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Monte tremia ao pensar em tudo que Irina disse. Não tinha como tudo ser coincidência!
Ele tinha ouvido falar que mutantes tinham uma sorte desafiadora dos céus como suas habilidades inatas. Por causa disso, as circunstâncias ao redor se desenrolariam de maneira a ajudar o mutante. E qualquer um que fosse inimigo de tal pessoa veria sua vida piorar!
Será que Zed realmente era abençoado com a sorte como sua habilidade de mutante?
Não!
Monte agora se lembrava do que Zed disse quando estavam do lado de fora do prédio de Jéssica: 'Eu conheci muitas gangues nos meus últimos anos.'
Ele rapidamente compartilhou isso com sua irmã. Irina sugou um fôlego de ar frio. As palavras de Zed praticamente confirmaram seus pensamentos. Ela não conseguia controlar as palmas das mãos suando ao pensar no desastre que tinham evitado.
Monte estava ainda pior com as costas virando gelo.
"Como é que nós íamos saber que ele era um lobo em pele de cordeiro!?" Monte murmurou, "Ele age como se não tivesse nenhum apoio ou antecedentes, mas esse bastardo tem o passado mais poderoso que eu conheço!"
"Nós nos recusamos a acreditar que alguém com origem pior do que a nossa possa ter mais capacidade! Nossa arrogância e orgulho muitas vezes nos levam à ruína!"
Irina explicou amargamente.
Não foi coincidência que ela soube sobre Zed. Como líder de gangue, ela tinha que escolher alvos que pudessem resolver seus problemas financeiros.
Elas notou a existência do 'grande peixe' chamado Zed meses atrás quando estava procurando por alvos. Ela se perguntou por que Zed ainda estava vivo ao invés de ser caçado pelos outros. Ela pensou que ele tinha escapado da atenção por sorte, mas então estudou a condição dos arredores em detalhes. A conclusão de sua pesquisa a deixou em um choque profundo: o peixe era um tubarão disfarçado!
"Mana, ainda bem que você agiu a tempo!"
Monte agora sabia o quão estúpido tinha sido.
"Acho que eu sou bom em ler nas entrelinhas ao contrário de muitos que menosprezaram Zed e morreram!" Irina tentou fazer uma piada, mas não havia sorriso em seu rosto, "Monte, de agora em diante tenha cuidado!"
"Claro!" Monte assentiu com a cabeça. Ele jurou que nunca mais procuraria problema, pelo menos não com Zed!
Infelizmente, Monte aprendeu a lição tarde demais. A picada de uma vespa selou seu destino...
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Casa Elevação dos Sonhos.
[[Atualização de hardware concluída com sucesso]] a voz de Claudia ressoou dentro do laboratório subterrâneo.
"Ufa~ Finalmente acabou!"
Kiba esticou as mãos depois de ajustar um circuito na última unidade de processamento.
[[Você só levou cinco horas mas está reclamando de novo]]
"Não estou reclamando," Kiba tentou se justificar.
[[Sério? Então por que esticou as mãos como se estivesse cansado? Não ficou cansado depois de causar confusão no Deserto, mas agora está tão cansado depois de ajustar apenas cerca de 1000 unidades de processamento?]]
"Na verdade, estou com sono ao invés de cansado," Kiba não sentiu nem um pouco de hesitação em mentir.
[[Com sono? Tenho certeza que se fosse dormir com uma mulher, você não se sentiria nem um pouco sonolento.]]
"...Eu estava errado."
Kiba se teleportou para o quarto.
[[Isso me lembra, por que você vai dar a Monte uma morte lenta? Entendo que você precise matá-lo já que nunca poupa ninguém com intenções maliciosas contra você, mas por que não matar diretamente?]]
A picada da vespa estava preenchida com um veneno que precisava de dois meses para ativar na corrente sanguínea. Ele foi criado por ele anos atrás para evitar suspeitas enquanto matava.
Afinal, ele tem que ser cauteloso ao lidar com pessoas que têm malícia contra sua forma de Zed. Às vezes ele matava diretamente e outras vezes criava 'acidentes' para causar mortes, mas havia momentos em que mortes 'naturais' eram necessárias.
O veneno da vespa mecânica era um desses métodos de causar uma morte natural sem deixar pistas.
"Sua irmã é esperta, então preciso evitar a suspeita dela," Kiba respondeu.
[[Você poderia ter matado a irmã e toda a gangue também. Ah! Esqueci! Você a achou sexy, então não pode...]]
"...." Kiba estremeceu.
A verdade era que ele não desejava matar toda a gangue, a menos que fosse absolutamente necessário. Irina já havia cortado seus laços com Jéssica e ela não mostrou nenhuma malícia contra ele, então por que matá-la? Mas o irmão era diferente.
Era sua regra nunca poupar ninguém que mostrasse malícia contra ele. Não havia exceções.
Na verdade, ele sentenciou Monte a uma morte fácil comparada a Lisa e sua equipe que morreram de formas horríveis.
"Matar pode ser prazeroso, mas só quando o oponente é divertido. Eu curti torturar Lisa, mas sei que Monte não me daria nenhuma alegria, então não me importo de dar-lhe uma morte fácil." Kiba explicou seu motivo.
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No dia seguinte na academia.
"Eu pareço alguém que se importa com adereços?" os olhos de Felicidade brilharam ao olhar para a pulseira de prata diante dela.
"Claro que não," Zed não sabia como oferecer a pulseira que ele e Claudia tinham criado para sua segurança.
"Então por que está me dando uma?" Felicidade perguntou.
"Não fui eu mas a Claudia que criou isso então pergunte a ela. Eu só estou seguindo as ordens dela," Zed não sentiu remorso em transferir toda a responsabilidade para Claudia.
"Sério?" Felicidade perguntou com algumas suspeitas. Ela era bem próxima de Claudia, pois visitava a vila regularmente.
"Você pode perguntar diretamente a ela se não acredita em mim," Zed pressionou um botão em seu celular.
[[Senhora Felicidade, como você está?]] a voz de Claudia veio do celular.
"Eu estaria bem se não fosse pela pulseira. O Zed está falando a verdade?" Felicidade perguntou com uma voz suave.
[[Sim, mas ele omitiu um detalhe crucial]]
"Hm?" Felicidade olhou para Zed.
[[Ele também está usando uma pulseira similar, mas coberta pelas mangas.]]
"Oh?" Felicidade rapidamente verificou seu pulso direito e encontrou uma pulseira de prata.
[[Até ele está usando a pulseira, então não deveria ser um problema para você. Eu as criei como um sinal de lembrança da amizade de vocês.]]
Claudia sabia que Felicidade nunca aceitaria a pulseira se dissesse que era para sua proteção, então usou outra desculpa.
"Mas..." Felicidade queria protestar, mas ela não queria recusar o gentil gesto de Claudia.
[[Por favor, use-a por mim. Se você se sentir envergonhada, sempre pode se alegrar com o fato de que o mestre também está usando um adereço similar.]]
Zed: "....."
"Se você diz isso então eu não me importo!" Felicidade rapidamente colocou a pulseira.
Zed suspirou aliviado. Ele sempre temeu que ela estivesse em perigo com seu hábito de buscar emoções fortes, então projetou a pulseira para ela como proteção.
Era algo que lhe custou muito, mas ele não se importava. No final, Felicidade era talvez a parte mais importante de sua vida... um dos maiores motivos pelo qual ainda gostava de viver como Zed.
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Algumas horas depois na Casa Elevação dos Sonhos.
Felicidade deu um tour da vila para Jéssica. A última ficou surpresa com o tamanho enorme dessa vila luxuosa.
"Por que você mora sozinho numa vila tão grande?" Jéssica perguntou a Zed. Ela sabia que ele era rico, mas não nessa extensão.
A vila foi criada parcialmente sobre uma cachoeira e a área inteira era como uma união com a natureza. Jéssica não conseguia imaginar a quantidade de dinheiro gasto para criar tal lugar.
"Quando eu era criança, sonhava em ter minha própria casa. Uma casa onde eu poderia dormir sem nenhuma preocupação."
Zed respondeu com um sorriso.
"Agora que tenho os recursos, criei essa casa e satisfiz minha vaidade no processo."
Quando era criança, houve momentos em que ele invejava as pessoas da cidade porque elas tinham suas próprias casas e nunca tinham que se preocupar com a fome. A única coisa que ele realmente queria naquela época era comida e um lugar para dormir sem o medo de ser morto.
Conforme foi crescendo, seus sonhos cresceram com ele. Um homem sem nada só pode viver pelos seus sonhos, e o mesmo valia para Zed.
Ele sonhava grande não porque acreditasse que poderia torná-los realidade, mas porque eles poderiam lhe dar um sono tranquilo. Ele seria capaz de esquecer a dor da realidade.
Em seus sonhos, ele teria tudo o que desejava... A felicidade que sempre quis.
Seus sonhos lhe davam esperança assim como a realidade lhe dava desespero.
A realidade só lhe oferecia um estômago vazio e abuso por parte do cuidador e dos senhores de terra.
Houve tempos em que ele desejou a morte, mas então se lembrava de seus sonhos. Sonhos tão irreais que o faziam rir, mas ainda assim davam-lhe esperança de um futuro melhor.
Se não hoje, então talvez amanhã... Não desista agora!
"Com o tempo, meus sonhos mudaram e evoluíram, mas há uma coisa que ainda permanece a mesma: Eles são o único motivo pelo qual eu vivo!"
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