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Chapter 39 - Primeira onda - O Herói em Ascensão

Após vencer o primeiro largatoide e ouvir as palavras enigmáticas do cubo cinza, Bobina, ainda ofegante e com o corpo dolorido, pensava sobre o que acabara de acontecer. Ele sabia que aquilo era apenas o início de algo muito maior. 

Seus poderes não seriam suficientes para enfrentar o que estava por vir. O cubo havia falado sobre conhecimento, força e inteligência, mas também o alertou que a escolha certa não seria tão simples.

E, como herói de baixa atuação, Bobina se via forçado a refletir profundamente sobre suas habilidades e como deveria utilizá-las.

Se eu soubesse que para ser herói sofreria tanto, teria desistido logo do começo_reclamou.

 A luz do sol batia nas muralhas do castelo, mas o lugar continuava com um ar sombrio. Bob, ainda sentindo o aperto que o rabo do largatoide deixara em seu pescoço, observava o horizonte.

O cubo, silencioso, parecia estar esperando pacientemente por sua próxima escolha, enquanto o corpo da criatura caía sem vida ao chão.

 "Então o que faço agora?", pensou Bob, encarando as montanhas de esqueletos no pátio. Antes que pudesse responder à própria pergunta, o cubo brilhou novamente e a voz soou clara e firme:

 [ Bob, esta foi apenas a primeira fase do teste. Ondas de inimigos ainda estão por vir. Cada onda será mais forte que a anterior, e o castelo se tornará cada vez mais desafiador. Porém, ao longo dessa jornada, você receberá instruções que aumentarão suas capacidades. Suas escolhas, entretanto, determinarão o sucesso ou fracasso em cada fase. Agora, se prepare, porque a segunda onda está a caminho.]

 

A ansiedade tomou conta de Bob. Ele sabia que não havia tempo para lamentações ou para esperar ajuda.

Olhando ao redor, Bobina percebeu que a pilha de esqueletos não estava ali por acaso. Cada um daqueles guerreiros havia falhado de alguma forma, e o castelo agora servia como um campo de testes para todos os que, como ele, haviam sido escolhidos.

 Ele pegou a espada que havia usado no primeiro combate e examinou seu estado. Ela não estava em boas condições, mas ainda assim era melhor que nada.

Ele então se aproximou de outro esqueleto e pegou um escudo maior e mais resistente. As armas eram velhas e pesadas, mas Bob sabia que teria de usá-las, pelo menos até encontrar algo melhor.

 Foi então que ele ouviu um barulho vindo do portão. O chão começou a tremer levemente, e o som de passos, desta vez mais pesados, ecoava no ar.

Bobina olhou para o horizonte novamente e, com horror, percebeu que mais largatoides estavam se aproximando. Desta vez, eles pareciam maiores, mais ágeis e alguns armados de espadas e escudos. 

Outros apenas mostravam suas garras que refletiam a luz do sol junto com as afiadas espadas, e como se não fosse o suficiente a proteção corpórea de suas grossas escamas, alguns usavam armaduras rusticas de couro com detalhes de metal que brilhavam ao longe. A segunda onda estava prestes a começar.

 Sem perder tempo, Bob correu até a muralha e observou o avanço das criaturas. Elas se moviam com mais estratégia que o primeiro inimigo, mantendo uma formação coesa.

Ao todo, eram cinco largatoides. Eles se moviam rápido, com passos firmes, e não hesitariam em destruir tudo o que estivesse no caminho.

 "Preciso de um plano,ou de hoje eu não passo" pensou Bob. E foi nesse momento que o cubo novamente se pronunciou:

 [Observe o padrão deles, Bob. Cada um dos largatoides tem uma fraqueza específica. Se você identificá-la e agir com rapidez, isso determinara sua derrota ou vitoria.]

 Ainda segurando firme a espada e o escudo, Bob respirou fundo e apesar de não querer, voltou ao pátio.

Ele tinha que decidir o que fazer rápido. Subir as escadas e atacar de uma posição elevada? Ou permanecer no chão e enfrentar as criaturas de frente? O cubo, que parecia estar ciente da confusão de Bob, continuou:

 [Lembre-se, Bob, o conhecimento pode ser sua maior arma. Observe, analise e aja no momento certo.]

 As palavras do cubo ecoavam em sua mente enquanto ele se posicionava perto do portão.

 _Pra você falar é fácil. Reclamou.

 As criaturas já estavam perto o suficiente para que ele pudesse ver suas garras afiadas e olhos brilhantes.

Cada largatoide carregava uma espada de tamanho diferente, e o que mais chamou a atenção de Bob foi o fato de que um deles carregava um arco com flechas, algo que o primeiro largatoide não tinha.

 "Raios, eles estão evoluindo, pra que uma porcaria de arco e flecha se eu já estou na desvantagem?" pensou Bob. O medo tentava tomar conta de seu corpo, mas ele sabia que não podia hesitar.

 O primeiro largatoide avançou ferozmente, sua lâmina cortando o ar em direção a Bob, que usou seu escudo para bloquear o ataque. O impacto foi violento, fazendo Bobina recuar alguns passos.

O largatoide não perdeu tempo e desferiu outro golpe, que Bobina conseguiu evitar por pouco. Ele contra-atacou com sua espada, mas a criatura era rápida demais, desviando com agilidade.

 O mau humor de Bobina se fez presente, mas ele se conteve, ou literalmente ele poderia perder a cabeça.

 Foi então que o cubo brilhou novamente, emitindo um leve calor que percorreu o corpo de Bobina. De repente, ele sentiu uma leve mudança em sua mente, como se uma nova porta de percepção houvesse sido aberta.

 [ "Ataque na lateral. A armadura é mais fraca ali," sussurrou o cubo.]

 Seguindo a instrução, Bobina se moveu rapidamente, desferindo um golpe certeiro na lateral do corpo do largatoide. O bicho rugiu de dor, mas o corte foi profundo o suficiente para derrubá-lo.

 _Toma seu bicho feio!

 Um já era, entretanto, não havia tempo para comemorar, pois os outros quatro largatoides avançaram ao mesmo tempo.

 A batalha era intensa. Bobina lutava com todas as suas forças, bloqueando ataques com o escudo, desferindo golpes com a espada e esquivando-se das flechas disparadas pelo arqueiro.

 _Isso já esta ficando apelativo demais Cubo!

 A cada golpe que desferia, ele sentia o peso da responsabilidade crescer. O cubo continuava a orientá-lo, dando instruções sobre onde atacar e como se defender, mas mesmo com essa ajuda, os largatoides eram implacáveis.

 Quando finalmente derrotou o último inimigo da segunda onda, Bobina caiu de joelhos, exausto, e a espada que usava, de trincada que estava despedaçou.

 _Agora eu estou frito de verdade: Gritou arfando enquanto lançava o resto da espada bem longe.

 Seu corpo estava coberto de suor, e ele mal conseguia respirar. Porém, antes que pudesse descansar, o cubo se pronunciou novamente:

 [Muito bem, Bob. Você está progredindo. Mas ainda faltam três ondas. Prepare-se, pois as próximas serão ainda mais difíceis.[

 _Você está falando sério?

 Bobina levantou-se com dificuldade, apoiando-se no joelho. Ele sabia que não poderia desistir agora. Havia muito em jogo. E então, do nada, uma sensação de calma invadiu seu corpo. Ele olhou para o cubo e, pela primeira vez, sentiu-se verdadeiramente confiante.

 — "Eu não tenho alternativa então eu escolho o conhecimento," disse Bobina em voz alta.

 O cubo brilhou intensamente, e uma sensação de clareza tomou conta de sua mente. Ele agora entendia que o conhecimento era a chave para vencer não apenas as batalhas físicas, mas também os desafios que viriam a seguir.

 As ondas seguintes seriam brutais, mas Bobina estava pronto. Com o cubo ao seu lado, ele enfrentaria qualquer inimigo que surgisse, e cada luta o aproximaria de se tornar o herói que ele sempre soube que poderia ser.

 Bob segurou o cubo em suas mãos, encarando o vazio à sua frente. As palavras que ele havia acabado de ouvir ecoavam em sua mente: *"... dependendo de sua resposta, esse será o conhecimento que irá adquirir."*

 _Grande coisa: resmungou ele irado só de pensar que ainda teria muito trabalho a fazer.

 Uma sensação de incerteza o envolveu, mas a responsabilidade do desafio não deixava de impulsiona-lo. A terceira onda estava prestes a começar.

Ele sabia que precisava se preparar, mas seu coração acelerado e o medo o deixavam inquieto. Embora fosse forte, sua esgrima ainda era um lixo.

Sentia raiva só de pensar quem teria sido o idiota responsável por aquele teste estupido, lutar com uma espada, e esse era o maior obstáculo.

Era como se sua inépcia estivesse amarrando seus movimentos, deixando-os pesados e imprecisos, fazendo- se sentir um porco amarrado.