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Chapter 2 - Escolhendo um Caminho, Parte 1

Astaroth (Alexander) levantou-se da sua cama e olhou em volta do seu cubículo. Pelo que podia perceber, aquele era o seu quarto.

Ele olhou para a interface, que estava pendurada na borda de sua visão, e ela apareceu completa diante dele.

Estado:

Nome: Astaroth

Raça: Elfo Cinza

Nível: 1 (0/10)

Atributos:

PV: 10

PM: 10

Vigor: 100

Força: 1 Agilidade: 1 Constituição: 1

Inteligência: 1 Sabedoria: 1

Poder de Ataque For: 5 Poder de Ataque Agi: 5 Poder de Ataque Mágico: 5 Poder de Cura: 5

Sorte: 0 (Atributo não afetado por Subir de Nível e pontos livres)

Pontos de atributo disponíveis: 0

Pontos de habilidade disponíveis: 0

Condição Física: Normal

Condição Mental: Normal

Ele mexeu com a interface um pouco para entender o seu funcionamento. Depois de fazê-la aparecer e desaparecer apenas querendo e abrindo o mapa da mesma maneira, ele notou que tudo, exceto o cubículo, estava esmaecido.

Ele decidiu que deveria começar a explorar, para que não fosse ultrapassado pelos outros jogadores. Ele olhou ao redor do cubículo em busca de algo que pudesse ajudá-lo.

Ele viu o que parecia ser um pequeno baú debaixo da sua cama, então ele o puxou. Abrindo-o encontrou uma pequena bolsa de moedas de ouro e algumas roupas básicas.

Ele vestiu as roupas e amarrou a bolsa de ouro ao cinto. Depois fechou o baú e caminhou até a entrada do seu cubículo.

Saindo do seu cubículo, ele entrou numa caverna maior, com o teto alto e estalactites penduradas ameaçadoramente. Ao seu redor havia mais buracos na parede, conectados por inúmeros caminhos de pedra esculpidos nas próprias paredes.

Abaixo, ele pôde ver um grande poço no meio do que assumiu ser uma pequena vila. Ele só conseguia ver três edifícios, um deles com uma chaminé exalando fumaça negra espessa.

Ele podia ouvir ao longe as vozes abafadas das pessoas conversando e o tilintar de um martelo no metal.

"Pelo visto, aquele elfo mal-humorado estava certo sobre uma coisa. Este lugar está longe de ser o melhor ponto de partida." Astaroth murmurou para si mesmo.

Nova Éden se vangloriava de um sistema de classes com infinitas possibilidades, já que se podia misturar e combinar habilidades de todas as árvores, desde que se tivesse os pontos de habilidade para aprendê-las e formar sua própria classe.

Sempre havia a possibilidade de escolher uma classe pré-fabricada que levaria à especialização, mas esse era o caminho para jogadores casuais. Alexander não era um deles.

Ele planejava criar sua própria classe. Só que, ele estava se perguntando que tipo de treinadores de classe haveria nesta pequena vila, se é que poderia ser chamada assim.

'Bem, acho que só há uma maneira de descobrir.' Ele pensou, dando de ombros.

Ele começou a caminhar pelos estreitos caminhos para baixo, em direção aos três pequenos edifícios. Ele imaginava que uma vez lá, saberia o que fazer.

Depois de um pouco de caminhada, ele finalmente chegou ao seu destino desejado. Os três edifícios eram uma forja, daí os ruídos das marteladas, um quartel, com alguns espadachins no pátio de treinamento, e o que parecia ser uma biblioteca.

Querendo saber mais sobre o último edifício, ele caminhou resoluto em sua direção.

Logo antes de alcançar a maçaneta e entrar, ele recebeu um pop-up do sistema, dizendo "Jogador não possui os requisitos para entrar neste edifício". Astaroth simplesmente ficou parado ali, desanimado.

"Quem vai lá?" Uma voz frágil soou de dentro.

"Eu sou um aventureiro novato, tentando encontrar o meu caminho. Posso perguntar o que é este edifício?" Astaroth perguntou educadamente.

"Isto é apenas a humilde morada de um mago. Também é a biblioteca neste pequeno acampamento. O que você quer de mim, jovem rapaz?" A voz frágil perguntou.

"Desejo orientação para o meu futuro caminho, oh honrado mago." Astaroth respondeu, mantendo-se o mais educado possível.

Ele sabia por experiência que os magos poderiam ser volúveis e que era melhor ficar do lado bom deles.

"Entre, jovem. Eu ajudarei no que puder." A voz frágil soava enquanto a porta se destrancava e se abria sozinha.

Astaroth entrou devagar, observando os arredores. Livros. Livros por toda parte.

As prateleiras nas paredes, cheias até o limite. Os chãos, empilhados até a altura do peito. Mesas e cadeiras cheias, com quase nenhum espaço para se mover. Astaroth caminhou cuidadosamente, certificando-se de não pisar em nenhum desses relicários do conhecimento.

'Não adianta irritar o mago neste ponto.' Ele pensou.

"No quarto dos fundos, jovem rapaz. Cuidado para não tropeçar em nada, estes livros são preciosos." A voz frágil soou de uma pequena porta no fundo da sala.

A porta estava aberta, com um velho apoiado em um livro antigo, lendo a página lentamente e com paixão. O velho mal levantou a cabeça de sua leitura quando Astaroth entrou na sala, voltando a ler após um breve olhar.

Astaroth pacientemente esperou que o mago terminasse sua leitura antes de dizer alguma coisa.

Depois de um tempo, o velho terminou a página e fechou lentamente seu livro.

"Qual é o seu apelido, jovem?" Ele perguntou, com seus olhos agudos agora fixos em Astaroth.

"Desculpa?" Astaroth respondeu, um pouco confuso.

"Seu nome. Como as pessoas te chamam?" O mago reiterou, ligeiramente irritado.

"Ahh, perdão pela minha falta de vocabulário, sábio mago. Meu nome é Astaroth." Ele respondeu, fazendo uma leve reverência.

"E por que você deseja orientação deste velho mago, jovem Astaroth?" O mago continuou interrogando-o.

"Eu desejo embarcar numa grande jornada, mas me falta o conhecimento e as habilidades para fazê-lo. Você seria tão gentil a ponto de me guiar?" Astaroth suplicou.

"Você deseja se aventurar pelo caminho da magia, jovem aventureiro?" O mago o questionou.

"É uma possibilidade que não posso descartar." Astaroth disse confiantemente.

"Muito bem, jovem, mas primeiro, você fará algo por mim." O mago disse, levantando-se.

"Sim, venerável sábio. O que o senhor precisa que eu faça?" Astaroth respondeu rapidamente.

"Eu pedi uma nova chaleira para esse maldito ferreiro dias atrás, e até agora não a recebi. Pode buscá-la para mim? Faça isso e eu lhe ensinarei os caminhos da magia." O velho disse, saindo do quarto dos fundos, em direção à sua mesa.

O velho então pegou uma pequena bolsa que tilintava ao som de moedas e a jogou para Astaroth.

"Aqui, esse é o pagamento dele. Dê a ele e traga de volta a minha chaleira. Não tomo um chá excelente há dias, e isso está me irritando." O mago disse, rindo suavemente.

Assim que terminou a frase, Astaroth recebeu um aviso do sistema.

*Missão recebida. Busque a chaleira para o velho mago.*

*Recompensas: libera a árvore de habilidades de magia, +5 de reputação com o velho mago.*

Astaroth sorriu interiormente.

'Sim, a primeira missão já.' Ele pensou.

"Sim, nobre mago. Estou a caminho." Astaroth disse, virando-se.

"Ah, e mais uma coisa antes de ir." O velho acrescentou.

"Sim?" Astaroth perguntou.

"Pare com a bajulação. Eu não sou nobre nem venerável nem nada do tipo. Sou apenas um velho com jeito para magia. Não precisa me bajular. Só me deixa mais irritado." O mago disse com um olhar severo.

"Sim, ven... err... como devo chamá-lo, então, senhor?" Astaroth perguntou timidamente.

"Apenas me chame de senhor, isso é suficiente." O mago respondeu, acenando com a mão para ele de forma displicente.

Astaroth rapidamente deixou a casa após fazer uma curta reverência. Ele apressou o passo em direção à forja.