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Em uma câmara pouco iluminada, desenrolava-se uma cena de tormento. Um homem estava amarrado a uma cadeira, seus gritos angustiantes ecoando pelas frias paredes metálicas, enquanto a mulher à sua frente o submetia a sofrimentos indescritíveis.
Com uma cascata de cabelos brancos caindo pelos ombros, ela exalava uma aura de beleza etérea, contrastada pela malevolência que dançava em seu olhar. Sua forma era bem proporcionada, um contraste gritante com a malevolência que suas ações transmitiam.
Nesse perturbador tableau entrou outra figura, um homem cujo comportamento era marcado por respeito e deferência.
"Senhora Lyanna," ele a dirigiu, suas palavras cuidadosas e medidas. "O Mestre Magnus convocou uma reunião de família e a presença é obrigatória."
À medida que o homem falava, o foco de Lyanna se desviava de sua vítima para o recém-chegado. Seu olhar perfurava-o com uma intensidade arrepiante, provocando um arrepio involuntário que percorria sua espinha. Um palpável senso de inquietação se estabeleceu sobre ele ao perceber a extensão do poder dela e a aura gélida que ela irradiava.
'Assustador!' ele pensou, sua voz interior tingida com uma mistura de apreensão e admiração. O olhar da mulher o mantinha cativo, sua presença avassaladora. Lyanna, a enigmática chefe do Nexus Silencioso, sempre foi uma figura envolta em uma aura de cálculo frio.
Cada movimento dela era deliberado, suas ações um reflexo de seu planejamento meticuloso e perspicácia estratégica. No entanto, o tormento que ela havia infligido parecia ter desenterrado um lado dela que era ao mesmo tempo arrepiante e cativante.
Com um gesto displicente, Lyanna instruiu o homem a sair, sua atenção voltando para seu trabalho sinistro.
O tempo passou, e, eventualmente, Lyanna emergiu da câmara, um sorriso sinistro brincando em seus lábios. Sua frieza anterior havia se transformado em uma antecipação quase eufórica. "Finalmente," ela murmurou para si mesma, sua voz carregada de excitação. "Vai ficar interessante por aqui."
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No meio de uma elegante sala de jantar, o suave murmúrio das conversas em família enchia o ar enquanto Nathan, um homem de suave redondeza e uma coroa de cabelos brancos, almoçava com seus entes queridos.
Em meio a essa cena idílica, uma sombra passou pelo rosto dele quando seu mordomo se inclinou discretamente, sussurrando a notícia de uma reunião de família. A expressão de Nathan mudou imperceptivelmente, um vislumbre fugaz de preocupação que ele rapidamente disfarçou atrás de um sorriso educado.
"Obrigado, Ren" ele murmurou, seu tom um cuidadoso equilíbrio de gratidão e compostura. Com uma reverência graciosa, o mordomo se retirou, deixando Nathan para navegar a repentina mudança de atmosfera com elegância.
Enquanto seus familiares voltavam seus olhares para ele, a curiosidade gravada em seus rostos, a esposa de Nathan expressou sua preocupação. "Está tudo bem, querido?" ela perguntou, uma nota de preocupação em sua voz.
O sorriso de Nathan permaneceu inalterado enquanto ele a tranquilizava, seus olhos encontrando os dela com um olhar tranquilizador. "Não é nada com que se preocupar, meu amor," ele respondeu, sua voz carregando um tom reconfortante.
'As coisas estão prestes a ficar complicadas.' Um pensamento mais sombrio ecoou em sua mente. Como chefe do Consórcio Ravencrest, a previsão de Nathan lhe permitiu reconhecer as ondas de mudança que esta reunião de família inesperada certamente traria.
Com o último gole de seu vinho, Nathan tirou um momento para se recompor, seus pensamentos um turbilhão de preparação e contemplação.
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No meio das consequências sombrias de um campo de batalha, uma figura solitária se destacava como um farol de poder e devastação. Os corpos sem vida espalhados ao seu redor eram um testemunho perturbador de sua proeza. Seu porte robusto exalava uma aura de autoridade, e seus cabelos brancos contrastavam acentuadamente com seu traje impecavelmente limpo, uma contradição gritante com a carnificina que o cercava.
Um homem materializou-se diante dele, um acontecimento que o Rank Grão-Mestre reconheceu com um ar displicente. A voz do Rank Grão-Mestre ressonava com poder enquanto ele falava, um reflexo de seu status elevado.
"Echo, espero que ninguém tenha escapado?"
Sua pergunta foi encontrada com uma resposta sucinta. "Não, Mestre Sirius" o homem respondeu, seu tom neutro e eficiente.
"Há uma mensagem de casa, mestre", afirmou Echo.
Com a curiosidade de Sirius aguçada. "Ah, o que é isso?" ele perguntou.
Ao transmitir a notícia da morte de Ariel e a reunião de família convocada por Magnus, a reação de Sirius foi visceral. Uma onda de raiva percorreu-o, suas feições se contorcendo em indignação.
"Ariel foi morta?" ele rosnou, sua voz impregnada de uma mistura potente de incredulidade e fúria. O pensamento de alguém ousar desafiar a Família Ravenstein incendiou uma ira ardente dentro dele.
Suas próximas palavras foram decisivas, ressoando com uma finalidade arrepiante. "Estamos nos retirando," ele declarou, seu tom transbordando veneno.
A implicação era clara — aqueles responsáveis pela morte de Ariel enfrentariam a ira dos Ravensteins. Sua palavra tinha peso, pois este homem é o chefe da Vanguarda Ravenstein, Sirius Ravenstein.
Ao mesmo tempo, a onda de consequências se espalhava por outros locais, espelhando a decisão de Sirius. A própria fundação de poder e influência tremia enquanto diferentes Ravensteins emergiam de onde quer que estivessem.
A paisagem de seu mundo estava prestes a se transformar, e as vidas de inúmeras pessoas seriam irrevogavelmente alteradas pelas decisões tomadas naquela reunião de família fatídica.
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