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fallen kingdom

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Synopsis

Chapter 1 - DIA DOS MORTOS

O ano é 2068. Eu sou um órfão. Meu pai foi um militar que foi morto na Terceira Guerra Mundial. Minha mãe se matou por não aguentar a dor.

A Terceira Guerra acabou há cinco anos, com a vitória da Rússia. E para quê? Milhares de pessoas mortas, países destruídos.

Eu moro em uma pequena casa que foi deixada pelos meus pais. Meu nome é Kaio e tenho 15 anos. Sim, é uma idade baixa para morar sozinho. Mas e daí? Ninguém nunca prestou atenção em mim.

Mas isso também não importa muito. Hoje minha vida vai acabar.

Em um quarto sujo, uma criança magra, com olhos vazios, estava de pé em um banco. Em seu pescoço, uma corda estava amarrada.

O garoto se mexeu para o banco cair. O banco caiu, fazendo um pequeno barulho.

Amarrado pelo pescoço, estava uma criança morta. De sua boca, espuma saía; seu rosto estava vermelho e seus olhos abertos.

...

Uma enorme fonte de luz atingiu meus olhos, não permitindo que eu os abrisse.

Assim que meus olhos se ajustaram à luz, a primeira coisa que vi foi uma jovem mulher, com longos cabelos loiros e olhos azuis. A mulher não parecia ter mais que 23 anos de idade.

Ao seu lado, um jovem homem, com mais ou menos a mesma idade, com cabelo castanho e olhos castanhos. O homem tinha um rosto estranhamente infantil.

A mulher que estava na minha frente me olhou com um sorriso e pronunciou alguma palavra que eu não entendi.

O homem pareceu responder à mulher, só que ainda não consegui entender aquelas palavras.

É verdade que eu estava morto. No entanto, eu ainda queria saber que lugar estranho era esse.

Tentei me levantar, só que foi em vão. Parecia que eu não tinha controle sobre meu próprio corpo.

Estranho. Já que eu não conseguia me levantar, eu tentei perguntar às pessoas.

No entanto, tudo que pude expressar foi um estranho grunhido:

– Ahh! Waah!

Continuei tentando falar, só que o estranho som continuava a sair da minha boca.

O homem de cabelos castanhos pareceu pronunciar mais algumas palavras para a mulher, quando de repente se inclinou para frente e me pegou no colo.

Como ele está me pegando no colo? Tenho 15 anos, não faz o mínimo sentido.

É verdade que eu estava muito magro, mas eu ainda era bastante grande e tinha 15 anos.

Parecia que eu estava em uma espécie de sonho, eu tinha acabado de me matar. Não fazia sentido, de qualquer jeito talvez eu logo descubra.

O tempo passou bem rápido.

Já haviam se passado dois meses que estou aqui, e finalmente caiu a ficha de que eu havia renascido.

Eu finalmente percebi isso depois de me ver no reflexo da água, enquanto a mulher, que era minha mãe, me dava banho.

Os dois jovens que vi no dia que reencarnei eram meus pais. O que era um pouco estranho porque eles eram estranhamente jovens.

Também percebi que não estava na Inglaterra, que era meu antigo país. Percebi que estava em um lugar diferente de onde vivia.

Quando saí na rua com minha mãe, vi diferentes pessoas, elfos e demônios andando normalmente.

Não parecia ser uma nação muito desenvolvida, nem pouco desenvolvida.

As pessoas usavam roupas antiquadas. Havia algumas lâmpadas elétricas no dia em que fui à cidade.

Mas onde morava não havia nenhum tipo de eletricidade. Talvez fosse porque eu morava em um pequeno vilarejo, então só havia velas e lâmpadas a óleo.

Eu não desejava estar vivo, mas ter a chance de estar vivo... Se eu recebi a possibilidade de ter uma vida feliz, eu a abraçaria.

Mais seis meses se passaram.

Depois de alguns meses escutando meus pais falarem, comecei a entender melhor a linguagem desse lugar. Nunca fui lento aprendendo as coisas, então não era uma coisa difícil. Só que falar era muito mais complicado.

Mais ou menos nesse mesmo espaço de tempo, aprendi a engatinhar. Nunca foi tão bom conseguir se mexer livremente.

– Uri, cadê você? – disse minha mãe.

– Achei ele, pelo menos ele é saudável e agitado – disse meu pai enquanto me pegava no colo.

– Eu estava preocupado. Ele só chorou quando nasceu – disse ele com uma expressão difícil de ler.

Meu pai me pegou e me entregou à minha mãe para comer.

Depois que comi, fui até a porta, que estava aberta, ver meu pai manuseando sua espada.

Meu pai girava e cortava o vento com maestria. Eu não sabia muito sobre espadas, só que parecia que meu pai era um ótimo espadachim.

A visão do lado de fora de onde eu morava era linda. Eu morava no interior. O local onde minha casa ficava era um pouco afastado das outras.

Os campos de trigo eram enormes. As pessoas trabalhavam todos os dias, começando às 7 da manhã e acabando às 5 da tarde.

Voltando para dentro, fui até as escadas que levavam ao segundo andar. Com o tempo, descobri que minha família não era nem um pouco pobre. Pelo que parece, eles que quiseram morar aqui.

Eu estava conseguindo subir a escada, já estava no terceiro degrau, quando perdi o equilíbrio e caí para trás.

– Rud! Você está bem? – disse minha mãe enquanto me pegava no colo.

Ela me levou até uma mesa e me sentou nela.

Ela olhou cuidadosamente para meu rosto. Seu rosto sugeria que não importava se eu me machucara ou não, ela estava preocupada.

– Só para garantir que você está bem, eu vou curar você – disse. – Que esse poder divino dos Deuses te cure, dando a quem perdeu suas vontades e forças para se reerguer. Cure!

'O que ela está dizendo?' Quando eu me machucava, minha mãe só falava "quando casar, sara" ou dava um beijinho no machucado.

Enquanto tinha esses pensamentos e sentia uma dor latejante na minha cabeça, a mão da minha mãe brilhou com uma luz suave, enquanto a dor da minha cabeça diminuía até sumir.

'Hun?'

– Sabe, a mamãe costumava ser uma aventureira bem famosa do grupo do papai – disse ela com sua voz soando orgulhosa.

Minha mente girou em confusão. Magia, aventureiros, demônios, elfos e espadas...

Meu pai, que ouviu o grito anterior da minha mãe, entrou pela porta.

– Que foi? – perguntou ele com preocupação.

– Você poderia parar de balançar essa espada um pouco e prestar atenção no seu filho – disse minha mãe, brigando com ele. – Ele caiu da escada e poderia ter se machucado gravemente.

– Ele é um garoto. Se machucar faz parte – disse ele com um sorriso cansado.

Isso era uma coisa bem irresponsável de se falar, o que combinava bastante com ele. E ainda mais falar isso com um sorriso.

– Ele ainda tem um ano. Você poderia ter mais responsabilidade – disse minha mãe enquanto olhava pra ele com certa raiva.

– Tudo bem, você está certa – falou ele, desanimado.

Meu pai sabia que não conseguiria argumentar com minha mãe, então só desistiu.

Meu pai veio em minha direção, me pegou no colo e me levou para caminhar.

Meu antigo eu morreu. Mas eu tenho a chance de ter uma vida feliz, uma vida da qual eu não me arrependa.