Chapter 20 - A Dungeon de Ayumai

Um Mês Após o Torneio

Um mês se passou desde o torneio de Falaver. Katiel, Sofitia, Eli, Jerak e Alma se dirigiam à guilda para buscar novas missões. A cidade estava tranquila, mas uma agitação inesperada estava prestes a mudar o rumo de seu dia.

Encontro com Lucy

No caminho para a guilda, o grupo deu de cara com Lucy. Ela estava acompanhada por um guia e parecia estar à procura de alguém.

— Lucy! O que você está fazendo aqui? — perguntou Sofitia, surpresa.

— Eu estava justamente indo à guilda para contratar os serviços de vocês — respondeu Lucy, com um sorriso. — Uma nova dungeon foi descoberta em Falaver. Chamaram-na de Ayumai, em homenagem à deusa da cura, por causa das plantas medicinais raras que apareceram dentro dela.

Katiel sentiu um calafrio. Ele lembrou que, em Arkitia, Falaver era uma cidade fantasma. Sem ninguém para limpar a dungeon, os monstros ficaram fora de controle, se tornando muito mais fortes.

— Então você acha que será fácil? — perguntou Eli.

— Talvez — respondeu Katiel. Ele se lembrou de que a dungeon, por ser recém-descoberta, ainda não tinha monstros tão poderosos. — Vamos ficar atentos.

Preparativos na Guilda

O grupo seguiu para a guilda, onde Bella estava organizando as missões.

— Bella, precisamos da permissão para explorar a nova dungeon, Ayumai — disse Sofitia.

— Claro, Lucy já me informou sobre isso. Tomem cuidado. Essa dungeon é desconhecida e pode ser perigosa — alertou Bella.

Com tudo acertado, o grupo partiu em direção à dungeon. Lucy os acompanhava, ansiosa pela aventura.

A Dungeon de Ayumai

A entrada da dungeon estava cercada por guardas da guilda. O grupo entrou cautelosamente, observando cada detalhe.

— Os monstros aqui são bem mais fáceis do que no jogo — pensou Katiel, depois de derrotar alguns.

— Então devemos avançar com cuidado — disse Jerak. — Não queremos surpresas.

A Zona Segura

Após horas de exploração, encontraram uma zona segura onde podiam descansar. Sentaram-se e compartilharam uma refeição rápida.

— Estamos indo bem — disse Alma. — Mas precisamos estar prontos para o que vier.

A Câmara do Chefe: O Grande Minotauro

Chegaram finalmente à câmara do chefe. No centro da sala, um grande minotauro segurando um enorme machado os aguardava, seus olhos brilhando com fúria e violência.

Sofitia, tomando a dianteira, começou a dar as ordens.

— Jerak, Alma, vocês vão distraí-lo pela frente. Eli, suporte com magia de proteção. Katiel e eu vamos atacar de flancos. Mantenham-se em movimento!

O grupo se dividiu, assumindo suas posições. Jerak e Alma avançaram primeiro, tentando atrair a atenção do minotauro.

A Luta

— Ei, aqui! — gritou Jerak, balançando sua espada. O minotauro rugiu e investiu contra ele, brandindo o grande machado.

Alma correu para o lado oposto, golpeando com seu machado.

— Vamos lá, sua lata velha!

Katiel e Sofitia se moveram rapidamente para os lados, buscando uma abertura.

— Eli, preciso de um escudo mágico! — gritou Sofitia.

— Já está a caminho! — respondeu Eli, conjurando um escudo brilhante ao redor de Sofitia.

O minotauro girou, tentando acertar Alma com seu machado. Ela conseguiu desviar, mas o impacto do golpe no chão a jogou para trás.

— Cuidado, ele é mais forte do que parece! — avisou Alma.

Katiel aproveitou a distração e lançou um feitiço de sombra, criando lâminas negras que cortaram a perna do minotauro.

— Aqui, ataque nas pernas! Vamos derrubá-lo!

Sofitia usou sua magia de choque para eletrocutar o minotauro, causando dor e distração.

— Boa, Katiel! Eli, continue com os escudos, Alma e Jerak, mantenham a pressão!

O minotauro rugiu, suas pernas começando a falhar devido aos golpes constantes. Ele balançou a cabeça, tentando se livrar das sombras e da eletricidade, mas sua força estava diminuindo.

O Golpe Final

— Estamos quase lá! — gritou Sofitia. — Jerak, Alma, deem tudo de si!

Jerak correu e desferiu um golpe profundo na lateral do minotauro, enquanto Alma usou seu machado para acertar a coluna da criatura. Com um rugido final, o minotauro caiu de joelhos.

— Katiel, agora! — ordenou Sofitia.

Katiel concentrou sua energia e lançou uma poderosa bola de fogo na boca do minotauro, causando uma explosão interna que finalmente derrubou a criatura.

O minotauro caiu no chão, morto. O grupo estava exausto, mas aliviado.

A Joia Mágica

Enquanto descansavam, o guia notou uma joia mágica presa no chão.

— O que é isso? — perguntou, aproximando-se.

— Não toque nisso! — gritou Katiel, mas era tarde demais. O guia ativou um círculo mágico de teleporte, e todos foram transportados para uma área desconhecida da dungeon.

O Encontro com Trittus

A nova área era escura e sinistra. No centro, um homem de cabelos e barba grisalha estava acorrentado.

— Devemos ajudá-lo — disse Eli, aproximando-se. Mas antes que pudesse tocá-lo, uma mensagem apareceu diante dos olhos de Katiel:

Missão Especial: Destrua o Fragmento do Deus do Mal Hikaoti, alojado no corpo de Trittus, o Imortal.

— Afaste-se, Eli! — gritou Katiel, mas Trittus lançou um raio de energia mágica contra ela. Katiel conseguiu salvá-la, mas não sem consequências. Perdeu a perna direita e o braço esquerdo no processo.

O Choque

Todos ficaram horrorizados com a visão de Katiel ferido. Trittus riu.

— Você parece bem calmo para quem acabou de perder um braço e uma perna, garoto.

— Calmo? Estou lutando para me manter acordado — retrucou Katiel. — Mas não vou morrer aqui, e nenhum de nós vai.

— Corajoso — disse Trittus. — Meu nome é Trittus. Qual é o seu nome, garoto? Quero saber antes de dar uma morte rápida e sem dor a você e seus amigos.

— Eu sou Katiel — disse ele, olhando fixamente para Trittus. — E não vamos morrer aqui.

A Surpresa de Katiel

Com determinação, Katiel usou magia de sangue para recuperar seu braço e perna, surpreendendo a todos.

— Como você fez isso? Você não é um vampiro ou um meio-vampiro — questionou Trittus.

— Eu tenho meus truques — respondeu Katiel. — E não vou dar spoilers para você.

Lira, perplexa, perguntou:

— Meio-vampiros podem aprender magia de sangue? Eu pensei que a deusa Ameliria nos odiasse por termos sangue humano.

Trittus riu.

— Isso é uma mentira dos vampiros de puro sangue. A deusa Ameliria ama seus descendentes incondicionalmente e não se importa com isso. Os vampiros de puro sangue temem os poderes dos meio-vampiros.

Todos, exceto Katiel, ficaram surpresos com a revelação.

— Você sabia disso? — perguntou Lira, olhando para Katiel.

— Sim, eu sabia — respondeu Katiel.

— Por que você nunca me disse? — perguntou Lira, sentida.

Katiel suspirou.

— Você acreditaria em mim se eu dissesse? Mas prometo que vou ensinar a você como invocar a deusa Ameliria para que você possa fazer um pacto e usar a magia de sangue.

Trittus interrompeu:

— Mas para isso, vocês terão que sobreviver à nossa luta.

Katiel olhou para Trittus com um olhar determinado.

— Você é bem razoável para um seguidor do deus do mal Hikaoti.

Trittus ergueu uma sobrancelha.

— Como você sabe disso?

Katiel sorriu.

— Tenho minhas fontes. — Em pensamento, ele acrescentou: — Na verdade, acabei de descobrir isso agora com a ajuda do sistema, que nem sabia que existia.

— Vou explicar tudo a vocês depois — disse Katiel para os outros.

— Vamos acabar com isso — disse Katiel, preparando-se para a batalha final contra Trittus, enquanto os outros observavam, cansados demais para lutar, mas confiantes na força de seu amigo.

E assim, a luta começou, com Katiel enfrentando um dos maiores desafios de sua vida, enquanto seus amigos torciam por sua vitória.