Aovir a Sílvia, Kennedy levantou a Hanna sobre os ombros e a levou para dentro. Quanto a Sílvia, encarou o Zane e disse.
—Agora ficamos só nós os dois—disse ela e acrescentou—Parece que minha sobrinha se importa muito com você.
—Qual é o vosso problema? Achei que a família Scarlatti tinha boas relações com a UPT—disse o Zane.
Sílvia colocou o dedo sobre os lábios e disse.
—Faz 50 anos que a gente perdeu a confiança na UPT, no momento o único motivo que nos uni são os negócios, sem contar que o antigo diretor da UPT ficava coberto de raiva por não ter controle sobre nós assim como tem o controle da família Elí, mas enfim, sem mais papo, venha comigo.
Zane ficou em pé e questionou meio preocupado.
—Para onde a gente vai?
—Vamos decidir se te deixamos ficar aqui, ou se enviamos o teu corpo para a UPT em pedaços—respondeu a Sílvia.
Zane engoliu um seco mas não teve outra opção a não ser obedecer a Sílvia.
Entretanto na UPT, Rosalin estava conversando com o Logan quando a capitã Nicole chegou.
—Então pessoal, tudo bem?—disse Nick Nicole.
Rosalin olhou para a cara da Nicole e questionou.
—Que cara horrível é essa?
—Ontem foi um dia muito intenso, tomei tanta cerveja que agora não me aguento com a ressaca—explicou a Nick Nicole.
Logan olhou para a capitã Nicole e disse em seu íntimo.
—Ontem ela estava mesmo bêbada, porquê ela não anula o efeito do álcool em seu corpo?
Nick Nicole olhou para a Rosalin Rose e disse.
—Consegui entrar em contacto com o senhor, ele está neste momento na sala do diretor Lando Manuel.
Rosalin deu uma palmada nas costas da Nicole e disse sorrindo.
—Eu sabia que mesmo neste estado você ainda é capaz de cumprir com as suas funções, agora vá tomar um café e tira o resto do dia para descansar—Rosalin olhou para o Logan e disse—Venha comigo, tenho uma surpresa para ti.
Apesar de ter ficado surpreso Logan seguiu a sua capitã sem fazer nenhuma pergunta, passado alguns minutos ele chegaram até a sala do diretor Lando Manuel.
Ao entrar Logan teve uma grande surpresa pois o senhor a quem a Nick Nicole se referia era o Dimuka, o mesmo agente com quem ele trabalhou para capturar o Laborinho Gonsalves.
Muito feliz, Logan correu para dar um grande abraço ao Dimuka.
—Logan, fico feliz em saber que você está bem—disse o Dimuka ao corresponder o abraço.
—Também estou muito feliz por ver o senhor, o que trás por cá?
Lando Manuel respondeu a essa pergunta dizendo.
—Filho, o senhor DimuKa está aqui porque nós pretendemos fazer dele o representante do governo na UPT em Angola.
—Sério pai, que boa notícia—disse o Logan todo feliz da vida.
Porém o Dimuka sem entender do que se tratava questionou meiu curioso.
—Representante do Governo, o que isso quer dizer?
Rosalim entrou na conversa dizendo.
—Após o incidente com o Laborinho Gonsalves a gente decidiu colocar alguém que seja de confiança para chefiar a polícia angolana, e achamos que esse alguém podes ser tu.
—Espera ai! Vocês querem que eu seja o chefe da polícia angolana e se eu falhar?—questionou o Dimuka.
—Você vai se sair muito bem, a gente está confiando em você para isso—disse a Rosalin Rose.
—Bom, mas antes de tornar isso oficial a gente precisa entrar em negociação com o governo angolano bem como os outros e acertar toda a negociação.
Após acertar estes termos com o Dimuka Rosalin queria estar a sós com o diretor Lando Manuel então disse.
—Logan, mostre a UPT ao senhor Dimuka, ele vai precisar conhecer já que em breve vai trabalhar com a gente.
Logan e o senhor Dimuka sairam deixando a Rosalin e o diretor Lando a sós.
—Lando, eu estou precisando que você libere para mim 10 bombas RCM5.
—Está bem, vou falar com o Sub capitão Derek Morgan e a sub capitã Natália para tratarem de tudo—respondeu o diretor.
—Muito obrigado, eu já mandei uma carta para cada governo anunciando a liberação das RCM5, conhecendo eles provavelmente nos darão uma resposta amanhã, então vamos nos preparar—disse a Rose.
Após dizer aquilo Rosalin passou mão sobre o rosto e disse.
—Ai que ódio, acho que fiz merda!
—Como assim?—questionou o diretor Lando
—Não devia ter mandado o Zane para a Inglaterra, os Scarlatti vão mata-lo.
Rosalin e o diretor Lando trocaram olhares por uns segundos e logo a seguir desseram ao mesmo tempo.
—Não! Eles não teriam essa coragem.
Entretanto na Inglaterra dentro do palácio real.
Hanna foi colocada diante de sua avó Lisa Scarlatti, que ao notar sua presença ela foi logo a abraçar e disse.
—Minha neta querida, que bom que você veio.
Hanna afastou-se de sua avó e disse.
—Eu não vim aqui para ficar convosco, diga o que querem e libertem o meu amigo, amanhã mesmo eu volto para Angola.
Lisa olhou para para o lado e questionou.
—Amigo? Que amigo?
No mesmo instante entrou a Sílvia quase que arrastando o Zane Williams para que ele pudesse andar.
—Acho que a sua neta se refere a ele.
Lisa se aproximou e ao focar atentamente no Zane, ela o reconheceu logo devido a falta de energía mágica em seu corpo.
—Você é o desprovido de magia, o que você faz aqui?
Lisa tentou tocar nele enquanto falava, sua intenção era ter uma visão mais clara do futuro do universo, porém já sabendo dos poderes da Lisa ele recuou e disse.
—Por favor senhora, não toque em mim.
Lisa sorriu e disse.
—Está bem, mas você está ciente de que ao entrar aqui você violou um acordo que a família Scarlatti tem com a UPT á quase duas décadas?
—Como assim?—questionou o Zane.
Sílvia respondeu.
—Nós temos um acordo para que ninguém pertencente a UPT entrasse em nosso domínio sem a devida autorização, e caso alguém violar esse acordo terá a cabeça arrancada.
Zane engoliu um seco, o medo tomou conta dele e então começaram a surgir várias ideias na cabeça, como enfrentar todo mundo local e forçar a sua saída quando ouviu a Lisa a dizer.
—Porém as coisas não são assim tão simples, por seres um aluno da capitã Rose a gente teria vários problemas se você fosse morto em nosso domínio.
—Então vocês não vão mata-lo?—questionou a Hanna preocupada.
—Não—disse a Lisa e continuou—Se você conseguir acertar um golpe no Kennedy, o seu amigo aí desprovido de energia mágica vive, porém vocês não vão poder sair daqui até a Hanna completar o seu treinamento.
Hanna não gostou nada da ideia de ter ficar tanto tempo naquela residência mas, para poder salvar seu amigo ela não teve outra opção a não ser aceitar.
—Está bem, eu aceito—disse ela.
Todos os presentes no local, exatamente a Lisa, Anie, Sílvia, Hanna, Zane, Kennedy e a Morgana foram para uma sala subterrânea onde realizavam os treinos de todos os membros importantes da família Scarlatti.
Ao chegar na sala de treino Hanna se pôs em posição de combate.
—Pode vir velhote—disse a Hanna e depois pensou—não vai ser assim tão difícil, só preciso paralisa-lo e depois dar um toque suave nele.
Kennedy começou a caminhar em direção a ela sem desviar o olhar, Hanna viu aquilo como uma grande oportunidade e disse.
—Paralisação cerebral.
Kennedy ficou paralisado, Hanna aproximou-se devagar e prestes a tocar na barriga do Kennedy ele agarrou as mãos dela e a bateu contra o chão como se ela fosse um chicote.
—Impossivel, eu tenho a certeza que o paralisei—disse a Hanna gemendo de dor.
Kennedy sorriu ao olhar para a Hanna, era como se ele já soubesse que tal ataque não faria efeito nele.
—Merda, se continuar assim eu vou morrer—disse o Zane Williams em seu íntimo.
Por saber que a vida de seu amigo estava em jogo, Hanna não desistiu e apesar da dor ela se levantou e correu na direção do Kennedy tentando acertar vários golpes nele, porém Kennedy se esquivava de todos com muitas facilidade.
—Você tem um potencial enorme, como andarilho você possui quase todos os poderes do clã Scarlatti, por isso é importante ficares aqui para treinar—dizia Kennedy enquanto se esquivava.
Hanna continuava a tentar insistentemente acertar o Kennedy.
—Que se dane a família Scarlatti, eu fui abandonada pela minha própria mãe em um orfanato, e vocês nunca fizeram mada para me tirar de lá—dizia a Hanna com bastante raiva até que gritou—Para!
Kennedy obedeceu o comando e ficou paralisado, mas novamente quase a ser atingido ele se esquivou e jogou a Hanna para longe.
Por mais duas vezes a Hanna tentou a mesma estratégia até ela perceber algo.
A técnica dela de paralisação estava a afetar o Kennedy porém, dois fatores faziam com que o efeito da magia não fosse tão eficaz: em primeiro, o facto do Kennedy ser da família Scarlatti e segundo o facto de ela ainda ser muito fraca em comparação ao Kennedy.
—Agora percebo o que se está a passar, ele está a ficar paralisado apenas por 2 segundos, isso significa que devo ser rápida se quiser atingir um golpe nele e salvar a vida do Zane.
Mas uma vez Hanna partiu para cima do Kennedy com tudo o que tinha, Kennedy estava muito confiante e com a guarda baixa por ser muito forte, Hanna foi se aproximando muito Kennedy entendeu o braço para a tentar impedir mas ela se esquivou baixado e mais uma vez, ao olhar nos olhos do Kennedy ela usou a paralisação cerebral. Quase a ser atingido Kennedy sorriu e disse.
—Parece que você não aprende, o tempo esgotou.
Os dois segundos se passaram antes que ela conseguisse atingi-lo, Kennedy usou o outro braço para tentar segurar a Hanna.
—Zona temporal—disse a Hanna apertando os punhos e continuou—Paralisação cerebral.
Kennedy mais uma vez ficou totalmente paralisado e acabou levando um soco no rosto.
Zane Williams deu um suspiro de alívio.
—Ela descobriu o motivo das suas falhas ao tentar acertar o Kennedy, então usou a zona temporal para aumentar sua velocidade seguindo de uma paralisação e assim conseguir atingi-lo antes que o tempo se esgotasse—dizia a Lisa Scarlatti no seu interior, por fim ela sorriu e continuou—Rosalin Rose, parece que tens feito um bom trabalho com a minha herdeira.