Em uma madrugada fria, no aeroporto de Santos Dumont, avia muitas pessoas com malas correndo para um lado e para o outro pois não queriam perder seus voos, outras muito felizes com sua viagem e umas nem tanto.
"Mãe, temos que voltar mesmo?"
Dona Marta que não aguentava mais os chiliques respondeu
"Vai começar com essa bobeira denovo Felipe?"
A mãe de Felipe suspirou e continuou
"Eu já completei meu trabalho aqui no Rio de Janeiro, não temos mais nenhum motivo para continuar aqui. Só viemos aqui por conta do meu trabalho e você sabe muito bem que nesse período de tempo a sua vó ficou muito doente então temos que voltar o mais rápido possível para cuidar dela."
Felipe ficou em silêncio
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Faltava somente alguns minutos para o voo e Felipe não conseguia parar de pensar. Ele estava tenso e ansioso.
- Eu passei a maior parte da minha vida aqui no Rio de Janeiro e não tenho nenhuma memória da minha cidade Natal. Eu não tenho nenhuma lembrança com a minha avó e só me lembro das conversas que nós tivemos via telemóvel.
"Garoto, o que você está pensando aí? Vamos logo se não vamos perder o nosso voo"
"Tabom, mãe, já estou indo."
Dona Marta e seu filho entraram no avião, se acomodaram em seus lugares e em alguns minutos decolaram.
Felipe não satisfeito, continuou perdido em pensamentos.
-Eu estou realmente voltando...Eu já sabia que teria que voltar porém só cai na real agora. Estou muito triste por deixar os meus amigos e ter que mudar de escola, porém nós prometemos que não perderíamos o contato e eu sinceramente espero que essa promessa dure para sempre...
Enquanto pensava Felipe caiu no sono.
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"Felipe, acorda!"
Ainda com sono Felipe abre um pouco o olho.
- Quando foi que eu dormi?
"Nos chegamos! Tire o cinto e não esqueça o seu casaco. Vamos sair do avião."
- Então é isso? Nós realmente chegamos. Veneza, a cidade do amor, a minha cidade Natal.