No primeiro andar da masmorra, uma Sacerdotisa do 1º Círculo estava curando pequenos ferimentos no corpo de um alto espadachim. Toda vez que Perry acenava com seu cajado, Keirth recebia vários reforços como a Bênção da Força de Deus, Luz Divina Sobre a Espada...
Com isso, este espadachim iniciante era capaz de matar qualquer monstro, não importa se fossem aquelas slimes irritantes ou goblins insignificantes. Sangue dos monstros estava espalhado pelo primeiro andar. Depois de cuidar de todos os monstros, Keirth balançou sua espada longa e olhou para Perry com admiração.
Como esperado de uma Sacerdotisa da Igreja Sagrada. Cada uma de suas bênçãos era poderosa!
"Vamos descansar um pouco," Perry disse, soltando um suspiro cansado. Seu traseiro redondo se achatou em uma grande pedra enquanto ela se sentou ereta e olhou gentilmente para Keirth, que não pôde evitar engolir em seco. Ele sentia vergonha por focar seu olhar nas partes vulgares do corpo da sacerdotisa...
Keirth era apenas um aventureiro de 16 anos da cidade próxima de Orlando. Aceitando uma missão para reconhecer a nova masmorra que surgira, ele não esperava encontrar uma sacerdotisa tão bonita.
"S-senhora Perry," Keirth corou e apontou para o vestido dela.
Perry olhou inocentemente para si mesma e viu que suas delgadas coxas de marfim estavam à mostra.
"Ah!" Ela rapidamente abaixou sua saia e olhou para o outro lado. Ela podia sentir o olhar de Keirth sobre ela. Ele estava dando olhadelas. Como não poderia?
Perry era a clériga mais bonita de Orlando. Ela sempre usava uma saia longa e sedosa que chegava aos seus joelhos e uma camisa por baixo da sua túnica branca de sacerdotisa. Sempre que aparecia, ela era sempre bem tratada por todos.
Um garoto jovem agindo assim não era nada fora do comum. Mas, infelizmente, ele nunca poderia tê-la. Perry tinha vinte anos este ano. Sendo sacerdotisa, não lhe era permitido ter um relacionamento íntimo com um homem. Assim, ela ainda era pura e teria que permanecer pura até morrer.
Ela havia sido preparada para servir a tal papel desde jovem. Apenas permanecendo pura poderia ser favorável a Deus. Ela não deve ceder a seus desejos!
"Esta masmorra parece estranha," Keirth disse de repente. Ele queria quebrar o silêncio constrangedor.
"Sim, parece estranha. Quase não há mana acumulada aqui. Parece que surgiu recentemente," Perry respondeu enquanto olhava em volta. Acima dela, a luz vinda da escada estava diminuindo.
"Devemos explorar o segundo andar e voltar. A noite está chegando." Perry se levantou e tocou seu cabelo loiro. Seus olhos verdes brilhantes fitaram a escada que levava ao segundo andar.
Ouvindo a voz dela que continha um toque calmante, Keirth concordou distraidamente.
Os sapatos deles clicavam contra o chão da masmorra. Quanto mais fundo iam, mais frio e escuro parecia. Perry usou seu poder divino para conjurar uma bola de luz branca. Não era muito brilhante, mas o suficiente para os dois caminharem sem tropeçar na escuridão.
Depois de um tempo andando pelos corredores estreitos, Keirth ouviu uma voz sussurrando para ele. Não era alta, mas tinha um charme sedutor. Ele começou a andar mais rápido e mais rápido, fazendo Perry ficar desconfiada.
"Keirth pare, não devemos ir mais fundo!" Ela segurou o ombro dele quando ele estava prestes a ir para o terceiro andar.
"Não, Senhora Perry. Está tudo bem, eu vou proteger você..." A voz de Keirth estava perdida e ele não parecia ouvir a sacerdotisa, não importa o quanto ela tentasse.
Perry olhou nervosamente em volta. Sua força física não era tão grande, e ela havia usado cerca de metade de seus poderes divinos até agora. Ela não queria explorar mais hoje, já que ainda não sabiam o quão fundo era essa masmorra.
"Estou chegando..." O murmúrio de Keirth não foi ouvido por Perry. Ela notou que ele estava correndo em direção à escada e gritou.
"Keirth!"
"Onde estão os monstros deste andar?" Perry perguntava a si mesma enquanto seguia apressadamente o garoto. Ela estava atenta a esse fato. Será que realmente não havia monstros no segundo andar?
Clang!
"Kirrrk..."
Um grito de kobold entrou no ouvido de Perry junto com os sons de embate de armas. Keirth gritou alto e então tudo ficou em silêncio.
"Esse garoto... tem definitivamente algo errado com ele!" Assim que Perry desceu rapidamente para o terceiro andar, a bola de luz branca diminuiu.
Ela não se importou em conjurá-la novamente e correu pelo corredor escuro. Ela não podia deixar seu companheiro sozinho nesta masmorra estranha...
De repente, ela parou e se virou.
"Quem está aí?!" Perry brandiu seu cajado e bateu no chão. Uma esfera de luz santa a envolveu, mas não havia ninguém à vista.
"Hehe..." Ela então ouviu uma risadinha.
Perry se virou novamente e estreitou os olhos astutamente. Ela podia sentir uma sombra se movendo ao redor neste corredor de pedra, sua presença maligna convergindo em sua direção.
Tap... Tap... Tap... Era o som de gotas de água caindo do teto.
Whoosh! Whoosh!
Perry às vezes apontava seu cajado para a esquerda, às vezes para a direita - segurando-o firmemente com nervosismo em seu rosto.
Este monstro era incomumente rápido e ela não conseguia localizá-lo enquanto 'ele' ainda estava se movendo.
Neste momento, Perry viu uma mão longa e esguia à sua frente. Era pálida como a de um cadáver e parecia inofensiva... até que unhas compridas brotaram dos dedos.
Snap!
"Aaaahhh!" Um grito agudo saiu da boca de Perry enquanto a perigosa palma cobria seu rosto e a empurrava para o chão!
Perry sentiu pavor quando presas afiadas afundaram em seu pescoço e então, ela começou a se sentir bem. Era intoxicante... ela nunca queria que essa sensação fosse embora.
Antes que ela pudesse lançar seus feitiços divinos, Erin já havia mordido o pescoço de Perry. Um veneno paralisante entrou no corpo da sacerdotisa pelas presas de Erin, fazendo-a incapaz de dizer ou fazer qualquer coisa.
O som de sangue sendo sugado ecoou no corredor. A vítima não estava ciente de que sua mente estava sendo afetada pelo veneno e pela essência sanguínea de um vampiro.
Keirth não fazia ideia de que algo havia acontecido com a Senhora Perry. Ele foi levado para mais fundo na masmorra pelos poderes de ilusão de Yunna.
Jake ficou ao lado do súcubo enquanto ele via ela seduzir um humano pela primeira vez.
"É como se você tivesse nascido para fazer isso," Jake comentou, vendo o brilho roxo nos olhos de Yunna. Ela tinha uma expressão jubilosa sobre poder usar seus poderes.
"Isso não é nada, mestre."
'De fato.' Jake pensou. Yunna era mais "gentil" em comparação com Erin, que já havia feito da sacerdotisa sua serva de sangue.
Devido à sua ligação com a fada da masmorra, Jake podia sentir qualquer coisa que acontecesse dentro da masmorra.
"Mestre, me desculpe por incomodá-lo. Eu pensei que esses intrusos fossem poderosos..." A voz de Lena soou em seu ouvido esquerdo novamente.
Era uma habilidade de comunicação exclusiva entre o Mestre do Calabouço e a Fada da Masmorra.
"Está tudo bem. Eu também pensei o mesmo." Jake não se importou. Em vez disso, ele achou que foi um desperdício que os monstros no primeiro andar fossem todos mortos.
"Eles estão aqui!" Os olhos de Yunna brilharam intensamente antes de se apagarem.
Jake usou sua habilidade [Fogo Sombrio] para acender as tochas à sua frente e elas emitiram uma luz vermelha escura. Iluminado por ela, ele pôde ver um jovem espadachim com um olhar ausente no rosto.
Atrás dele, Erin descia sorrindo. Seus lábios estavam vermelhos enquanto ela os lambia de forma sexy. Em seu ombro estava uma garota inconsciente vestindo roupas brancas rasgadas, cuja gola estava manchada de vermelho. A pele nua da sacerdotisa estava à mostra e, vendo-a assim, Keirth de repente acordou de seu transe.
Vendo Jake parado no corredor do quinto andar, Erin correu até ele e disse de forma confusa, "Você não precisava se dar ao trabalho de vir até aqui, mestre. Esses intrusos não tinham muita experiência de combate, nós os derrotamos facilmente!"
'Parece que eu os subestimei. Eu ia agir pessoalmente, mas eles são bem fracos.' Acenando levemente, Jake observou Yunna e Erin
"Bom trabalho."
Sendo elogiada por ele, o queixo de Erin subiu em orgulho.
"U-um monstro!" Um baque soou. O espadachim havia caído no chão.
Jake franziu a testa e olhou para o garoto. Depois sorriu e se aproximou desta aventureiro.
'Então ele está assustado, hein... E se eu também usar...'
[Aura do Medo]
Usando esta habilidade, Jake olhou fixamente nos olhos de Keirth. Uma pressão aterrorizante saiu do corpo de Jake. Os olhos do garoto saltaram e ele se contorceu no chão, recuando enquanto gaguejava.
"N-não chegue mais perto... Não!" Keirth desmaiou. Jake não pôde evitar se entediar.
Ele então se virou. "Leve este espadachim para uma das câmaras do 6º andar e acorrente-o lá. Quanto à sacerdotisa, amarre-a a uma cama na câmara abandonada."
Jake tinha seus usos para eles. Qualquer um que invadisse sua masmorra tinha que pagar o preço!
"Depois disso, venham à minha câmara pessoal... Eu tenho um experimento para fazer com vocês dois."
Yunna e Erin, ouvindo Jake dizer uma coisa tão incomum, pareciam curiosas e seguiram seu mestre.
'Pontos malignos, hein... vamos tentar fazer algo.'
Se eles ouvissem os pensamentos atuais de Jake, sua expressão seria muito mais do que apenas curiosa...