"ANTARRA, é uma palavra que significa a alma..." A voz de um ancião ecoou, barba branca alcançando o umbigo com um bastão na mão direita e uma tocha na outra.
Atrás dele estavam um total de cinco crianças por volta dos 12 anos de idade.
Cada um de seus passos produzia um som metálico que reverberava por toda a estrutura da caverna em que se encontravam, à medida que o ancião caminhava adiante, as crianças o seguiam com reverência em seus olhos, pois não só era ele seu Supremo Patriarca, mas dizia-se que essa caverna era seu solo ancestral.
"Vocês já se perguntaram sobre o milagre de uma Alma de Antarra como a nossa? A capacidade de mergulhar no espaço espiritual dos outros e apagar uma memória que eles talvez nunca quiseram ter.
Sempre foi o que a Humanidade quis. Um desejo de que eles pudessem apagar uma memória particular de sua coleção de memórias e nós, Antarra, somos os únicos que poderíamos realizar esse desejo desde o começo da humanidade..."