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Chapter 2 - Companhia Inesperada

A pessoa simplesmente virou as costas e desapareceu por entre as árvores, "Que mal educada, quem ela pensa que é? Isso aqui é patrimônio público" pensou irritada.

- Não vou me irritar hoje- Emma

Então Emma virou as costas e retornou para casa, hoje ela não poderia ficar até tarde, já que iniciaria no colégio novo amanhã.

-To atrasada, tô atrasada...- Emma

- Não vai comer antes de ir?- Lucy

- Não dá tempo. - Disse Emma batendo a porta atrás de si.

Era uma caminhada de 20minutos até o ponto de ônibus escolar, e talvez uns 50 minutos até a casa mais próxima, ' Aquela garota andou isso tudo no meio da noite? ' Emma não conseguia parar de pensar na voz misteriosa, estava irritada e curiosa ao mesmo tempo.

-Pessoal, essa é Emma Clarck, ela vai se unir a nós nesse ano letivo, então a recebam bem. Pode escolher um lugar para sentar.

Ao olhar em volta sua atenção foi totalmente sugada, uma menina no final da sala, cabelos negros e ondulados, pele branca e muito pálida, e os olhos, de um azul acinzentado, eram frios, sóbrios e profundos, ela perdeu o ar e quando percebeu, estava caminhando em direção a ela, tinha um lugar vazio ao seu lado.

- Está ocupado. - Disse a menina, colocando a mochila em cima da mesa.

'A rejeicao mais rápida da história' pensou Emma, ainda em choque, então foi a fila ao lado e se sentou, mas um pensamento lhe veio a mente, a voz da menina, era familiar.

-Nao ligue para a Agatha, ela tem um grupo fechado, a conheço desde o jardim de infância, e até comigo ela tem travas. - Disse um garoto Loiro, que estava sentado a sua frente, ele tinha sardas suaves, olhos verde escuro e um sorriso amigável. - Aliás, meu nome é Thomas, prazer te conhecer Emma, o que te trás ao nosso finzinho de mundo?

- Não existe começos sem um final, talvez eu tenha vindo começar uma nova história? Prazer Thomas, obrigada pela recepção, é bom saber que algumas pessoas tem educação por aqui- Emma disse olhando de soslaio para a Agatha, que respondeu dando uma piscadela e sorrindo em tom de deboche.

'Essa garota me confunde' pensou Emma.

-Voce estava na floresta ontem? -Perguntou Emma curta e grossa para Agatha que estava sentada com duas outras garotas na mesa do refeitório.

-Desculpe? -Agatha

-Ontem, a noite, eu moro próximo a floresta de Whivile, e podia jurar que sua voz é a mesma da noite passada. - Emma

-Nem tinha me conhecido e já estava tendo sonhos comigo? Cuidado, isso é perigoso - (Risos)

- Quanto ego, enfim, obrigada por não responder a pergunta, eu já deveria imaginar, levando em consideração sua educação. - Emma

-Olha, para uma garota nova, você é bem petulante - Disse Agatha se levantando, e segurando o queixo de Emma, e se aproximando mais- Talvez eu deva lhe ensinar uma lição? - Agatha

E lá estava, a completa falta de ação, porque quando olha nos olhos dela ela parece entrar em transe?

- Dispenso seus ensinamentos, obrigada. - Disse por fim Emma, pegando a mão de Agatha e retirando de seu rosto, só para ver aquele sorriso debochado de Agatha novamente.

-Essa garota me dá nos nervos, ninguém nunca tinha me irritado tanto em menos de 4 horas! -Emma

-Voce meio que procurou dessa vez- Thomas

-De que lado você está ein? - Emma

-Desculpe- Thomas

Ambos riem.

Ao voltar pra casa, Emma recitava a infinidade de ótimas respostas que poderia ter dado a Agatha, mas que nunca chegariam a ser ditas.

'Odeio só pensar em boas respostas depois das discussões'

- O que está fazendo ai em cima? – Emma

-Vamos precisar concertar muitas coisas até que essa casa fique habitável, então estou começando pelas janelas, tem algo que precise de concerto em seu quarto? – Lucy

-Na verdade sim, as tabuas do piso rangem bastante onde está a cama. – Emma

-Ok, vou chamar um carpinteiro, arrasta a cama e tire umas fotos para ele ter uma ideia de quantas tabuas vai precisar. - Lucy

- Ta bom.

Ao tentar arrastar a cama, percebeu que seria mais difícil do que pensava, parecia ter algo a prendendo no lugar, "Acho que vou precisar de uma lanterna, deve ter alguma tabua travando o pé da cama. " Então ela pegou uma lanterna e olhou em baixo da cama, para sua surpresa, não era uma tabua, e sim uma espécie de alça de metal redonda e enferrujada.