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Chapter 37 - O Partido do Chá (4)

Olivia trouxe o presente menor para Annalise e as nobres. Após desatar a fita, entregou a caixa a Annalise, e esta última a recolheu de suas mãos.

Ao abrir a pequena caixa, Annalise observou o pequeno bule de vidro em forma de pera que continha um líquido vermelho.

''O que é isto?'' Annalise estava perdida, já que não havia cartão ou algo que indicasse o nome do remetente. Então, ela levantou o olhar e examinou cada nobre. Tinha certeza de que todas as presentes em seu chá da tarde se identificaram quando Olivia apresentou seus presentes a ela.

''Madame, há algo errado com o presente?'' Uma nobre não pôde deixar de perguntar, visto que todos conseguiam ver as rugas na testa de Annalise.

''Não, apenas um pouco confusa,'' Annalise deu um pequeno sorriso para ela antes de virar-se para Olivia ao seu lado. ''Veio algo mais com isto?''

Olivia fez uma pausa como se estivesse tentando se lembrar de algo, e então respondeu, ''Recolhi um presente maior com o que está em suas mãos. Ela disse que sua madame estava triste por não poder vir ao chá da tarde.''

''A carta pode estar dentro do último presente na mesa, madame.'' Ela acrescentou.

Annalise acenou com a cabeça em compreensão. Então instruiu, ''Por favor, traga o presente, Olivia. Talvez o cartão de felicitações esteja lá dentro.''

As outras nobres se entreolharam confusas, pois a senhora disse que não havia nada de errado, mas suas ações não estavam de acordo com suas palavras.

''Sim, Madame.'' Olivia fez uma reverência e foi até a mesa. Desatou a fita antes de trazê-la até Annalise.

Ao invés de entregá-la, já que a caixa era um pouco pesada, ela a colocou gentilmente no chão e se agachou para tirar o presente de dentro.

''Está pesado?'' Algumas madames murmuraram enquanto de alguma forma antecipavam pelo que a criada estava fazendo aquilo.

Até Annalise estava um pouco confusa, mas também na expectativa. Ela se perguntava que presente incrível receberia novamente.

Enquanto todos os olhos estavam em Olivia, ela retirou um pequeno vaso verde de plantas e o colocou no chão. Era uma pequena árvore frondosa com folhas simples e pecioladas. Cada folha tinha forma ovada e ponta aguda, mas isso não era o que chamava a atenção das mulheres. Eram as duas flores vermelhas desabrochando. As flores possuíam cinco pétalas e anteras vermelhas com pontas alaranjadas proeminentes.

''Uau..''

''Tão bonita e vermelha.''

''Olhe o caule no meio das pétalas.''

''Bela..''

''Não é verdade, Viscondessa Winsley?''

''.....'' A viscondessa não respondeu, pois seus olhos estavam fixos nas flores vermelhas.

'Onde já vi isto antes?' Ela refletiu profundamente.

''E-Então qual é a relação com isto?'' Até Annalise estava surpresa, já que ela nunca tinha visto esse tipo de flores vermelhas em sua vida. Se tivesse, teria dado a Dante ao invés de suas rosas usuais.

As nobres voltaram seus olhares para Olivia, que ergueu o bule em forma de pera com líquido vermelho da caixa. A mão de Annalise estava um pouco cansada ao perceber que o bule era um pouco pesado.

''Talvez a madame tenha usado a flor para fazer chá. Veja, a flor e o chá são da mesma cor..''

''Você está certa, condessa.''

''Eu não tinha pensado tão longe, condessa.''

''Então devemos experimentá-lo?''

''Mas pode estar frio.''

''E se o chá for melhor apreciado frio?''

''P-Pode ser.''

As nobres tagarelavam sobre o misterioso chá e a flor. Annalise via a curiosidade delas e decidiu acompanhar. Ela também estava curiosa sobre o presente.

''Então Olivia..''

''Espere um momento, madame.'' disse a viscondessa Winsley, que interrompeu as palavras de Annalise. Ela ficou em silêncio desde a aparição da estranha flor. Muitos pensaram que ela estava admirada, pois seu amor por flores era grande, mas a viscondessa não estava.

Ela era alguém que estudava flores como um hobby, e as amava absolutamente. De flores medicinais a flores venenosas, ela estudava tudo que pudesse aprender sobre elas. Seus instintos foram alarmados desde o momento que ela pousou seu olhar naquela flor vermelha.

Quando a condessa mencionou fazer chá, ela se recordou de algo que leu na sua juventude.

''Aquela flor e o chá não são bons para mulheres grávidas, madame,'' ela revelou. ''Parecia muito familiar aos meus olhos, e eu queria me lembrar onde a vi.''

''Graças à condessa, eu consegui lembrar,'' a Viscondessa lançou um olhar para alguém antes de continuar, ''O chá é medicinal para mulheres comuns, homens e damas. Madame, você está mais perto da sua data de parto, certo?''

''Sim, Viscondessa,'' Annalise respondeu honestamente. Ela não esperava que as belas flores vermelhas fossem ruins para sua gravidez e estava muito assustada em seu coração.

E se algo acontecesse ao seu filho? Ela nem queria imaginar.

''Então, por favor, não se aproxime do chá ou das flores. Eu não sei muito sobre eles, mas li em um livro que esta planta específica deve ser evitada durante a gravidez.''

Sem perder tempo, Annalise ordenou. ''Olivia, jogue fora rapidamente.''

Olivia rapidamente fez o que foi mandado e estava prestes a se aproximar da porta, mas as palavras da marquesa Chauvez a detiveram.

''Espere madame, você não vai descobrir quem fez isso?''

''Essa pessoa realmente tinha más intenções.''

Essas palavras fizeram Annalise perceber que ela não sabia quem era o remetente.

''M-Mas eu sei que todas vocês me deram presentes, e este não tem um cartão ou algo que diga um nome.''

''E quanto à criada? Sua criada disse que recolheu a planta de uma criada.'' Viscondessa Winsley olhou para Olivia, e ela respondeu imediatamente. ''A criada foi embora rapidamente. Ela disse que sua madame estava à sua espera.''

A desculpa fez a expressão da viscondessa endurecer. Aquelas palavras frágeis a irritaram.''Isso foi descuidado de sua parte. Sua madame quase perdeu o filho e você deixou o culpado escapar.''

A viscondessa odiava quando as pessoas usavam flores para coisas ruins. O propósito delas era fornecer ao mundo seus aromas, beleza rara e outras finalidades, não negatividade.

''Quem poderia fazer tal coisa?'' Ela cerrava os dentes com uma apertada pegada em seu leque azul.

''A viscondessa está certa. Quem poderia fazer tal coisa?''

''Intenções tão malignas!''

''Eu me pergunto...''

''V-Vocês não acham que a duquesa...'' Uma nobre queria falar, mas outra a interrompeu instantaneamente. ''Silêncio!''

Mesmo que a senhora tenha fechado sua boca ansiosamente, todos ouviram sua frase inacabada alto e claro. Suas palavras também eram muito precisas.

A única pessoa que se beneficiaria da senhora perder seu bebê é, na verdade, a primeira esposa do duque, a duquesa Hayes.

Era tão simples que ninguém precisava adivinhar.

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