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Chapter 23 - Ataque surpresa

_Eu acho que o senhor tem alguma coisa para nos dizer não é mesmo senhor Kaminski?

Perguntou Kowalsk indo socorrer seu amigo que não voltava já fazia 5 minutos.

_Meu caro Kowalsk eu posso não saber muita coisa na minha vida, mas, o que eu sei é que existe uma coisa chamada respeito. Talvez isso não existisse no ambiente em que eu estava preso, mas agora aqui nesse lugar estamos todos livres seja para atacar ou seja para se defender. Então para mim se somos livres para tomarmos uma atitude negativa também somos livres para arcar com as consequências dessa atitude.

 Já voltando com o Gareno em seus braços Kowalsk simplesmente respondeu.

_Acredito que o senhor tem razão, mas, da próxima vez tenta bater um pouco mais fraco, porque se somos amigos precisamos confiar uns nos outros e não tentar nos matar.

 _Concordo plenamente com você Kowalsk, mas, da próxima vez que o seu amigo perder o controle, diga isso a ele e eu garanto que se ele não me atacar, nada ele sofrerá.

O clima já estava ficando bem esquisito e nenhum sabia como sair daquela situação constrangedora, mas quando começou aquele barulho ensurdecedor nas comportas, de certa forma eles se sentiram até mesmo aliviado.

Pois era o inimigo que eles podiam bater à vontade e assim extravasar aquela a vontade de massacrar alguém sem que tivesse que ficar com a consciência pesada depois.

Gareno estava voltando à consciência e não entendeu a cena que estava vendo a sua frente.

O velho Kaminski estava simplesmente acionando a alavanca que abria as comportas de aço.

 E isso era tudo o que mantinham eles seguros contra os dragões que estavam famintos e que não demorariam mais que alguns minutos para dilacerar todos eles.

A atitude do velho Kaminski surpreendeu a todos e Kowalsk ainda estava carregando Gareno em seus ombros quando viu aquela cena que também não podia acreditar.

_Por favor não faça isso Kaminski. Eles estão em maior número e não seremos páreo para eles.

 Mas o aviso de Kowalsk já era tarde demais e as comportas já estavam abertas pela metade enquanto os dragões já se espremiam no pequeno espaço aberto para eles passarem.

Como não obedecia a uma hierarquia, as feras enlouquecidas pelo cheiro de carne humana tentavam passar por debaixo das comportas todos de uma só vez e obviamente que isso não era possível.

A adrenalina subiu e mais que rapidamente Gareno se recobrou e pulou para o portão numa velocidade muito grande que surpreendeu até mesmo o senhor Kaminski que achou por alguns instantes de que levaria um soco.

 Gareno, no entanto não estava preocupado com ele e sim com os dragões que já estavam se alinhando do lado de dentro. Eram mais de 10 e obviamente que eles não dariam conta. Kowalsk procurou se armar da melhor maneira possível e se dirigiu para a comporta também já quase toda escancarada.

 Thilláila também estava preocupada e não sabia o que fazer pois não sabia lutar apenas tinha conhecimento de muitas coisas que poderiam ajudar, mas o que fazer para ajudar uma pessoa que não sabia sequer mataram uma barata?

Decidiu observar como faria os bravos guerreiros e talvez ela aprendesse alguma coisa.

O pequeno e velho Kaminski que não chamava a atenção de ninguém por causa do seu pequeno porte físico possuía uma força bruta que era simplesmente inacreditável.

Ele dava apenas 3 toques na cabeça de cada dragão que lutava, ou pelo menos era o que parecia.

E eles simplesmente caíam tombando como se estivessem mortos.

Kowalsk não fazia feio e com agilidade fora de série que ainda tinha, pulava para cima do primeiro dragão que estivesse à sua frente e mesmo sabendo que sua faca nada faria. Atacou assim mesmo e qual foi a sua grande surpresa quando a faca entrou no couro impenetrável do dragão que expressou grande dor.

E aproveitando-se dessa vantagem que tinha em suas mãos, Kowalsk golpeou o primeiro dragão que ousou atravessar em sua frente e por diversas vezes golpeou com a faca em sua cabeça afundando a lâmina ao máximo que podia, causando o resultado que ele sempre esperou, mas que nunca tinha acontecido antes, nem mesmo com uma arma de fogo em suas mãos.