensa."
Ele fica por uns 30 minutos pensando, até que finalmente pensa em algo bom:
"Já sei! Vou contratar um detetive! Seria perfeito!! Mas.... a polícia já está fazendo isso e ainda não acharam.... entendi, a área de busca é muito grande, não tem como descobrir ao certo onde ele está, custaria muito, e ultimamente a polícia local tá atolada."
Ele acha que voltou a estaca zero, mas algo da um estalo em sua mente. Ele pensa:
"E se eu descobrir a área de efeito da magia de réplica, eu reduzo muito o local de busca que a pessoa que vou contratar vai precisar olhar. Perfeito!"
Aldem pega sua blusa lavada e a troca pela suja, ao sair percebe que está quase anoitecendo. Ele vê seu pai cozinhando e pega um pouco do porco que ele estava fazendo e diz:
"Pai, eu vou já biblioteca e já volto, prometo ser rápido."
Ele vira com um olhar de desconfiança e pergunta:
"Desde quando você vai na biblioteca? Par mim você nem sabia que ela existia!"
Aldem da uma disfarçada e diz:
"Eu vou.... apenas ler"
Ele apenas suspira e balança a cabeça em concordância. Aldem aproveitando essa oportunidade sai rapidamente de casa, e ao dar um passo para fora, vê que já já vai escurecer, e que os comércios vão começar a abrir. Seus olhos enchem de determinação e ele vai correndo muito animado em direção à biblioteca, mas ao chegar....