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Chapter 37 - Atualização do Realismo, Parte 1

O log-in desta vez foi um pouco diferente. Quando Astaroth acordou na cama, ele se sentiu mais pesado do que o normal.

Até agora, seu corpo tinha se sentido leve, como o seu próprio. Mas agora parecia diferente. Como se ele não estivesse em seu próprio corpo.

Sentia-se mais pesado, mas também mais resistente. Ele podia sentir os músculos trabalhando a cada movimento que fazia. Foi estranho no início, mas rapidamente se acostumou, simplesmente fazendo alguns exercícios de alongamento.

Após alguns minutos, ele se sentiu normal novamente, como se seu cérebro tivesse se readaptado.

"Hmm. Isso foi estranho." Ele murmurou para si mesmo.

"Provavelmente a cápsula está reajustando meu avatar para se adequar melhor a mim." Ele acrescentou, encolhendo os ombros.

Ele caminhou até onde Genie estava descansando. Ele a acariciou gentilmente, acordando-a.

"Acorda, garota, é hora de caçar novamente." Ele disse, olhando para a loba com carinho.

Ele sempre tinha gostado de cachorros, mas nunca pôde ter um, sua situação não sendo ideal para um animal de estimação.

"Você está com fome?" Ele perguntou a Genie, tirando um pedaço de carne do seu inventário para alimentá-la.

Genie levantou-se rápido, abanando o rabo e babando pelo pedaço de carne. Assim que Astaroth a jogou no chão, ela pulou em cima e, literalmente, devorou-a.

Astaroth acariciou seu pelo enquanto ela comia vorazmente, desfrutando da sensação suave em sua mão. Assim que terminou, ela levantou a cabeça para ele, lambendo os lábios.

Seus olhos azuis profundos pareciam contentes enquanto ela se sentava diante dele. O vínculo deles havia começado apenas por causa de Branco, mas Astaroth podia sentir que ele havia se aprofundado enquanto lutavam juntos e ele cuidava dela.

Poderia ter sido apenas um dia, mas parecia que ela entendia que ele havia salvado sua vida.

Astaroth sorriu para ela e levantou-se.

"Hora de ir. Temos caça à fazer!" Ele disse a Genie, saindo de seu esconderijo.

Ele foi direto para a entrada da aldeia, não querendo parar no quartel e confrontar Kloud por enquanto. Mas o problema veio procurá-lo mais rápido do que ele esperava.

Logo ao sair da aldeia, ele levou um chute rápido no peito que o mandou voando de volta através da barreira. Ele aterrissou de costas e rolou por alguns metros antes de parar, virando-se de bruços e agarrando a terra.

Ele olhou para sua barra de saúde, e ela havia caído pela metade com aquele único ataque. Ele olhou para fora da barreira e viu alguém que não esperava ver.

Era Konnor. Kloud o havia banido alguns dias antes, mas isso obviamente não o impediu de voltar.

'Por que ele ainda está aqui?' Astaroth pensou, franzindo a testa.

"O que foi isso, seu psicopata?" Ele rosnou para Konnor.

"Cala boca, garoto! Eu não vim por você. Esse chute foi um troco. Agora, seja um bom menino e chame o Capitão, vai?" Konnor disse, com claro ódio em seus olhos e tom.

Astaroth franzia a testa perante a ordem.

"O que você quer com o Capitão?" Ele perguntou a Konnor.

"Deveria ser óbvio! Estou aqui para retomar minha honra!" Konnor disse, ficando mais irritado.

"Eu não deveria ter sido banido por bater em um franguinho como você! Os fortes sempre devem ditar a vida dos fracos. Se você tivesse morrido, teria sido por sua própria culpa por me provocar!" Konnor acrescentou, quase espumando pela boca.

"Você é um idiota se acha que eu te derrotei injustamente." Astaroth respondeu, com o rosto escurecendo.

Ele já sabia disso desde o seu primeiro confronto, mas odiava as entranhas desse cara. Ele era um bruto típico que só sabia bater e chamar as pessoas de fracas.

Astaroth queria desfigurar seu rosto ali mesmo, mas uma mão pousou em seu ombro.

Ele virou a cabeça e encontrou o olhar de Kloud. O homem olhava para Astaroth com um olhar paternal.

Depois, ele caminhou para fora da barreira com uma passada firme, parando apenas a alguns metros de Konnor.

Sua postura estava reta, seu olhar em Konnor, e sua aura de autoridade era sentida de longe.

"O que você quer comigo? Eu pensei que tinha deixado claro que nunca mais queria ver sua cara." Kloud disse a Konnor com raiva.

"Esta também é a MINHA casa! Você não pode simplesmente me banir por causa de algum fraco!" Konnor respondeu, fumegante.

"Eu te baní porque você não tem honra! Você deveria ter aceitado a derrota com honra." Kloud retrucou.

"EU NÃO PERCO PARA FRACOS!" Konnor gritou, ficando ofegante.

"É tarde demais agora. A decisão foi tomada, e eu não volto atrás nas minhas decisões. Vá embora agora, enquanto eu ainda permito." Kloud disse, virando-se para voltar para a aldeia.

"NÃO! Eu invoco as regras do militar e te desafio pelo posto de Capitão!" Konnor gritou.

"Não faça isso, Konnor. Você sabe que vou te matar se lutarmos a sério." Kloud disse, sem se virar.

Seus olhos estavam sombrios agora. Ele sabia que Konnor não mudaria de ideia no estado de fúria em que estava, mas mantinha a esperança.

Ele esperava que a ameaça de morte o fizesse voltar a si.

Kloud não queria matar Konnor por uma razão tão mesquinha. Ele acreditava que, com tempo suficiente, o homem veria o erro em seus métodos e ajustaria sua mentalidade.

Claro, ele também não poderia deixá-lo voltar. O homem havia sido desonroso, e essa era uma linha que ele se recusava a permitir que seus homens cruzassem.

Infelizmente para ele, isso teve o efeito oposto. Konnor pareceu sorrir com a ameaça como se fosse o que ele esperava.

"Bom! Porque eu pretendo lutar até a morte!" Konnor respondeu, com um tom frio, enquanto se armava.

Mais pessoas tinham se alinhado na entrada da aldeia. A tensão entre Kloud e Konnor também estava crescendo rapidamente.

As pessoas ao redor podiam sentir a pressão aumentando como se alguém estivesse pisando em seu peito.

Tanto Kloud quanto Konnor estavam se encarando, prontos para atacar. Mas foram interrompidos antes que acontecesse.