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O homem de cabelos vermelhos entendeu que a pessoa com quem eles estavam mexendo não era uma pessoa comum. Quando viu que Raydon ainda segurava a mão de seu irmão e torcia enquanto ele se ajoelhava em agonia, decidiu intervir antes que a mão do irmão se quebrasse.
''Espera, espera, não tínhamos más intenções, estávamos apenas tentando ajudar.'' O homem de cabelos vermelhos gritou angustiado.
''Hoo? É mesmo?'' Raydon apertou o punho do rapaz mais forte e torceu mais ainda.
''Aaaghhhh'' O rapaz gritou de dor enquanto seu pulso era torcido a ponto de quase quebrar.
''Tá bom, por favor pare. Queríamos te roubar e pegar seu dinheiro. Por favor nos desculpe, não machuque ele.'' O homem de cabelos vermelhos ajoelhou-se e implorou.
Ele parecia profundamente preocupado com a pessoa cujo pulso Raydon ameaçava quebrar. Estava fazendo todo o esforço possível para acalmar Raydon, pois sabia que seu irmão teria poucas chances de sobreviver com uma mão inutilizável em um lugar tão caótico.
Apesar das súplicas do homem, Raydon não tinha simpatia. Qualquer um que fosse criado em tais condições se engajaria em qualquer comportamento humilhante, incluindo implorar pela sobrevivência. Raydon sabia disso por experiência própria. Ele não tinha certeza se o homem que implorava era sincero, mas ainda assim soltou a mão e disse.
''Tudo bem. Só acho que eu realmente preciso de um guia. Mas infelizmente, estou sem dinheiro. O que podemos fazer a respeito?'' Raydon sorriu maliciosamente ao dizer isto ao ruivo.
'Com quem diabos estamos mexendo?' Quando viu o sorriso torcido de Raydon, ele não pôde deixar de acenar com a cabeça e concordar. ''Sim, sim, somos guias muito bons. Você não vai encontrar ninguém melhor que a gente aqui. Além disso, a primeira vez é sempre de graça, então você não precisa pagar nada.''
''Haha, legal. Então, antes de começarmos, eu sou Raydon, seu novo cliente.'' Raydon se apresentou e estendeu a mão ao homem de cabelos vermelhos.
'Ele não vai quebrar minha mão, né?' O homem de cabelos vermelhos engoliu em seco, nervoso, enquanto estendia a mão trêmula para apertar a mão de Raydon.
''Eu-Eu sou Dan, '' ele disse e apontou para o rapaz de cabelos loiros ao seu lado, e continuou. ''Este é meu irmão Karan e aquele gordo também é meu irmão Sami.''
O loiro, que também era magro como Dan, falou, esfregando o pulso ainda dolorido. ''P-prazer em conhecê-lo.''
''Sim, você pode confiar em nós, cara; somos os melhores aqui.'' O gordo se aproximou, sua barriga balançando, e estendeu a mão para Raydon. Ele fingiu como se nunca o tivessem atacado e como se já se conhecessem há muito tempo.
Raydon apertou a mão dele, sorrindo também, e perguntou. ''Eu não conheço muito bem esses lugares, então quero conhecer um pouco a área.''
''Você não é daqui?'' Dan perguntou curioso.
''Na verdade, eu moro aqui, mas mesmo assim, podemos dizer que sou novo na área.'' Raydon respondeu.
''Cara, você tem que ter cuidado quando está aqui fora. As pessoas aqui podem até se juntar em ruas escuras e estreitas e exigir dinheiro.'' Sami cruzou os braços sobre o peito e balançou a cabeça, uma expressão de irritação no rosto.
''Esse cara...'' Karan colocou a mão na cara e sentiu vergonha pelo irmão.
''Bom, vamos começar o passeio. Aqui, nossa gangue é mais ou menos conhecida e todo mundo nos conhece, então ninguém mexe com você quando está conosco.'' Dan disse, afastando Sami com a mão.
''Okay, vamos lá então.'' Raydon acenou com a cabeça.
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''Esta é a loja de roupas do Tio Samuel. Não tem coisas de muita qualidade aqui, mas você pode encontrar tudo o que precisa, e se pagar um pouco mais, ele pode até costurar algo especial para você.'' Dan disse, apontando para uma loja antiquada mas de aparência limpa.
Raydon e os irmãos estavam andando há um tempo quando chegaram a uma rua mais movimentada e um pouco mais habitável do que a anterior.
Enquanto Dan explicava tudo em detalhes, Raydon percebeu que quase todos aqui se conheciam e que não era um lugar tão ruim afinal.
Enquanto Dan apontava para outra loja, eles perceberam uma confusão à frente.
''Huh, o que aquelas pessoas estão fazendo lá?'' Karan perguntou. Ele tinha uma expressão preocupada no rosto.
''Será que aqueles filhos da mãe voltaram para causar confusão novamente?'' Dan murmurou entre os dentes.
Ele se desculpou enquanto se virava para Raydon. ''Desculpe, cara, mas precisamos ir embora imediatamente. Se você vier aqui nesse horário amanhã, prometo que podemos continuar o passeio. Como compensação, eu te compro um sanduíche no buffet do Tio Park.'' Assim que terminou de falar, começaram a correr, sem esperar por uma resposta de Raydon.
Raydon tinha adivinhado o que tinha acontecido baseado em suas observações dos eventos. Parecia uma briga de gangues. Ele também, raciocinando que seria útil observar, continuou caminhando calmamente atrás dos irmãos.
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No local onde Dan e seu irmão estavam correndo, cinco homens de aparência problemática estavam gritando.
''Da próxima vez que viermos, se vocês não pagarem nosso dinheiro de proteção, vamos pegar um de vocês e vender para fazer o pagamento. Além disso, ouvimos vocês andando por aí dizendo que são uma gangue. Não há outras gangues aqui além da Gangue Pele de Cinza. Eu mato vocês todos na próxima vez se eu ouvir vocês dizerem que são uma gangue de novo.'' O homem grande gritou para o jovem caído no chão à sua frente.
''Não precisamos pagar dinheiro de proteção a vocês, nós mesmos podemos nos proteger. E nossa gangue é tão real quanto a de vocês.'' O menino, que parecia ter uns 13 anos e estava caído no chão segurando a cabeça, bravamente se opôs.
''Acho que não bati forte o suficiente.'' O homem corpulento disse com raiva e se preparou para chutar o menino.
''Deixe meu irmão em paz seu filho da puta.'' Nesse exato momento, outro jovem chegou acelerando em sua cadeira de rodas e colidiu com o homem corpulento.
O homem pesado foi derrubado no chão pelo impacto, e o jovem caiu da cadeira de rodas.
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