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"Mas para reverter a roda do destino eu tenho que me casar com um humano e..." Lia parou de falar e seu rosto ficou mais vermelho quando pensou na próxima palavra da frase.
"E??? Você não consegue terminar sua frase de uma vez? Você está me deixando em suspense como um filme de mistério sombrio." Rio reclamou.
'E ele pode me amar o suficiente para ir contra toda a raça humana, só assim eu posso ser salva.'
Ela não disse essa informação, pois não queria forçá-lo a amá-la apenas por pena. Ela queria alguém que realmente se importasse com ela.
"Você não precisa saber de tudo. Vou mostrar-lhe sua nova casa. Siga-me." Dizendo isso, ela começou a caminhar para fora do salão.
Rio apressadamente a seguiu, preocupado que se perderia naquela mansão enorme e os asuras o matariam se vissem um humano andando livremente por sua mansão.
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[NotaNeve]
Há um motivo, uma grande reviravolta na trama, por que ele age ingênuo; se você não pode esperar 73 capítulos pela verdade, então confira o comentário do parágrafo no spoiler. Mas lê-lo diminuirá a diversão de descobrir por conta própria conforme você lê.
[Spoiler]
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Lia saiu do salão e entrou em um corredor amplo. Depois de caminhar um pouco, um quarto apareceu do lado esquerdo do corredor.
"Aquela porta levará você à nossa biblioteca pessoal, só eu e meu pai podemos entrar lá. Mas agora você também pode usá-la. Embora tenhamos uma biblioteca real, alguns livros você só encontra aqui, que mantivemos longe dos outros."
Ela apontou para a porta da esquerda enquanto continuava andando.
"Você não tem medo que eu venda esses livros e os leve para o mundo humano?" Rio perguntou a ela, ao ver que ela estava demonstrando confiança nele logo no primeiro dia.
"Esse juramento não vai deixar você me trair, a menos que queira que sua existência desapareça." Lia continuou andando enquanto dizia isso com voz rígida.
'Estou literalmente preso em suas garras.'
Rio engoliu sua saliva nervosamente.
Ela saiu do edifício por uma porta grande e eles entraram em um jardim.
A luz do luar refletia na superfície do lago no meio. Havia flores parecidas com rosas vermelhas em volta do lago, que produziam frutinhas vermelhas do tamanho de seixos.
O jardim era grande o suficiente para cobrir vinte auditórios de sua escola militar. Era cercado por muros altos em cima dos quais alguns asuras patrulhavam.
Ele viu diferentes tipos de árvores e cada uma parecia diferente das da Terra. Algumas tinham folhas coloridas e outras frutos que brilhavam. Uma até tinha bonecos pendurados que pareciam tanto feras quanto humanos.
Mas a que atraiu sua atenção foi a árvore no centro do jardim. Ela tinha trinta metros de altura e folhas brancas brilhantes com frutas coloridas como o arco-íris.
Seus olhos se arregalaram ao ver essa árvore, pois ele podia ver fadas do tamanho da palma da mão voando ao redor da árvore e algumas até sentadas nos galhos.
Lia viu sua expressão enquanto ele olhava ao redor do jardim.
"Eu cuido deste jardim eu mesma e ninguém o toca sem a minha permissão. Até você não pode danificar ou colher nada daqui. Caso contrário, será considerado traição contra mim." Ela disse com uma ameaça na voz.
Ao ouvir sua voz, Rio saiu do estado de transe em que estava, perdido observando a árvore no meio do jardim.
"O que é aquilo?" Ele apontou para ela, ignorando o que ela disse.
"Aquela é uma árvore de frutas arco-íris. Pai trouxe sua semente de uma ruína antiga. Não encontramos uma segunda. Os Espíritos da Natureza cuidam dela para mim. Se você tocá-la, eu mesma o matarei, mesmo que isso signifique morrer." Ela o olhou severamente ao ver que ele estava atraído por sua amada árvore.
A garota estava intencionalmente provocando-o para entendê-lo melhor. Lá no fundo ela sabia que não machucaria essa pessoa.
"Não deveria eu estar com ciúmes dessa árvore que você se importa mais do que com seu marido?" Rio balançou a cabeça em desaprovação e olhou para o lado do edifício de onde eles tinham vindo.
O edifício se estendia por centenas de metros e tinha 30 metros de altura. A pedra foi feita para fazê-lo parecer branco, mas ele não tinha certeza de quais materiais o engenheiro usou. O topo do edifício foi feito em forma cônica, como o castelo na era medieval.
Parecia que eles tinham saído pela porta dos fundos do castelo onde estavam o salão do trono e o salão de estado.
Havia uma Vila pequena ao lado do lago, para onde Lia estava indo. Havia duas guardas no entorno da entrada com lanças nas mãos. Ela estava construída dentro das muralhas, mas separada do castelo principal.
A Vila tinha um design circular. Havia uma fonte na frente dela. A única coisa em comum com o castelo era que também era feita de pedras brancas.
Lia entrou enquanto Rio a seguiu. No entanto, as guardas colocaram suas lanças na frente de Rio enquanto ele estava prestes a seguir em frente. A lança quase atingiu sua cabeça e ele tropeçou e caiu para trás no chão para desviar.
"Outros não podem entrar na Vila da Imperatriz." Uma das guardas o encarou com olhos severos, e seu cabelo era marrom.
Elas usavam uniforme azul, mas as listras roxas eram mais grossas em suas roupas. Seus cabelos eram curtos e a outra guarda tinha cabelos pretos. Seus olhos eram vermelhos como de outros asuras.
"Não o impeçam, ele vai morar aqui a partir de agora." A voz de Lia soou de trás, que havia voltado para olhar para Rio, que estava batendo as roupas para tirar a sujeira de ter caído no chão.
As guardas recolheram suas lanças e se curvaram para ela "Me desculpe, alteza."
Rio então caminhou em direção a Lia que já havia entrado na Vila.
As guardas olhavam para Rio como se ele fosse um príncipe celestial por poder entrar na Vila da Imperatriz. Ninguém além do Imperador jamais havia entrado ali, além de algumas criadas e guardas de confiança. Portanto, elas estavam espantadas ao vê-lo entrar na Vila.
Dentro ele pôde ver uma escadaria que levava ao segundo andar, enquanto do lado esquerdo havia algumas salas, mas uma porta estava aberta, mostrando que era uma cozinha onde as criadas estavam ocupadas fazendo comida para a imperatriz.
Do lado direito havia grandes janelas com vidros que mostravam a beleza do jardim e do lago. O lustre em formato de flor no teto fazia um pequeno tanque brilhar com peixes dourados nadando. O sofá estava colocado no meio com uma mesa.
Lia passou por isso e subiu as escadas, ela entrou em um quarto luxuoso que era grande o suficiente para ser chamado de salão.
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