R.V se levantou e foi procurar a sua equipe, após ter andado por um curto espaço de tempo ele finalmente encontrou os jovens dentro de uma das salas de treinamento.
—Boa tarde meninos, eu sou o R.V, o terceiro capitão da UPT e serei o novo mentor da equipe 7.
Após os alunos do R.V o virem seus olhos se encheram de alegria e as duas meninas da equipe foram correndo para abraçá-lo.
—Boa tarde capitão—disse o Filipe Mateus.
R.V olhou para eles e disse.
—Eu li a vossa ficha para saber um pouco de vocês antes de vos vir conhecer pessoalmente, e melhor que vos encontrei a treinar, desse jeito vocês podem mostrar para mim as vossas habilidades que acham?
Graça Eli começou a sorrir bastante, as suas gargalhadas eram meio que irritantes, porém R.V ignorou dizendo.
—Podemos começar meninos.
—O senhor nem vai perguntar porquê a Graça Eli está rindo dessa maneira?—questionou o Filipe Mateus.
—Há algum motivo especial para isso?—questionou o R.V meio confuso.
Júlia Filipa olhou para o lado e disse.
—Se o senhor leu a nossa ficha isso quer dizer que já sabe o quão inútil a gente é, todos temos a mesma habilidade: expulsão de energia.
R.V sabia que agora era a hora de motivar seus alunos, um dos motivos que fazia ele odiar ser mestre era esse, ter que aturar as paranóias dos seus pupilos, mas o que fazer? Pensou o V.R enquanto vasculhava a sua base de dados ao ver o que encontrava.
—Ah, esse anime, que se dane eu não tenho tempo para ficar agindo como o Giraya ou Iruka em Naruto.
Após fazer uma grande pesquisa rápida sobre alguns animes antigos e histórias reais ele decidiu ser o tipo de mestre muito duro no intuito de puxar mais de seus alunos.
—Ouvem-me bem, eu não quero saber se vocês são fortes ou fracos, não quero saber sobre a vossa personalidade se ela é frágil ou dura, o que eu quero é ver vocês dando o vosso melhor e ultrapassarem os vossos limites—disse o R.V com determinação.
Os meninos ficaram espantados com as palavras do R.V pois nenhum capitão antes tratou eles como recrutas normais, alguns como é o caso do capitão Robert Mcgue treinava eles por pena e compaixão, já outros faziam na força do ódio os menospresando a cada sessão de treinos.
R.V deu as costas para eles e disse.
—Não há treinos hoje, porém descansam pois eu vou falar com o diretor para arranjar uma missão o mais rápido possível, quero ver o resultado de todo o vosso treino até agora uma batalha real.
R.V se foi embora a caminho da sala do diretor Lando Manuel à ver se consegue algo.
Os meninos ficaram na sala de treinamento ainda espantados com o discurso do R.V.
—Vocês ouviram o que ele disse? Ele nos tratou como gente normal, acho que ele acredita no nosso potencial—disse a Graça Eli toda feliz da vida.
—É, acredito que ele seja nesmo diferente, vamos ver como serão as coisas depois do nosso fracasso em missões—disse a Júlia Filipa.
Como sempre, sendo o mais pessimista Filipe Mateu disse desanimado.
—Não se empolguem, ele é um Robô e como tal só age de acodo com a sua programação.
—Então você estás dizendo que ele apenas nos trata como recrutas normais porque foi programado para ser justo?—questionou a Júlia Filipa.
—Sim, infelizmente essa é a realidade, ele não tem sentimentos—enfatizou o Filipe Mateus.
Graça Elí ainda sorrindo disse para seus amigos.
—Por favor pessoal, não vamos trazer a tristeza novamente para o nosso lado, mesmo que não seja verdade vamos ao menos fingir que ele foi verdadeiro conosco do fundo do coração.
Ao ouvir tais palavras Filipe Mateus levantou e disse enquanto ía em embora.
—Acreditem no que vocês quiserem, eu vou embora, preciso tomar um banho e descansar.
Após deixar seus pupilos sozinhos na sala de treinamento, R.V foi até á sala do diretor Lando Manuel.
—Relógio Vivo, pelo que vejo você já terminou de ler todos os relatórios e assinar todos os papéis.
—Sim, estás certo quanto a isso, também já pude ter a oportunidade de os conhecer pessoalmente—respondeu o R.V.
—Muito bem, o que você deles?—questionou o diretor Lando Manuel.
—Bom, nenhum deles tem um talento como o do Ortega ou do seu filho o Logan Manuel, mas eu pretendo fazer com que eles ultrapassem os seus limites e criar o primeiro capitão ou sub capitão que tem apenas habilidades de expulsão de energia—explicou o R.V.
Admirado o diretor Lando questionou.
—Não achas que estás depositar demasiadas expectativas nos meninos, o poder que eles têm nunca sera suficiente para chegar nem a sub capitão. Já é de grande alegria quando alguém com apenas estas habilidades se torna um agente especial, e acredito que o máximo que eles podem chegar é até o nível de um tenente.
—Eu te entendo mas eu pretendo provar o contrário, preciso que você me arrume uma fenda temporal onde eu possa atuar o mais breve possível, pretendo testar a força deles em um capo de batalha real—disse o R.V.
Ao ouvir tais palavras o diretor Lando pegou no telefone fixo que ficava em sua mesa de escritório e ligou para o celular da capitã Nicole.
—Sim senhor diretor—respondeu a capitã Nicole ao atender o telemóvel.
—Eu liguei para pedir um pequeno favor em nome do R.V—disse o diretor Lando Manuel.
—Diga o que ele quer, eu preciso descansar já está anoitecendo e amanhã preciso me levantar as 5 horas da manhã.—resmungou a capitã Nicole.
O diretor lando sorriu e disse.
—Entendo, mas é justamente disso que quero falar, ele conheceu sua nova equipa de recrutas e para os admitir como agentes especiais quer testar os meninos em uma batalha real então quero liberar você e pedir que deixe ele tratar dessa fenda.
Feliz da vida Nick Nicole respondeu.
—Espera, issso significa que terei um dia de folga amanhã, eu aceito, só diga para ele idiota não matar os meninos.
Após dizer aquelas palavras, Nick Nicole desligou a chamada toda feliz da vida e foi logo comunicar os seus meninos de que teriam um dia de folga.
O diretor Lando pegou nos dados da missão e os deu para o R.V.
—Os nossos tenentes já fizeram o isolamento do local, basta vocês chegarem lá as 5 horas da manhã para encerrarem a fenda antes que os Ztimes escapem para o nosso planeta.
Passando algumas horas, finalmente a noite chegou, ou seja, era hora da Hanna Scarlatti ir para o aeroporto e pegar um voo para á Inglaterra. Ela não estava nada feliz pois desde os seus 4 anos de idade que não voltava para aquele local desde que tivera saído de lá. Apesar de não quiser voltar Hanna não tinha escolha pois ao herdar o poder de andarilho ela tornou-se na futura líder da família Scarlatti.
Já estando no aeroporto Hanna se despediu dos seus amigos, supostamente ela voltaria em 3 dias. Enquanto ela estava triste Rosalin estava sempre sorrindo, ao perceber isso Zane Williams questionou.
—O que a Senhora capitã está tramando?
—Bom eu comprei mais uma passagem e adivinhem só, você vai com ela Zane—respondeu a capitã Rose.
Admirado Zane Williams disse.
—Eu, eu não posso, a família Scarlatti é uma família muito reservada e não permitem intrusos em suas instalações.
Rosalin segurou nos ombros do Zane Williams e disse.
—Essa família é capaz de qualquer coisa para alcançar seus objetivos, preciso que você cuide dela, não podemos perder o andarilho desta geração.
Zane concordou então, subiu no avião com a Hanna e partiram para a Inglaterra.