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Chapter 11 - Boatos

As palavras de Isla tornaram o silêncio que se seguiu insuportável para o duque.

Sim, ele pretendia substituir sua esposa por Annalise como a duquesa e esposa, mas ele não poderia dizer-lhe isso a menos que suas palavras sobre ele ser insensível parecessem verdadeiras.

No final, ele não conseguiu dizer nada e apenas olhou para sua esposa, que havia se tornado uma pessoa completamente desconhecida.

A duquesa que ele conhece nunca o questiona tanto. Uma vez que ele dá uma resposta, ela aceita. Ela era inocente aos olhos dele, mas essa pessoa à sua frente não parecia surpresa nem se comportava da maneira que ele esperava.

Ele podia sentir uma grande distância entre eles que ele não havia percebido até agora.

— Você sabia? — Ele perguntou suavemente. Ele chegou a essa conclusão.

Ela não disse uma palavra, mas em algum lugar de sua mente, ele concluiu que ela estava ciente de seu caso amoroso.

Mesmo que ele não pudesse obter a resposta dela, o duque Hayes não queria permanecer no quarto. Toda vez que se aproximava de sua esposa, ele sentia uma culpa desconhecida no fundo de seu coração que parecia lentamente consumi-lo e um desconforto que o impedia de pensar em qualquer coisa, até mesmo em Annalise.

Era sua esposa que ocuparia seus pensamentos, e ele não gostava disso.

— Já que você sabe do meu caso, então não faça nada a ela. — Ele se virou com um aviso e caminhou até a porta.

Quando sua mão calejada tocou a maçaneta, ele também acrescentou, — E eu não pretendo substituí-la como duquesa.

Depois, ele saiu do quarto e fechou a porta gentilmente, muito diferente de sua entrada.

— Mentiras, — disse Isla para ninguém enquanto voltava seu olhar para as flores que a consolavam sem fim com seus movimentos trêmulos.

Ela sabia que suas ações em relação a Annalise deixariam seu marido irritado, como aconteceu em sua vida anterior.

Então, a situação terminou com ela chorando e ele saindo do quarto dela após ameaçá-la para deixar Annalise em paz. Ele nem mesmo perguntou sobre o filho em seu ventre.

Isla sabia que poderia evitar Annalise, mas odiava que aquela mulher ainda quisesse tocar e falar com ela como se nada estivesse errado.

Isla não acredita que alguém como ela fosse inocente. Ela pode ser uma boa pessoa, mas definitivamente não era inocente, ou então por que ela desejaria ser uma terceira pessoa no casamento dela?

— No fim, é só você e eu, filho. —

Algo dentro de Isla se rompeu como se tivesse desistido de manter algo precioso unido. Essa foi a última fibra dos últimos sentimentos de Isla pelo Duque Hayes.

—--

Assim como Isla previu em sua mente, rumores sobre ela e Annalise sacudiram a capital por dias, e não parecia que iriam acalmar tão cedo.

Dos plebeus, eles dizem;

— Annalise Cromwell? Não é aquela mulher que possui uma padaria no mercado da capital?

— Sim, eu ouvi que ela é a amante do duque.

— Eu sabia que ela não traria boas notícias. Ela é bonita demais para ser uma, mas eu não esperava que o duque caísse por seus encantos.

— Eu ouvi que a duquesa não deu um filho ao duque. Talvez esse seja o motivo.

— É óbvio que o duque não está satisfeito com o serviço dela e procurou outra pessoa.

— Eu ouvi que a duquesa deu um tapa no belo rosto dela no chá da Imperatriz.

— Não, eu ouvi que a duquesa derramou chá quente na mão dela.

— Eu ouvi que a duquesa deu um tapa na mão dela.

— Mas a duquesa não é exagerada? É culpa do duque por trair.

— Não, é culpa da Annalise por correr atrás de um homem casado.

Se os plebeus estavam dizendo isso, então em diferentes chás, locais de trabalho e lares da nobreza, muitos diziam,

— Eu me pergunto se o duque pode substituí-la como duquesa.

— Se aquela plebeia estiver grávida, então a duquesa está em perigo.

— Mas a duquesa é ingênua demais. Por que ela não lidou com aquela plebeia?

— Eu ouvi que ela é infértil. Quer dizer, não há menção de um filho no casamento do duque.

— Isso é verdade. Talvez o duque estivesse procurando outra opção e se apaixonou por aquela plebeia.

— Mas uma plebeia se tornando a única duquesa do império é repugnante. Eu espero que a duquesa lide com ela.

— Eu me pergunto o que o Grão-duque diz sobre isso...

— Quem sabe... Eu ouvi que a duquesa também é uma filha desprezada, mesmo sendo a única descendente do Grão-duque.

— Sério? Então ela é uma coitada.

Ao contrário da imaginação deles da duquesa coitada, esta última estava olhando para o envelope requintado em sua mão.

— Pai... — Seus olhos azuis se tornaram embaçados e lacrimosos enquanto ela esperava sua carta.

— Minha Senhora... — Agora Amélia sabia que não havia ouvido errado durante a descoberta da gravidez de sua senhora. Fazia anos que sua senhora havia chamado o grão-duque de pai, e ela não esperava a palavra de seus lábios até agora.

Isla podia dizer os pensamentos de Amélia sem olhar. Ela não chamava o grão-duque de pai desde pequena.

— Sua excelência ou Grão-duque, — ela o chamava assim ou tentava evitar sua presença para não o deixar desconfortável no Ducado de Elrod.

Como o romance retratou, o grão-duque amava muito sua esposa e, quando ela morreu após o parto, o grão-duque ficou triste. Desde então, ele evitou a criança que era dele e da falecida grã-duquesa.

Isla podia lembrar as palavras dos serviçais sobre ela mesma matar a grã-duquesa.

Então ela quis chamar a atenção de seu pai mostrando a ele um monte de flores que ela colheu do jardim com o nome de sua mãe.

Sua falecida babá, mãe de Amélia, a encorajou dizendo que o duque ficaria feliz com seus esforços, mas essas palavras destruíram seu mundo brilhante.

— É trágico que sua excelência tenha morrido logo.

— O duque fica mais inacessível a cada dia, e aquela criança foi a causa disso.

— Se a criança não tivesse nascido, talvez sua excelência estivesse viva.

— É óbvio que o grão-duque odeia a criança, ou então por que ele não a segurou assim que ela nasceu?

— Ele nem mesmo fala com ela.

— Ela também é coitada.

— Eu ouvi que foi a grã-duquesa que a nomeou antes de seu último suspiro.

Isla se escondeu atrás da parede enquanto ouvia suas palavras. Sua versão de sete anos finalmente entendeu o motivo da atitude de seu pai em relação a ela.

As flores caíram de sua mão com um olhar atordoado, e suas orelhas se mexeram com os passos altos. Ela se virou para ver seu pai, com quem se parecia, e tinha certeza de que ele podia ouvir suas palavras, pois eram altas.

— Minha Senhora... — Seu assessor atrás dele queria falar, mas ela os ignorou e correu para seu quarto com lágrimas que não caíam.

Depois disso, ela nunca mais chamou o Grão-duque de pai.

— Pai... Você é avô agora. — Isla chorou com lágrimas. Mesmo que ela e seu pai tenham começado com o pé errado, ele estava entre as pessoas que nunca a abandonaram em sua segunda vida. Mas então, ela não entendeu, já que pensava que seu pai a odiava. Enquanto isso, era o oposto.

No mesmo instante, Amélia viu outra pessoa que poderia fazer sua senhora sorrir novamente. Esse era o grão-duque.

— Sua graça não odeia a senhorita. Ele nunca odiou e nunca odiará a criança da grã-duquesa. Mesmo que essa criança tenha feito a grã-duquesa morrer.

— Então por que ele a evita? Todos os serviçais disseram que ele a odeia e minha senhora... ela não o chama de pai mais, — uma Amélia de dezenove anos conversou com sua mãe, a babá.

— ...Ele está de luto. Eu não sei quando o grão-duque pode curar seu coração. No entanto, eu sei que a senhorita é a única pessoa que pode ajudá-lo, mas ela o evita....Sua excelência estaria muito triste. — A babá suspirou na mesa de jantar de madeira de sua casa.

— Então o que podemos fazer, mãe? — perguntou Amélia. Ela queria ajudar sua senhora, não importa o quê.

— Nada. Nós não fazemos nada, exceto rezar para que eles possam se aproximar um do outro. Eu posso não experienciar esse momento, mas você vai, Amélia. Tenho certeza que você sentirá a felicidade da grã-duquesa e a minha a partir dos céus. — A babá sorriu para Amélia.

Amélia conteve as lágrimas enquanto finalmente vivenciava aquele dia que sua mãe orou fervorosamente.

— Sua excelência, mãe, aquele momento finalmente chegou.

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