Eu sorri e neguei com a cabeça para a menina. Eu me lembro de estar desesperada por comida, disposta a fazer qualquer coisa por quem me desse algo para comer.
"Tudo bem. Termine sua refeição e depois veja se consegue encontrar o escritório," eu disse, dispensando-a quando um dos homens ao redor da mesa levantou a mão. "Sim?" perguntei, me sentindo meio professora de jardim de infância.
"Sou bom com as mãos e estou disposto a vender minha alma por pelo menos uma refeição por dia," ele disse hesitante, levantando-se.
"Tem algo específico em mente?" perguntei. "Eu esperava transformar este lugar em algo que seria gerido por todos vocês, com a maior parte dos lucros indo para vocês. Talvez possamos até começar um jardim no telhado, ou algo assim," continuei com um encolher de ombros.