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ELIA
Ela tentou dormir, mas essa caverna que cheirava tão estranhamente e era tão alta, não a deixava relaxar. Até as presas que eram parentes, as presas que ela não podia comer, permaneciam quietas.
Ela precisava do seu companheiro. O impulso a levou a levantar-se novamente, andando inquieta pelo espaço inseguro. Ela precisava do seu companheiro. Os filhotes estavam vindo e ele era necessário. Sua força, seu domínio, para vigiá-la quando o momento chegasse.
Ele estava lá fora, ela podia sentir o espaço que levava até ele. Mas ele não vinha.
Ela tentou dormir, mas não conseguia.
Aquela que estava dentro exalava medo e dor, ansiando também pelo companheiro. Golpeando seu interior, suplicando para ser libertada.
Ela rosnou. Esta estava ferida e doente, ficando fraca. Fraca demais.
Ela balançou a cabeça, as orelhas batendo contra seu crânio.
Fraca demais para ser permitida vagar enquanto os filhotes estavam vindo. Ela precisava de segurança.