Paz.
Muitos na vida desejam isso, paz. Mas sempre me pergunto por que. Eu cresci vendo minha mãe fingindo que eu não existia, pois ela queria paz. Mas me pergunto, se a paz que ela queria, ela conseguiu.
— Acha que vou conseguir ir lá? - Marina disse, olhando seriamente para a tela do celular - Sinto que ele está me traindo.
— Então vá, é melhor sabendo vendo com os próprios olhos, do que pela boca dos outros, Marina. - Falei, dando leves batidas em sua costa - Eu sou sua irmã, e quero te ver bem.
— Mas eu o amo.
— Eu sei, porém o que importa é sua felicidade, e lealdade. Se caso a senhora Margareth estiver certa... - Faço uma pausa, vendo ela suspirar - Mari... Ele não te merece, você é linda, o Luan é um idiota.
— É que eu vejo todas as minhas amigas felizes no relacionamento...
— Oi? Marina! Acorda, irmã. - Bati de leve em seu ombro - Estamos no século vinte e um. Se suas amigas tem um relacionamento totalmente saudável, acredite, a algo por trás.
— Como assim?
— Independente de tudo, nem todo relacionamento é como eles mostram. - Dei de ombros - Agora mudando de assunto...
Não queria permanecer nesse assunto. Ouço vozes vindo da parte de baixo do cômodo. Frazi a testa, não sabia que iria receber visitas. Espero não ser o Luan, atrás da Marina.
Engoli em seco, antes de levantar e sair do quarto. Descendo até a sala. Quando chego na sala, vejo minha mãe, ao lado de dois homens. Muito bonitos...
— Ariane, esses são os novos moradores. - Mamãe falou, sorrindo - Hyan e Felipe...
— Olá, bem-vindos, vizinhos. - Sorri, olhando para os dois.
Eram lindos...