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No dia seguinte, Aurora manteve sua rotina infernal e, ao final do dia, como de costume, ela usava o prédio do acampamento como apoio e voltava para seu quarto à noite.
Ontem, quando chegou ao seu quarto após a conversa com Ático, ela se arrependeu do que havia dito.
'Não é culpa dele', pensou. Ela sabia que ontem estava apenas procurando alguém em quem descontar suas frustrações.
Ela sabia, lá no fundo, que Ático não tinha nada a ver com o modo como ela estava sendo tratada. 'Provavelmente ele não vai mais falar comigo', pensou tristemente enquanto continuava lutando para caminhar.
Justo quando chegou à mesma esquina onde teve aquela interação com Ático no dia anterior, ela ouviu uma voz, uma voz já muito familiar para ela, "Você quer continuar fazendo isso?"
Seus olhos se arregalaram. 'Ele não foi embora', pensou. Ela rapidamente virou e viu Ático ali parado, com seus olhos azuis penetrantes ainda mantendo aquele olhar inexpressivo.